Morre Tereza Grossi, primeira mulher a ocupar diretoria do Banco Central
Nesta quinta-feira (21), morreu Tereza Grossi, ex-diretora de Fiscalização do Banco Central, aos 74 anos.
Tereza Grossi foi a primeira mulher a ocupar uma diretoria do Banco Central, chefiando a área de fiscalização entre 2000 e 2003. Segundo Armínio Fraga, na época presidente do BC, Grossi era uma pessoa competente e corajosa.
"Felizmente eu pude contar com Tereza para a diretoria. Com seu conhecimento enciclopédico e sua firmeza e capacidade de comando, era a pessoa certa [para a diretoria de Fiscalização]", disse Fraga em depoimento enviado ao Valor Econômico.
Em nota, a autoridade monetária lamentou a morte da ex-diretora. A instituição destaca que Grossi deu uma contribuição valiosa no processo de modernização e profissionalização dos trabalhos da área de supervisão.
Veja nota do BC sobre o falecimento de sua ex-diretora:
"A Diretoria do Banco Central lamenta o falecimento de Tereza Cristina Grossi Togni, ex-diretora de Fiscalização no período de março de 2000 a março de 2003. Servidora de carreira da instituição, Tereza Grossi foi a primeira mulher a ocupar um cargo de direção do Banco Central, e deu contribuição valiosa no processo de modernização e profissionalização dos trabalhos da área de supervisão. Neste momento de dor, a Diretoria do Banco Central expressa seus sinceros sentimentos de pesar aos familiares, amigos e colegas de trabalho de Tereza."
Tereza entrou no Banco Central em 1984
Natural de Itajubá, em Minas Gerais, Grossi entrou no BC em 1984, após passar em um concurso para auditora e, em 1997, chegou ao Departamento de Fiscalização, quando foi transferida para Brasília.
Grossi foi a primeira diretora mulher do BC entre março de 2000 e março de 2003, indicada pelo ex-presidente do BC Armínio Fraga, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
Segundo o UOL, em 2005, Tereza Grossi foi condenada por peculato no caso de socorro financeiro aos bancos Marka e FonteCindam. Na época, ela ocupava interinamente a chefia do Departamento de Fiscalização.
No entanto, em 2008, a ex-diretora de Fiscalização do Banco Central foi absolvida das acusações pelo Tribunal Regional Federal do Rio de Janeiro.
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