Japão lança novo programa para tentar reativar a economia
Tóquio, 2 Ago 2016 (AFP) - O governo japonês aprovou nesta terça-feira um novo pacote para dinamizar a economia, que enfrenta a valoração do iene e os impactos do Brexit, e incentivar a natalidade em um país em vias de envelhecimento.
O primeiro-ministro Shinzo Abe anunciou na semana passada um programa de 28 trilhões de ienes (273 bilhões de dólares, 240 bilhões de euros), sem dar maiores detalhes.
Os investidores se mostraram céticos sobre a eficácia de este último plano, um dos mais de vinte lançados nas últimas décadas para tentar tirar a terceira economia mundial da letargia.
Segundo a OCDE, o arquipélago, com um endividamento equivalente a 250% de seu PIB, passará de um exíguo crescimento econômico de 0,6% em 2015 a 0,7% em 2016, que voltará a desacelerar a 0,4% em 2017.
O plano anunciado nesta terça-feira destina 6 trilhões de ienes a créditos com juros baixos e 7,5 trilhões a projetos impulsionados pelas autoridades nacionais ou locais.
Os custos de cada um dos projetos não foi divulgado. Espera-se que o Parlamento aprove o pacote no mês que vem.
O plano era esperado com impaciência pelos investidores, que na sexta-feira passada tiveram suas expectativas frustradas em relação a um anúncio do Banco do Japão sobre medidas de estímulo monetário.
Uma linha de crédito, segundo a imprensa, prevê a ajuda às pequenas empresas, que podem ser ver afetadas pela decisão britânica de abandonar a União Europeia (UE).
Cerca de mil grandes e pequenas companhias japonesas têm negócios com o Reino Unido e muitas instalaram em Londres seus centros de operações na Europa.
O referendo no qual os britânicos se pronunciaram a favor do Brexit, em 23 de junho, provocou uma desvalorização da libra esterlina e, consequentemente, uma valoração das divisas consideradas como valores refúgio, como o iene. Um fenômeno que tem efeitos imediatos na economia japonesa, já que provoca um aumento do preço de suas exportações.
Outra linha de crédito seria para ajudar as pessoas de baixa renda e as vítimas dos terremotos, com fundos para as zonas do sul do país, como os que em abril mataram 49 pessoas e provocaram numerosos danos materiais. Outros fundos se destinarão a zonas atingidas pelo tsunami e pelo desastre da central de Fukushima em 2011.
- 'Nada inovador' -A imprensa afirma igualmente que bilhões de ienes se destinarão a obras de infraestrutura, entre elas a linha ferroviária Maglev de sustentação eletromagnética entre Tóquio e Nagoia (290 quilômetros), que poderá chegar a uma velocidade de 600 km por hora.
Também haverá ajuda para creches e asilos, em um país que enfrenta baixos índices de natalidade e envelhecimento rápido da população.
O plano de estímulo acontece três anos depois da chegada de Abe ao poder, com uma estratégia apelidada de "abenomics" e baseada em três pilares -fiscal, monetário e estrutural- para reanimar a economia.
O novo plano, contudo, despertou pouco entusiasmo.
"Podemos esperar certo impulso, mas o que o Japão precisa é mais demanda e um aumento da produtividade através da desregulação", opinou Masaki Kuwahara, economista da Nomura Securities.
Os analistas da Mizuho Securities também estimam que o plano "não tem nada inovador" e lembram que desde que a bolha financeira estourou em 1990 "já houve uns 26 planos de reativação" sem grandes efeitos no crescimento.
O primeiro-ministro Shinzo Abe anunciou na semana passada um programa de 28 trilhões de ienes (273 bilhões de dólares, 240 bilhões de euros), sem dar maiores detalhes.
Os investidores se mostraram céticos sobre a eficácia de este último plano, um dos mais de vinte lançados nas últimas décadas para tentar tirar a terceira economia mundial da letargia.
Segundo a OCDE, o arquipélago, com um endividamento equivalente a 250% de seu PIB, passará de um exíguo crescimento econômico de 0,6% em 2015 a 0,7% em 2016, que voltará a desacelerar a 0,4% em 2017.
O plano anunciado nesta terça-feira destina 6 trilhões de ienes a créditos com juros baixos e 7,5 trilhões a projetos impulsionados pelas autoridades nacionais ou locais.
Os custos de cada um dos projetos não foi divulgado. Espera-se que o Parlamento aprove o pacote no mês que vem.
O plano era esperado com impaciência pelos investidores, que na sexta-feira passada tiveram suas expectativas frustradas em relação a um anúncio do Banco do Japão sobre medidas de estímulo monetário.
Uma linha de crédito, segundo a imprensa, prevê a ajuda às pequenas empresas, que podem ser ver afetadas pela decisão britânica de abandonar a União Europeia (UE).
Cerca de mil grandes e pequenas companhias japonesas têm negócios com o Reino Unido e muitas instalaram em Londres seus centros de operações na Europa.
O referendo no qual os britânicos se pronunciaram a favor do Brexit, em 23 de junho, provocou uma desvalorização da libra esterlina e, consequentemente, uma valoração das divisas consideradas como valores refúgio, como o iene. Um fenômeno que tem efeitos imediatos na economia japonesa, já que provoca um aumento do preço de suas exportações.
Outra linha de crédito seria para ajudar as pessoas de baixa renda e as vítimas dos terremotos, com fundos para as zonas do sul do país, como os que em abril mataram 49 pessoas e provocaram numerosos danos materiais. Outros fundos se destinarão a zonas atingidas pelo tsunami e pelo desastre da central de Fukushima em 2011.
- 'Nada inovador' -A imprensa afirma igualmente que bilhões de ienes se destinarão a obras de infraestrutura, entre elas a linha ferroviária Maglev de sustentação eletromagnética entre Tóquio e Nagoia (290 quilômetros), que poderá chegar a uma velocidade de 600 km por hora.
Também haverá ajuda para creches e asilos, em um país que enfrenta baixos índices de natalidade e envelhecimento rápido da população.
O plano de estímulo acontece três anos depois da chegada de Abe ao poder, com uma estratégia apelidada de "abenomics" e baseada em três pilares -fiscal, monetário e estrutural- para reanimar a economia.
O novo plano, contudo, despertou pouco entusiasmo.
"Podemos esperar certo impulso, mas o que o Japão precisa é mais demanda e um aumento da produtividade através da desregulação", opinou Masaki Kuwahara, economista da Nomura Securities.
Os analistas da Mizuho Securities também estimam que o plano "não tem nada inovador" e lembram que desde que a bolha financeira estourou em 1990 "já houve uns 26 planos de reativação" sem grandes efeitos no crescimento.
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