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Ações da Natura despencam com gastos com Avon e The Body Shop

Lílian Cunha

Colaboração para o UOL, em São Paulo

14/03/2023 15h18

A Natura & Co. (NTCO3) teve um prejuízo líquido de R$ 890,4 milhões em dezembro, novembro e outubro do ano passado.

No mesmo período do ano anterior, ela tinha divulgado um lucro líquido de R$ 695,5 milhões.

Por isso, as ações da Natura estão em queda forte nesta terça-feira (14). A baixa é de 16,34%, para R$ 12,39, por volta das 13h.

A empresa está sofrendo com a alta da inflação em todo o mundo. As vendas de suas marcas internacionais, The Body Shop e Avon, estão mais fracas que o normal.

A Natura continua tendo vendas fracas no mercado internacional, diz Luis Novaes, analista da Terra Investimentos.

Além do Brasil, a companhia está na Argentina, Chile, Colômbia, México, Peru, Venezuela, França e Estados Unidos, além de outros 63 mercados indiretamente, por meio de revendas.

    Marcas internacionais atrapalham. O Goldman Sachs diz que "as receitas gerais continuaram a ser impactadas negativamente pela fraqueza da The Body Shop e da Avon International". Isso porque o cenário econômico está difícil em várias das regiões que a empresa atua.

    A tese do "efeito batom" - de que o consumo de itens que causam bem-estar, como cosméticos, não é atingido em tempos de crise - não está valendo para a companhia, dizem especialistas.

    No Brasil, porém, as vendas vão bem. Enquanto na América Latina a receita da Natura&Co teve queda de 3,2% na base anual, aqui houve acrescimo de 18% em 2022 em relação a 2021.

    Mundialmente, a Aesop - a marca de luxo da Natura que pode ser vendida - também cresceu 18% ao ano em moeda constante, apesar da queda de 2,1% em reais.

    O que fazer com as ações?

    O Goldamn Sachs acha que é melhor não comprar e, se você tem esses ativos, não vender agora.

    A Natura, ressaltou o banco, vem tendo muita despesas relacionadas à melhora de suas linha de produtos e com a presença geográfica em vários países.

    "Entendemos que tais despesas são necessárias no processo de ajuste e podem, em última análise, levar a empresa a uma estrutura mais enxuta, com melhor rentabilidade", publicou o Goldman Sachs.

    Mas, hoje, a empresa continua perdendo dinheiro.

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