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Soldado russo é morto na província síria de Homs

11/05/2016 16h12

Beirute, 11 Mai 2016 (AFP) - Um soldado russo morreu na província síria de Homs depois de ter sido atingido há dois dias por tiros rebeldes, informou um porta-voz da base aérea russa de Hmeimim.

O soldado, Anton Yerygin, "sofreu ferimentos graves após ser atacado por rebeldes quando escoltava veículos do centro de mediação russo entre facções opostas", informou o porta-voz. Após dois dias internado, o militar faleceu.

Nesta quarta-feira, as forças sírias combatiam os jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI), que cortaram uma estrada estratégica entre Homs e Palmira, poucos dias depois da reconquista da cidade histórica.

No norte do país, as forças do regime e os rebeldes bombardearam na terça-feira à noite vários subúrbios da cidade de Aleppo, apesar da trégua temporária em vigor até a meia-noite desta quarta.

Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), o EI "cortou a estrada entre Homs e Palmira perto do aeroporto militar de Tiyas, após um ataque iniciado no leste de Homs".

As duas cidades são controladas pelo regime de Bashar al-Assad. No final de março, suas tropas, com o apoio da aviação russa, conseguiram retomar o controle de Palmira, conhecida como "a pérola do deserto", inscrita pela Unesco no patrimônio mundial da humanidade.

Para comemorar a vitória, Moscou e Damasco organizaram na semana passada vários concertos no anfiteatro da cidade antiga.

"O fechamento da estrada é a ação mais contundente do EI desde que o exército retomou Palmira" em 27 de março, declarou o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahmane.

"Intensos combates estão em andamento entre as forças do regime e o Daesh (acrônimo em árabe do EI)", acrescentou.

"O Daesh cerca Palmira por todos os lados, salvo no sudoeste", informou.

Na mesma região, uma fonte militar síria afirmou à agência de notícias Sana que a aviação havia bombardeado o EI perto do campo de extração de gás de Shaer, ao noroeste de Palmira, nas mãos dos jihadistas desde quinta-feira.

Já no leste do país, na província de Deir Ezzor, um ataque aéreo do regime matou ao menos sete civis.