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Em queda: ações da Positivo Tecnologia despencam na Bolsa; hora de comprar?

Zé Carlos Barretta/Folhapress
Imagem: Zé Carlos Barretta/Folhapress

Lílian Cunha

Colaboração para o UOL, em São Paulo

07/06/2022 13h32

Na sessão da Bolsa de Valores de ontem (6), as ações da Positivo Tecnologia (POSI3) ficaram entre as maiores perdas, com baixa de 6,13%. Nesta terça-feira (7), elas também figuraram no conjunto das quedas mais acentuadas no início do pregão. Por volta das 13h (horário de Brasília) apresentavam queda de 2,34%, cotadas a R$ 7,92.

Desde o começo do ano, a Positivo já desvalorizou 24,86%; e em 12 meses, a perda acumulada é de 46,22%. Afinal, o que acontece com a empresa? Veja a explicação de analistas consultados pelo UOL e confira se vale investir, já que os papéis estão baratos.

"A Positivo é uma empresa que vive de financiamento. Quanto maiores os juros, mais encarece o custo e diminui o crescimento da Positivo", declara Marcio Loréga, analista-chefe do PagBank.

O ciclo de alta de juros no Brasil começou em março do ano passado. Desde então, o Banco Central já fez nove correções para cima da taxa básica de juros, a Selic, que passou da mínima histórica de 2% e hoje está em 12,75% ao ano — maior nível desde fevereiro de 2017.

Por que a ação da Positivo Tecnologia (POSI3) está caindo mais agora?

"Nesta semana, estamos vivendo uma nova movimentação de aversão ao risco global", diz Loréga. Os investidores estão procurando investimentos mais seguros por conta da maior pressão da inflação internacionalmente.

"Essa fuga deve continuar — a não ser que, na quinta e na sexta-feira, quando saem dados de inflação na Europa e nos Estados Unidos (respectivamente), a situação melhore. Mas se os índices vierem piores, as ações [da Positivo] vão sofrer mais", afirma o analista.

E o que fazer com as ações?

Mesmo com baixa nos últimos tempos, o BTG recomenda a compra de ações da Positivo Tecnologia (POSI3. E o motivo é que o banco acredita na possibilidade de a empresa fechar contratos com o governo e instituições públicas, o que representa um potencial de movimentação de R$ 6 bilhões em leilões públicos este ano. O preço-alvo estimado para o papel é de R$ 15.

A XP Investimentos também recomenda a aquisição dos ativos da Positivo, com valor estimado da ação em R$ 16 para os próximos 12 meses.

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