Venezuela registra inflação de 180,9% e queda do PIB de 5,7% em 2015
Caracas, 18 Fev 2016 (AFP) - A Venezuela registrou uma inflação de 180,9% em 2015, uma das mais altas do mundo, e um retrocesso em seu PIB de 5,7%, informou nesta quinta-feira o Banco Central venezuelano.
As cifras são divulgadas um dia depois que o presidente socialista Nicolás Maduro anunciou uma alta de mais de 6.000% nos preços da gasolina - que estiveram congelados durante 20 anos - e uma desvalorização de 37% do bolívar, apesar de manter o sistema de controle cambiário.
Os dados também revelam que durante o ano passado houve um aprofundamento da recessão na economia venezuelana, que já havia registrado uma queda de 3,9% durante o ano de 2014, ao mesmo tempo em que acelerou o aumento dos preços em relação a 2014, quando a inflação reportada pelo Banco Central foi de 68,5%.
A Venezuela, o país com as maiores reservas petroleiras do mundo e que obtém 96% de suas rendas através da exportação de petróleo, atravessa uma grave crise econômica, com marcada escassez de produtos, especialmente de alimentos básicos e medicamentos.
Sobre a alta dos preços, o BCV reconheceu que acontecem "em um contexto no qual se mantém uma redução da oferta de bens de consumo final devido à baixa das importações e à diminuição da produção nacional, circunstâncias por sua vez influenciadas pela queda dos preços internacionais do petróleo".
O Banco Central também atribuiu a espiral inflacionária "à situação de desabastecimento de produtos que é percebido pela população como um dos principais problemas que afetam o país, junto com a especulação e o armazenamento de produtos".
O comportamento dos preços na Venezuela mostra uma clara tendência ascendente, com crescimento da inflação pelo terceiro ano consecutivo, que foi de 20,1% em 2012, de 56,2% em 2013 e de 68,5% em 2014.
Quanto à atividade econômica, os dados do Banco Central da Venezuela revelam que durante o ano passado houve um aprofundamento da recessão na economia venezuelana, que já havia caído 3,9% durante 2014.
Segundo o BCV, este resultado negativo se deve à "menor disponibilidade de divisas, produto do impacto adverso da queda dos preços do petróleo, situação que afetou as importações necessárias para o aparelho produtor nacional".
O setor privado, responsável pela maioria da atividade econômica, teve uma queda de 8,4%, frente a um setor público que cresceu 1,1%.
Na véspera, Maduro anunciou o aumento na gasolina mais barata do mundo e uma desvalorização da moeda nacional.
Pela primeira vez em 20 anos, a gasolina super de 95 octanas aumentou, passando de 0,01 dólar para 0,60 dólar.
Adiado várias vezes por Maduro, o aumento da gasolina era quase um tabu. Em 1989, o aumento do preço do combustível foi um dos gatilhos do "Caracazo", como ficou conhecida a sangrenta convulsão social ocorrida na época.
Maduro também anunciou reformas no complexo sistema cambial venezuelano, que terá apenas duas bandas a partir de sexta-feira. Atualmente, são três.
Ele também anunciou um aumento de 20% no salário mínimo, que passará de 9.600 bolívares para 11.520 bolívares.
Economistas se mostraram céticos em relação às medidas.
Para o diretor da Econanalítica, Asdrúbal Oliveros, "uma desvalorização ou aumento da gasolina ou de preços não são as medidas que vão tirar a Venezuela da crise. Isso requer muito mais", advertiu.
As cifras são divulgadas um dia depois que o presidente socialista Nicolás Maduro anunciou uma alta de mais de 6.000% nos preços da gasolina - que estiveram congelados durante 20 anos - e uma desvalorização de 37% do bolívar, apesar de manter o sistema de controle cambiário.
Os dados também revelam que durante o ano passado houve um aprofundamento da recessão na economia venezuelana, que já havia registrado uma queda de 3,9% durante o ano de 2014, ao mesmo tempo em que acelerou o aumento dos preços em relação a 2014, quando a inflação reportada pelo Banco Central foi de 68,5%.
A Venezuela, o país com as maiores reservas petroleiras do mundo e que obtém 96% de suas rendas através da exportação de petróleo, atravessa uma grave crise econômica, com marcada escassez de produtos, especialmente de alimentos básicos e medicamentos.
Sobre a alta dos preços, o BCV reconheceu que acontecem "em um contexto no qual se mantém uma redução da oferta de bens de consumo final devido à baixa das importações e à diminuição da produção nacional, circunstâncias por sua vez influenciadas pela queda dos preços internacionais do petróleo".
O Banco Central também atribuiu a espiral inflacionária "à situação de desabastecimento de produtos que é percebido pela população como um dos principais problemas que afetam o país, junto com a especulação e o armazenamento de produtos".
O comportamento dos preços na Venezuela mostra uma clara tendência ascendente, com crescimento da inflação pelo terceiro ano consecutivo, que foi de 20,1% em 2012, de 56,2% em 2013 e de 68,5% em 2014.
Quanto à atividade econômica, os dados do Banco Central da Venezuela revelam que durante o ano passado houve um aprofundamento da recessão na economia venezuelana, que já havia caído 3,9% durante 2014.
Segundo o BCV, este resultado negativo se deve à "menor disponibilidade de divisas, produto do impacto adverso da queda dos preços do petróleo, situação que afetou as importações necessárias para o aparelho produtor nacional".
O setor privado, responsável pela maioria da atividade econômica, teve uma queda de 8,4%, frente a um setor público que cresceu 1,1%.
Na véspera, Maduro anunciou o aumento na gasolina mais barata do mundo e uma desvalorização da moeda nacional.
Pela primeira vez em 20 anos, a gasolina super de 95 octanas aumentou, passando de 0,01 dólar para 0,60 dólar.
Adiado várias vezes por Maduro, o aumento da gasolina era quase um tabu. Em 1989, o aumento do preço do combustível foi um dos gatilhos do "Caracazo", como ficou conhecida a sangrenta convulsão social ocorrida na época.
Maduro também anunciou reformas no complexo sistema cambial venezuelano, que terá apenas duas bandas a partir de sexta-feira. Atualmente, são três.
Ele também anunciou um aumento de 20% no salário mínimo, que passará de 9.600 bolívares para 11.520 bolívares.
Economistas se mostraram céticos em relação às medidas.
Para o diretor da Econanalítica, Asdrúbal Oliveros, "uma desvalorização ou aumento da gasolina ou de preços não são as medidas que vão tirar a Venezuela da crise. Isso requer muito mais", advertiu.
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