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Banco do Brasil (BBAS3) sobe e outros bancos oscilam no Ibovespa; commodities caem

As ações do Banco do Brasil (BBAS3) oscilam e agora operam em alta no Ibovespa na tarde desta quarta-feira (2), assim como de outras empresas do setor bancário. O mercado repercute, entre outros fatores, o rebaixamento da nota de crédito dos Estados Unidos pela Fitch na terça-feira, o que acabou pressionando a maioria dos mercados globais. Ações de empresas relacionadas a commodities também são penalizadas.

Perto das 16h40, as ações de Banco do Brasil avançavam 0,78%, cotadas a R$ 47,73. No lado oposto, papéis de outros bancos cediam em bloco. Confira:

  • Itaú Unibanco (ITUB4): queda de 0,14%, a R$ 28,67;
  • Bradesco (BBDC4): alta de 1,30%, a R$ 16,82;
  • Santander (SANB11): queda de 0,35%, a R$ 28,53;
  • BTG Pactual (BPAC11): queda de 1,04%, a R$ 33,45.

No mesmo horário, papéis de empresas relacionadas à commodities, como CSN (CSNA3), recuavam 2,70%, cotados a R$ 13,33. As ações ordinárias de São Martinho (SMTO3) também caíam 2%, a R$ 32,36.

"As ações da CSN, em conjunto com o setor, perdem força hoje com a queda do minério de ferro lá fora, além da expectativa de balanço que deve ser fraca para o setor. Os balanços no setor de siderurgia devem ser marcado por uma performance ruim, com preços e demanda mais fracos afetando o faturamento e impactando nas margens das companhias", disse Marcus Labarthe, especialista em mercado de capitais e sócio-fundador da GT Capital.

O cenário também faz o dólar operar com instabilidade nesta quarta-feira. Perto das 16h40, a moeda americana subia 0,27%, a R$ 4.8040, operando entre altas e baixas.

"Hoje há uma queda generalizada de bancos, commodities e varejo, principalmente com a repercussão do rebaixamento da nota de crédito dos Estados Unidos ontem pela Fitch. Temos petróleo caindo e DXY subindo, e isso traz cautela para as bolsas do mundo todo", disse Rodrigo Cohen, analista de investimentos e co-fundador da Escola de Investimentos.

Mercado repercute criação de empregos nos EUA

Ainda nos Estados Unidos, nesta quarta-feira, segundo pesquisa com ajustes sazonais divulgada pela ADP, o setor privado dos Estados Unidos criou 324 mil empregos em julho. O resultado veio bem acima da expectativa de analistas consultados pela FactSet, de geração de 183 mil postos de trabalho no mês passado.

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O número de empregos criados em junho foi revisado para baixo, de 497 mil a 455 mil. A pesquisa da ADP, que adotou nova metodologia no ano passado, também mostrou que os salários no setor privado tiveram expansão média anual de 6,2% em julho.

No monitoramento do CME Group, a chance de manutenção de juros pelo Federal Reserve em setembro tem leve queda após os dados da ADP, a 80,5%.

"O ADP destoou do que tem acontecido com os Estados Unidos nas últimas divulgações com um aumento no número de criação de vagas. Isso acabou deixando o mercado um pouco mais apreensivo em relação à próxima de taxa de juros por lá", pontuou Cohen.

Expectativa para o Copom

Além disso, o mercado vive a expectativa para a decisão de juros do Comitê de Política Monetária (Copom), após o fechamento do mercado. É praticamente consensual que a reunião resulte em um corte da Selic - contudo, há divergências da magnitude da queda.

"Eu acredito que o mercado se animou tanto aqui quanto no mundo, inclusive o petróleo que subiu bastante nos últimos dias e agora está na hora de uma realização. De fato, acabou subindo no boato e pode cair no fato, agora com os juros reduzidos. Vamos esperar agora os próximos passos", pontuou o analista.

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Banco do Brasil segue como 'queridinho dos dividendos' de carteira do Santander

Em sua atualização de agosto da sua carteira de dividendos, o Santander (SANB11) manteve o Banco do Brasil (BBAS3) entre as maiores posições, com alocação recomendada de 11%.

Além das ações do Banco do Brasil, Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3) detêm fatias importantes da carteira, de 12% ambas.

"Recentemente, elevamos o preço-alvo de Banco do Brasil de R$ 62,00 para R$ 75,00 Esse novo preço-alvo está diretamente ligado a um aumento da premissa de ROAE sustentável para 18% e a uma projeção de lucro líquido ajustado em 2023E de R$ 36,8 bilhões", diz a casa.

"Nossa visão positiva para o BBAS3 se baseia principalmente em ampla presença física, carteira de crédito lastreada em operações de agronegócio, estrutura de captação mais barata, gestão de fundos do setor público com taxas atrativas e ser o principal banco do governo para deals", completa.

Os especialistas destacam que, como catalisadores positivos, enxergam um valuation atraente nos patamares atuais, sendo a 'ação mais barata do setor de bancos'.

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Além disso, o Santander aponta que a retomada da economia mais rápida que o esperado joga a favor da tese.

O dividend yield (DY) estimado para 2023 é de 10,16%. Atualmente, o banco tem um DY de 9,3%, conforme dados do Status Invest. Foram R$ 4,5 pagos por ação nos últimos 12 meses.

Carteira de dividendos do Santander

  • Banco do Brasil (BBAS3): 11%
  • BTG Pactual (BPAC11): 10%
  • Cury (CURY3): 8%
  • Eletrobras (ELET6): 10%
  • Itaú Unibanco (ITUB4): 8%
  • Klabin (KLBN11): 10%
  • Petrobras (PETR3): 12%
  • São Martinho (SMTO3): 9%
  • Telefônica (VIVT3): 10%
  • Vale (VALE3): 12%

Com informações de Estadão Conteúdo

Este material foi elaborado exclusivamente pelo Suno Notícias (sem nenhuma participação do Grupo UOL) e tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar decisão de investimento, não constituindo nenhum tipo de oferta de valor mobiliário ou promessa de retorno financeiro e/ou isenção de risco. Os valores mobiliários discutidos neste material podem não ser adequados para todos os perfis de investidores que, antes de qualquer decisão, deverão realizar o processo de suitability para a identificação dos produtos adequados ao seu perfil de risco. Os investidores que desejem adquirir ou negociar os valores mobiliários cobertos por este material devem obter informações pertinentes para formar a sua própria decisão de investimento. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, podendo resultar em significativas perdas patrimoniais. Os desempenhos anteriores não são indicativos de resultados futuros.

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