FMI revisa em baixa projeção de crescimento para América Latina
Washington, 12 Abr 2016 (AFP) - Arrastada pelo Brasil e pela Venezuela, a região América Latina e Caribe registrará em 2016 um segundo ano de redução da economia, com previsões de recuperação apenas em 2017, segundo o relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgado nesta terça-feira.
Em um cenário mundial ruim e que pode piorar, o FMI estima que o PIB regional terá uma contração de 0,5% neste ano, uma queda maior do que a de 0,3% publicada pelo organismo em janeiro.
Ainda mais longe ficou o moderado otimismo de outubro, quando a instituição projetava 0,8% de crescimento da economia latino-americana e caribenha, uma região afetada de diferentes maneiras pelos grandes choques mundiais, como a queda das commodities e a desaceleração da China.
Neste ano, o desempenho econômico na região será pior que em 2015, quando os países da região se contraíram 0,1%, apontou a instituição.
Caso as estimativas do Fundo se concretizem para 2016, a região da América Latina e o Caribe terá dois anos seguidos de recessão, algo inédito desde 1982-1983, quando a crise da dívida desencadeou a chamada "década perdida" para a região.
O recuo chegaria ao fim em 2017: o FMI espera um fortalecimento da atividade econômica em todos os países, com um crescimento regional de 1,5%.
As perspectivas de crescimento dos países da região são diferentes: enquanto México, América Central e Caribe se beneficiam da recuperação dos Estados Unidos, e em alguns casos da queda dos preços da energia, a América do Sul se mantém extremamente afetada pelos preços baixos das matérias-primas.
- "Mais profunda do que o esperado" -No Brasil, espera-se um recuo da economia de 3,8% - resultado idêntico a 2015-, na medida que a acentuada recessão e "as incertezas domésticas" dificultam que medidas de ajustes sejam tomadas pelo governo de Dilma Rousseff, que luta por sua sobrevivência política.
"Na América Latina, a queda do Brasil foi mais profunda do que o esperado", e embora em 2017 se espere um freio na contração econômica da sétima economia do mundo, o FMI aponta que suas estimativas são objeto de "grandes incertezas".
Na Argentina, a terceira economia da região, as políticas liberais do presidente Mauricio Macri aumentam as chances de crescimento no médio prazo, não sem riscos mais imediatos, afirmou o Fundo.
Segundo o FMI, "o atual empenho para corrigir desequilíbrios macroeconômicos e distorções microeconômicas na Argentina melhorou as projeções de crescimento no médio prazo, mas o ajuste possivelmente gerará uma leve recessão em 2016", com uma queda estimada do PIB de 1%.
A Venezuela, que depende das vendas de hidrocarbonetos para obter 96% de suas divisas, se manterá em uma "profunda recessão" e cairá 8% em 2016, complicada pela "incerteza política" e por uma crescente pressão em seus indicadores macroeconômicos na medida que os preços do petróleo se estagnam. A inflação deve chegar a quase 500% no final do ano.
A queda do preço do petróleo também afeta outros países produtores da região: a Colômbia deverá sofrer uma desaceleração, mas permanecerá crescendo, a 2,5%. Já o Equador se juntará aos países em recessão, com queda de 4,5% em 2016, apontou o Fundo.
Em um cenário mundial ruim e que pode piorar, o FMI estima que o PIB regional terá uma contração de 0,5% neste ano, uma queda maior do que a de 0,3% publicada pelo organismo em janeiro.
Ainda mais longe ficou o moderado otimismo de outubro, quando a instituição projetava 0,8% de crescimento da economia latino-americana e caribenha, uma região afetada de diferentes maneiras pelos grandes choques mundiais, como a queda das commodities e a desaceleração da China.
Neste ano, o desempenho econômico na região será pior que em 2015, quando os países da região se contraíram 0,1%, apontou a instituição.
Caso as estimativas do Fundo se concretizem para 2016, a região da América Latina e o Caribe terá dois anos seguidos de recessão, algo inédito desde 1982-1983, quando a crise da dívida desencadeou a chamada "década perdida" para a região.
O recuo chegaria ao fim em 2017: o FMI espera um fortalecimento da atividade econômica em todos os países, com um crescimento regional de 1,5%.
As perspectivas de crescimento dos países da região são diferentes: enquanto México, América Central e Caribe se beneficiam da recuperação dos Estados Unidos, e em alguns casos da queda dos preços da energia, a América do Sul se mantém extremamente afetada pelos preços baixos das matérias-primas.
- "Mais profunda do que o esperado" -No Brasil, espera-se um recuo da economia de 3,8% - resultado idêntico a 2015-, na medida que a acentuada recessão e "as incertezas domésticas" dificultam que medidas de ajustes sejam tomadas pelo governo de Dilma Rousseff, que luta por sua sobrevivência política.
"Na América Latina, a queda do Brasil foi mais profunda do que o esperado", e embora em 2017 se espere um freio na contração econômica da sétima economia do mundo, o FMI aponta que suas estimativas são objeto de "grandes incertezas".
Na Argentina, a terceira economia da região, as políticas liberais do presidente Mauricio Macri aumentam as chances de crescimento no médio prazo, não sem riscos mais imediatos, afirmou o Fundo.
Segundo o FMI, "o atual empenho para corrigir desequilíbrios macroeconômicos e distorções microeconômicas na Argentina melhorou as projeções de crescimento no médio prazo, mas o ajuste possivelmente gerará uma leve recessão em 2016", com uma queda estimada do PIB de 1%.
A Venezuela, que depende das vendas de hidrocarbonetos para obter 96% de suas divisas, se manterá em uma "profunda recessão" e cairá 8% em 2016, complicada pela "incerteza política" e por uma crescente pressão em seus indicadores macroeconômicos na medida que os preços do petróleo se estagnam. A inflação deve chegar a quase 500% no final do ano.
A queda do preço do petróleo também afeta outros países produtores da região: a Colômbia deverá sofrer uma desaceleração, mas permanecerá crescendo, a 2,5%. Já o Equador se juntará aos países em recessão, com queda de 4,5% em 2016, apontou o Fundo.
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