Aposentadoria: Investir no RendA+ do Tesouro ou em previdência privada?
Para a aposentadoria, vale investir no novo RendA+, novo produto do Tesouro Direto, ou é melhor procurar uma previdência privada?
No Papo com Especialista, programa ao vivo do UOL, a planejadora financeira Vívian Rodrigues fala sobre as diferenças entre os dois produtos e as características que precisam ser analisadas.
Leia abaixo a análise da planejadora financeira e assista ao trecho do programa.
O Papo com Especialista é um tira-dúvidas sobre investimentos exclusivo para assinantes e é transmitido semanalmente, às quintas-feiras, das 16h às 17h.
Para também ter sua dúvida respondida no programa, envie sua questão para o Papo pelo email uoleconomiafinancas@uol.com.br.
Como funciona o Tesouro RendA+
A planejadora financeira mostrou os títulos disponíveis na plataforma do Tesouro Direto e como é a rentabilidade de cada um:
- Tesouro Prefixado: Rende uma taxa prefixada no momento da compra.
- Tesouro Selic: Rende a taxa Selic (hoje, em 13,75% ao ano) mais um bônus.
- Tesouro IPCA: Rende a inflação do período mais um bônus.
A cada novo aporte, você compra um novo título, com taxa diferente. No prazo de vencimento de cada um dos títulos, o valor investido volta automaticamente para a sua conta.
Já o Tesouro RendA+, novo produto do Tesouro Direto, é diferente. "Você pode colocar dinheiro no título todos os meses. Quando chegar ao prazo final, o dinheiro não vai voltar diretamente para a sua conta. O valor acumulado vai ser transformado em uma renda mensal pelo prazo de 20 anos", diz Vívian. O Tesouro RendA+ paga a inflação mais um bônus.
Por exemplo:
- Tesouro RendA+ 2035: você pode fazer aportes até o final de 2034. De 2035 até a data de vencimento do título (15/12/2054), você passa a receber uma renda mensal (o valor depende da quantia investida no título), sempre reajustada pela inflação. Ao final desses 20 anos, o dinheiro vai ter acabado.
No RendA+, você está garantindo uma rentabilidade acima da inflação. Pensando em aposentadoria, este é um produto bem adequado.
Vívian Rodrigues, planejadora financeira
Para ela, vale buscar um título que se aproxima mais da data de sua aposentadoria. "É um investimento dos mais seguros que existem. É considerado soberano, pois você está investindo junto com o governo", diz.
Tesouro RendA+ ou previdência privada?
Os dois produtos têm características bem diferentes. Previdência privada são fundos de investimentos, com benefícios relacionados a questões fiscais
Uma diferença é a rentabilidade. Ela diz que, no Tesouro RendA +, você sabe quanto vai receber lá na frente, que é o IPCA (a inflação do período) mais um bônus.
Nos fundos de investimento de previdência privada, você não sabe ao certo quanto vai ganhar.
A previdência privada é um produto superinteressante e adequado em alguns cenários. Há muitas características importantes a serem analisadas.
Vívian Rodrigues, planejadora financeira
No Renda+ só há um tipo de remuneração, mensal e por 20 anos, e a previdência tem mais opções. Há previdências que pagam por toda a vida ou por um período predeterminado, ou que permitem resgatar todo o dinheiro de uma vez.
Também há mais opções de rendimento e de risco. Existem fundos de previdência de renda fixa, de renda variável, de ações e multimercado.
Há ainda diferenças de pagamento de imposto. No Renda+, o pagamento de IR é de 15% sobre o lucro.
Na previdência privada, você deve escolher entre previdência privada VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre), que cobra IR sobre o lucro, e PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre), que cobra IR sobre todo o resgate, mas que permite deduzir os investimentos do IR durante a fase de acúmulo.
Também há tributação regressiva e progressiva. Veja como escolher sua previdência privada.
Outra característica da previdência privada é o acúmulo do capital por um tempo, para depois resgatar ou transformar em um benefício mensal ou até deixar lá, pensando na sucessão do seu patrimônio.
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