FMI: Brexit prejudica crescimento mundial até 2017; Brasil surpreende
Washington, 19 Jul 2016 (AFP) - A espessa nuvem de incertezas gerada pela histórica decisão do Reino Unido de sair da União Europeia poderá ser um peso para o crescimento da economia mundial até 2017, alertou nesta terça-feira o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Esse cenário levou a entidade financeira a novamente acender suas luzes de alarme e reduzir em 0,1 ponto percentual sua previsão para o crescimento global deste ano e do próximo, em relação à expectativa anunciada em abril.
Nesta atualização de sua expectativa, o FMI prevê que o crescimento global deste ano será de 3,1%, e em 2017 haveria uma pequena ampliação, a 3,4%.
Já a situação do Brasil surpreendeu: o FMI revisou em alta sua previsão em meio ponto percentual.
O país deverá encerrar este ano com um recuo de -3,3% para exibir em 2017 uma tímida recuperação de 0,5%.
Para o FMI, a vitória dos que defendem a ruptura com a União Europeia nublou as expectativas tanto para a economia britânica como para a zona do euro, e por isso revisou marginalmente em baixa o desempenho da economia global, já em meio meio a uma frágil recuperação.
Essa nova relação entre o Reino Unido e a UE poderá representar o surgimento de novas barreiras econômicas, com seu consequente impacto nos mercados financeiros, nos níveis de consumo e na confiança dos investidores.
Para o FMI, esse quadro poderá representar para a economia britânica um preço alto, de aproximadamente 1% de seu crescimento para 2017, em um quadro marcado por um "significativo enfraquecimento da demanda doméstica".
"A continuidade das incertezas deverá ter um impacto no consumo e especialmente nos investimentos", apontou o FMI.
O Fundo ressaltou a persistência de outros riscos, além do Brexit, para o desempenho da economia global.
Entre esses fatores, mencionou empréstimos e a baixa rentabilidade dos bancos na Grécia, na Itália e em Portugal, além das contínuas turbulências nos mercados financeiros.
Trata-se, apontou o FMI, de fatores que "poderiam ter severas repercussões macroeconômicas".
Para a entidade, enquanto as perspectivas de curto prazo para a economia da China permanecem basicamente as mesmas, a forte dependência de crédito para impulsionar o crescimento poderia gerar instabilidade.
No caso da América Latina e do Caribe, o FMI manteve sua previsão de abril praticamente intocada, com uma revisão marginal em alta de 0,1 ponto.
A região deverá encerrar o ano com retrocesso de -0,4%, sendo que em abril indicou uma expectativa de -0,5%. Para o ano 2017, o FMI prevê um crescimento de 1,5% (1,4% em abril).
O México, entretanto, deverá crescer 2,5% neste ano (alta de 0,1 ponto em relação a abril) e 2,6% no ano que vem (sem mudança).
Na África as preocupações se concentram na Nigéria, a maior economia desse continente, que sofre com a contínua queda nos preços do petróleo, com a escassa produção de energia e com a queda da confiança dos investidores.
O FMI havia previsto que a economia nigeriana deveria crescer 2,3%, mas de acordo com a revisão, poderia recuar 1,8%, como resultado da forte desvalorização de sua moeda.
bur-ahg/fj/cc/mvv
Esse cenário levou a entidade financeira a novamente acender suas luzes de alarme e reduzir em 0,1 ponto percentual sua previsão para o crescimento global deste ano e do próximo, em relação à expectativa anunciada em abril.
Nesta atualização de sua expectativa, o FMI prevê que o crescimento global deste ano será de 3,1%, e em 2017 haveria uma pequena ampliação, a 3,4%.
Já a situação do Brasil surpreendeu: o FMI revisou em alta sua previsão em meio ponto percentual.
O país deverá encerrar este ano com um recuo de -3,3% para exibir em 2017 uma tímida recuperação de 0,5%.
Para o FMI, a vitória dos que defendem a ruptura com a União Europeia nublou as expectativas tanto para a economia britânica como para a zona do euro, e por isso revisou marginalmente em baixa o desempenho da economia global, já em meio meio a uma frágil recuperação.
Essa nova relação entre o Reino Unido e a UE poderá representar o surgimento de novas barreiras econômicas, com seu consequente impacto nos mercados financeiros, nos níveis de consumo e na confiança dos investidores.
Para o FMI, esse quadro poderá representar para a economia britânica um preço alto, de aproximadamente 1% de seu crescimento para 2017, em um quadro marcado por um "significativo enfraquecimento da demanda doméstica".
"A continuidade das incertezas deverá ter um impacto no consumo e especialmente nos investimentos", apontou o FMI.
O Fundo ressaltou a persistência de outros riscos, além do Brexit, para o desempenho da economia global.
Entre esses fatores, mencionou empréstimos e a baixa rentabilidade dos bancos na Grécia, na Itália e em Portugal, além das contínuas turbulências nos mercados financeiros.
Trata-se, apontou o FMI, de fatores que "poderiam ter severas repercussões macroeconômicas".
Para a entidade, enquanto as perspectivas de curto prazo para a economia da China permanecem basicamente as mesmas, a forte dependência de crédito para impulsionar o crescimento poderia gerar instabilidade.
No caso da América Latina e do Caribe, o FMI manteve sua previsão de abril praticamente intocada, com uma revisão marginal em alta de 0,1 ponto.
A região deverá encerrar o ano com retrocesso de -0,4%, sendo que em abril indicou uma expectativa de -0,5%. Para o ano 2017, o FMI prevê um crescimento de 1,5% (1,4% em abril).
O México, entretanto, deverá crescer 2,5% neste ano (alta de 0,1 ponto em relação a abril) e 2,6% no ano que vem (sem mudança).
Na África as preocupações se concentram na Nigéria, a maior economia desse continente, que sofre com a contínua queda nos preços do petróleo, com a escassa produção de energia e com a queda da confiança dos investidores.
O FMI havia previsto que a economia nigeriana deveria crescer 2,3%, mas de acordo com a revisão, poderia recuar 1,8%, como resultado da forte desvalorização de sua moeda.
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