Salário acabou? 10 coisas que fazem o dinheiro sumir sem você perceber
Já aconteceu de antes do final do mês você se perguntar para onde foi todo seu salário? As compras com cartão de crédito, as promoções e o tradicional cafezinho depois do almoço podem fazer você gastar mais, e sem perceber.
Para listar esses gastos invisíveis, o UOL conversou com o professor de educação financeira da Universidade Presbiteriana Mackenzie Agostinho Pascalicchio, com a coordenadora do ensino a distância de MBA em Economia Comportamental da ESPM, Flávia Ávila, com a professora dos MBAs da FGV Myrian Lund e com a professora da B3 Educação Vera Rita de Mello Ferreira.
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1. Cafezinho e doces
Esses são os gastos invisíveis mais conhecidos. Tomar um café depois do almoço ou comprar um doce algumas vezes por semana pode parecer inofensivo, mas pesa no final do mês. "Os pequenos valores, como quando se toma um café ou se compra uma bala, são gastos invisíveis que fazem o dinheiro da carteira acabar", diz Myrian Lund.
2. Promoções
Comprar dois produtos e levar o terceiro de graça ou adquirir uma unidade e ter desconto na segunda pode parecer um bom negócio, mas nem sempre é. Segundo Pascalicchio, promoções podem fazer o consumidor comprar algo de que não precisa.
3. Compras no cartão de crédito
Nas compras com o cartão de crédito, a pessoa não vê o dinheiro saindo da conta e pode acabar perdendo o controle dos gastos. "Poucos têm a facilidade de acompanhar o saldo do cartão de crédito. A regra básica para o cartão é usar com inteligência", afirma Pascalicchio.
4. Passeios no shopping
Você não está fazendo nada e decide passear no shopping. Quando vê, já está com algumas sacolas na mão. "A pessoa não quer comprar, mas está de bobeira pelo shopping. Se ela entrar na loja, aumenta a chance de comprar. Se ela tocar no produto, aumenta mais ainda. Se experimentar, então, praticamente acaba levando", diz Vera Ferreira.
5. Fazer compras cansado
Às vezes, não tem jeito: mesmo cansado após um dia de trabalho, você precisa passar no supermercado para fazer algumas compras. Porém, a tendência é comprar rápido e sem raciocinar muito, para ir embora logo. "Quando a pessoa teve um dia muito cansativo, ela tende a tomar decisões piores. A falta de tempo faz com que as pessoas tomem decisões sem pensar muito", afirma Flávia Ávila.
6. Achar que bar ou restaurante cheio é melhor
Se há um bar ou restaurante cheio e outro vazio, a tendência é ir para o cheio. "A impulsividade é influenciada pelo contexto. Quando está sem tempo, você acaba olhando para o outro acreditando que ele já avaliou todas as possibilidades e tomou a melhor decisão. Você vai considerar que as pessoas que estão lá já pensaram e escolherem porque é melhor, mas nem sempre é", diz Flávia Ávila.
7. Efeito R$ 1,99
Quando o consumidor vê que o produto custa R$ 1,99, ele tende a acreditar que está gastando muito menos que R$ 2, mesmo sendo apenas um centavo. "Tem o efeito psicológico", afirma Flávia Ávila. A pessoa toma a decisão ancorada em uma informação específica, ou seja, o primeiro dígito que viu. A coordenadora afirma, ainda, que é mais fácil consumir mais quando você já comprou um pouco. "Gastar os primeiros R$ 100 é mais difícil, mas, depois, você pensa que levar um pouquinho a mais em relação ao que você já gastou não tem problema."
8. Combos
Às vezes, um combo menor seria suficiente, mas, como a diferença de preço para um combo grande é pequena, você acaba optando pelo maior. "Você vê que a pipoca média é um pouco mais barata do que a grande, e o seu senso de injustiça faz você optar pela grande", diz Vera Ferreira.
9. Aproveitar o frete
Segundo Flávia Ávila, nas compras online, o consumidor tende a adicionar mais itens no carrinho para aproveitar o frete. "A pessoa pensa que já vai ter que pagar o frete mesmo e aproveita para comprar mais."
10. Despesas antigas
Pode acontecer de a pessoa contratar um serviço no passado e já estar tão acostumada a pagar por ele que nem faz o cancelamento. "Se tem algum serviço que sempre teve, você se acostuma com a despesa e dificilmente muda. São despesas pequenas que, pela inércia, a pessoa já considera como inalteráveis. Não são necessárias e, quando se juntam, viram um peso considerável no orçamento", afirma Flávia Ávila.
Vera Ferreira concorda. "Você ganha uma assinatura de três meses e depois começam a te cobrar. Dá trabalho cancelar, e você deixa aquele débito automático para sempre. Ou você tem um seguro de vida e, quando vai ao banco, te empurram um segundo seguro de que você não precisa, e também acaba não cancelando. É algo para ficar atento."
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