Christine Lagarde é a única candidata para presidir o FMI
Washington, 11 Fev 2016 (AFP) - Christine Lagarde é a única candidata à direção do Fundo Monetário Internacional (FMI), o que virtualmente assegura sua nomeação em julho, segundo um comunicado da instituição nesta quinta-feira.
Nomeada à frente do FMI em julho de 2011 para cinco anos, a ex-ministra francesa de Economia apresentou oficialmente sua candidatura em 22 de janeiro e foi apoiada por vários setores da Europa, Estados Unidos e América Latina.
"Uma candidata, a atual diretora-gerente Christine Lagarde, foi admitida", indica, em um comunicado, o conselho de administração do FMI, que representa seus 188 estados-membros.
O conselho ouvirá agora Lagarde e espera tomar sua decisão o mais rápido possível, segundo a nota.
A decisão final, que não deve apresentar surpresas, ocorrerá até o início de março.
Depois de receber vários apoios de peso, Lagarde anunciou em 22 de janeiro sua candidatura a um segundo mandato como diretora-gerente do FMI, na expectativa de não ser atrapalhada por um complexo caso judicial na França.
Lagarde assumiu a instituição em 2011, sucedendo a seu compatriota Dominique Strauss-Kahn, derrubado por um escândalo sexual.
"Tive a honra de receber apoios desde a abertura do processo", afirmou Lagarde, de 60 anos, referindo-se, em particular, à França, ao Reino Unido, à Alemanha e à China.
No ano passado, essa ex-advogada empresarial e ministra francesa das Finanças (2007-2011), no governo de Nicolas Sarkozy, já havia sinalizado estar receptiva a um novo mandato.
O interminável caso TapieA candidatura de Lagarde pode ser ofuscada pela declaração que terá de prestar à Justiça francesa por sua suposta "negligência" em uma polêmica e milionária arbitragem que favoreceu o empresário Bernard Tapie em 2008. Na época, ela ainda era ministra.
Neste caso, uma novela judicial que se arrasta por mais de duas décadas, Tapie acusou, primeiramente, o banco Crédit Lyonnais, de capital misto, de ter subestimado o valor da marca de roupas e de equipamentos esportivos Adidas, quando se desfez dela, em 1993.
O caso foi resolvido em 2008 por uma comissão arbitral privada, que deu razão a Tapie e ordenou que lhe fosse paga uma indenização de quase 404 milhões de euros. No início de 2015, porém, a Justiça anulou essa sentença, por suspeita de fraude. Depois, condenou Tapie a reembolsar o montante integral da indenização acertada anteriormente.
Lagarde está sendo processada por escolher recorrer a uma arbitragem privada, e não à Justiça comum, para resolver um caso que envolvia enormes recursos públicos.
No decorrer do caso, ela reiterou ter "agido no interesse do Estado e em conformidade com a lei".
Apesar disso, a diretora recebeu em dezembro passado o apoio do conselho administrativo do FMI, que disse confiar em sua capacidade de exercer adequadamente suas funções.
Existe uma regra tácita que reserva a direção do FMI para um europeu, e era pouco provável que houvesse candidatura de um grande país emergente. Em 2011, Lagarde teve como rival o presidente do Banco Central mexicano, Agustín Carstens.
Para um novo mandato, Lagarde poderá contar com um balanço mais favorável para o FMI, depois de ter melhorado a imagem da instituição e de ter desbloqueado uma importante reforma de seu modo de governança.
Sob seu mandato, entretanto, o Fundo não conseguiu evitar o maior calote de sua história, com a Grécia, e foi acusado de instrumentalização política, ao apoiar a Ucrânia, em meio a uma queda de braço estratégica de Kiev com a Rússia.
Nomeada à frente do FMI em julho de 2011 para cinco anos, a ex-ministra francesa de Economia apresentou oficialmente sua candidatura em 22 de janeiro e foi apoiada por vários setores da Europa, Estados Unidos e América Latina.
"Uma candidata, a atual diretora-gerente Christine Lagarde, foi admitida", indica, em um comunicado, o conselho de administração do FMI, que representa seus 188 estados-membros.
O conselho ouvirá agora Lagarde e espera tomar sua decisão o mais rápido possível, segundo a nota.
A decisão final, que não deve apresentar surpresas, ocorrerá até o início de março.
Depois de receber vários apoios de peso, Lagarde anunciou em 22 de janeiro sua candidatura a um segundo mandato como diretora-gerente do FMI, na expectativa de não ser atrapalhada por um complexo caso judicial na França.
Lagarde assumiu a instituição em 2011, sucedendo a seu compatriota Dominique Strauss-Kahn, derrubado por um escândalo sexual.
"Tive a honra de receber apoios desde a abertura do processo", afirmou Lagarde, de 60 anos, referindo-se, em particular, à França, ao Reino Unido, à Alemanha e à China.
No ano passado, essa ex-advogada empresarial e ministra francesa das Finanças (2007-2011), no governo de Nicolas Sarkozy, já havia sinalizado estar receptiva a um novo mandato.
O interminável caso TapieA candidatura de Lagarde pode ser ofuscada pela declaração que terá de prestar à Justiça francesa por sua suposta "negligência" em uma polêmica e milionária arbitragem que favoreceu o empresário Bernard Tapie em 2008. Na época, ela ainda era ministra.
Neste caso, uma novela judicial que se arrasta por mais de duas décadas, Tapie acusou, primeiramente, o banco Crédit Lyonnais, de capital misto, de ter subestimado o valor da marca de roupas e de equipamentos esportivos Adidas, quando se desfez dela, em 1993.
O caso foi resolvido em 2008 por uma comissão arbitral privada, que deu razão a Tapie e ordenou que lhe fosse paga uma indenização de quase 404 milhões de euros. No início de 2015, porém, a Justiça anulou essa sentença, por suspeita de fraude. Depois, condenou Tapie a reembolsar o montante integral da indenização acertada anteriormente.
Lagarde está sendo processada por escolher recorrer a uma arbitragem privada, e não à Justiça comum, para resolver um caso que envolvia enormes recursos públicos.
No decorrer do caso, ela reiterou ter "agido no interesse do Estado e em conformidade com a lei".
Apesar disso, a diretora recebeu em dezembro passado o apoio do conselho administrativo do FMI, que disse confiar em sua capacidade de exercer adequadamente suas funções.
Existe uma regra tácita que reserva a direção do FMI para um europeu, e era pouco provável que houvesse candidatura de um grande país emergente. Em 2011, Lagarde teve como rival o presidente do Banco Central mexicano, Agustín Carstens.
Para um novo mandato, Lagarde poderá contar com um balanço mais favorável para o FMI, depois de ter melhorado a imagem da instituição e de ter desbloqueado uma importante reforma de seu modo de governança.
Sob seu mandato, entretanto, o Fundo não conseguiu evitar o maior calote de sua história, com a Grécia, e foi acusado de instrumentalização política, ao apoiar a Ucrânia, em meio a uma queda de braço estratégica de Kiev com a Rússia.
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