Raúl Castro pede a cubanos que economizem e nega especulações de crise
Havana, 8 Jul 2016 (AFP) - O presidente Raúl Castro pediu aos cubanos que reduzam seus gastos diante das dificuldades financeiras pela diminuição na entrega de petróleo venezuelano e pela queda das receitas das exportações, mas afastou o fantasma da crise dos anos 90.
"É preciso reduzir gastos de todo o tipo que não sejam imprescindíveis, fomentar uma cultura de poupança e de aproveitamento eficiente dos recursos disponíveis", disse o chefe de Estado nesta sexta-feira no Parlamento.
Há uma semana empresas estatais cubanas receberam ordens executivas de reduzir em 50% seus gastos de combustível e eletricidade, levantando temores de retorno de uma crise como a dos anos 90, com prolongados apagões e paralisia do transporte e da indústria.
"Não negamos que podem acontecer problemas, inclusive maiores do que os atuais, mas estamos preparados e em melhores condições do que naquela época para contorná-las", disse Castro, negando "especulações de iminente colapso da economia".
O presidente cubano disse que foi registrado um crescimento de 1% no primeiro semestre do ano, a metade do previsto, devido à queda das receitas pelas exportações.
Castro ressaltou que, três meses após a ordem executiva de Barack Obama que permitiu o uso do dólar a Cuba em suas transações internacionais, "o certo é que ainda não se conseguiu efetuar pagamentos e depósitos em dinheiro nessa moeda."
Ele esclareceu que as medidas de austeridade tomadas por seu governo são "dirigidas a enfrentar a situação e garantir as atividades principais que garantem a vitalidade da economia, minimizando os transtornos para a população".
O efeito da crise venezuelanaUma das principais causas da forte desaceleração econômica nesse semestre foi a redução nas entregas de petróleo pela Venezuela, principal aliado político e econômica da ilha na região.
Cuba recebia aproximadamente 85.000 barris diários de petróleo da Venezuela, com facilidades de pagamentos, quantidade que representa quase 60% de seu consumo, e que sofreu "determinada contração" no primeiro semestre devido à crise desse país, disse Castro.
"Logicamente isso gerou tensões adicionais no funcionamento da economia cubana", acrescentou.
Cuba também recebe pelos serviços médicos e educacionais, que envia mais de 30.000 cubanos para Venezuela, a maioria médicos, que também foram afetados.
"Continuaremos dando à Venezuela, ao máximo de nossas possibilidades, a colaboração acordada para contribuir com a manutenção das conquistas alcançadas nos serviços sociais".
Castro assegurou que apesar das dificuldades financeiras, "conseguiu manter o cumprimento dos compromissos assumidos nos processos de reordenamento das dívidas com credores estrangeiros".
Mas ele reconheceu que há alguns atrasos nesses pagamentos. "Desejo agradecer a nossas contrapartes por sua confiança e compreensão da situação transitória em que nos encontramos", disse.
"É preciso reduzir gastos de todo o tipo que não sejam imprescindíveis, fomentar uma cultura de poupança e de aproveitamento eficiente dos recursos disponíveis", disse o chefe de Estado nesta sexta-feira no Parlamento.
Há uma semana empresas estatais cubanas receberam ordens executivas de reduzir em 50% seus gastos de combustível e eletricidade, levantando temores de retorno de uma crise como a dos anos 90, com prolongados apagões e paralisia do transporte e da indústria.
"Não negamos que podem acontecer problemas, inclusive maiores do que os atuais, mas estamos preparados e em melhores condições do que naquela época para contorná-las", disse Castro, negando "especulações de iminente colapso da economia".
O presidente cubano disse que foi registrado um crescimento de 1% no primeiro semestre do ano, a metade do previsto, devido à queda das receitas pelas exportações.
Castro ressaltou que, três meses após a ordem executiva de Barack Obama que permitiu o uso do dólar a Cuba em suas transações internacionais, "o certo é que ainda não se conseguiu efetuar pagamentos e depósitos em dinheiro nessa moeda."
Ele esclareceu que as medidas de austeridade tomadas por seu governo são "dirigidas a enfrentar a situação e garantir as atividades principais que garantem a vitalidade da economia, minimizando os transtornos para a população".
O efeito da crise venezuelanaUma das principais causas da forte desaceleração econômica nesse semestre foi a redução nas entregas de petróleo pela Venezuela, principal aliado político e econômica da ilha na região.
Cuba recebia aproximadamente 85.000 barris diários de petróleo da Venezuela, com facilidades de pagamentos, quantidade que representa quase 60% de seu consumo, e que sofreu "determinada contração" no primeiro semestre devido à crise desse país, disse Castro.
"Logicamente isso gerou tensões adicionais no funcionamento da economia cubana", acrescentou.
Cuba também recebe pelos serviços médicos e educacionais, que envia mais de 30.000 cubanos para Venezuela, a maioria médicos, que também foram afetados.
"Continuaremos dando à Venezuela, ao máximo de nossas possibilidades, a colaboração acordada para contribuir com a manutenção das conquistas alcançadas nos serviços sociais".
Castro assegurou que apesar das dificuldades financeiras, "conseguiu manter o cumprimento dos compromissos assumidos nos processos de reordenamento das dívidas com credores estrangeiros".
Mas ele reconheceu que há alguns atrasos nesses pagamentos. "Desejo agradecer a nossas contrapartes por sua confiança e compreensão da situação transitória em que nos encontramos", disse.
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