Petrobras (PETR4): Goldman indica compra de olho em dividendos
O Goldman Sachs emitiu um novo relatório sobre a Petrobras (PETR4), incorporando o plano estratégico recém divulgado pela companhia e atualizações macroeconômicas. A casa reitera compra para o papel, citando os dividendos como um dos pontos positivos da tese.
Em relação ao novo plano estratégico da Petrobras, os analistas destacam a redução do Capex, com um investimento previsto em US$ 18,5 bilhões para 2025, contra US$ 21 bilhões anteriormente.
Segundo os analistas, essa diminuição contribui para maior geração de caixa e abre espaço para a manutenção de dividendos elevados.
Além disso, diz a casa, a desvalorização do real frente ao dólar também beneficia o fluxo de caixa livre da Petrobras.
Isso porque a maior parte das receitas da companhia é atrelada ao dólar, enquanto parte significativa dos custos operacionais e investimentos é denominada em reais. Esse efeito cambial, portanto, reforça a posição de caixa da estatal.
Por outro lado, destaca o Goldman Sachs, o novo plano de investimentos da Petrobras o prevê um aumento substancial nos pagamentos de leasing, estimados entre US$ 55 bilhões e US$ 60 bilhões para o período de 2025 a 2029, contra os US$ 35-40 bilhões projetados anteriormente.
A casa acredita que esse aumento pode ser atribuído à renovação de contratos em condições mais onerosas e à inclusão de despesas que antes eram contabilizadas como custos operacionais.
Isso, segundo os analistas, pode limitar a capacidade de pagamento de dividendos extraordinários da Petrobras no futuro.
No médio prazo, o Goldman Sachs projeta uma redução no rendimento do fluxo de caixa livre para uma média de 12% entre 2025 e 2027, devido ao aumento dos pagamentos de leasing e à previsão de queda nos preços do petróleo.
Apesar disso, a casa mantém recomendação de compra para as ações da Petrobras (PETR4), com preço-alvo de R$ 45,10.
A projeção do rendimento de dividendos da Petrobras é de 14% em 2025, sendo que 12% dizem respeito aos pagamentos ordinários e 2% aos extraordinários.
Em suma, a casa afirma que o plano estratégico da Petrobras equilibra elementos positivos, como a redução no Capex e o fortalecimento do fluxo de caixa, com desafios ligados aos custos crescentes de leasing e à volatilidade do mercado de petróleo.
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