Produção industrial do Brasil caiu mais que o previsto em outubro
Brasília, 2 dez 2016 (AFP) - A produção industrial brasileira retrocedeu 1,1% em outubro em relação a setembro, mais que o esperado pelos analistas, segundo dados oficiais divulgados nesta sexta-feira, que desferem um novo golpe nas expectativas de reativação do país.
A queda, ajustada sazonalmente, superou o 0,8% estimado pelos 38 economistas consultados pela agência Bloomberg e voltou a levar o indicador a campo negativo após a leve expansão de 0,5% do mês passado.
Foi o maior retrocesso registrado em outubro desde 2013; durante o ano, o índice acumula um retrocesso de 7,7%, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em um novo sinal de que a recuperação da economia do país ainda não se cristaliza, a comparação interanual - sem sazonalidade - mostrou que a indústria experimentou uma forte queda de 7,3%, "a trigésima segunda taxa negativa consecutiva neste tipo de comparação e a mais intensa desde maio de 2016 (-7,4%)", disse o IBGE.
A medição em doze meses acumula um índice de 8,4%.
Os produtos alimentícios, de forte ponderação no indicador, caíram em outubro 3,1% em relação a setembro, e a produção de automotores diminuiu 4,5%, em meio a uma baixa generalizada que atingiu 20 das 24 atividades medidas.
A indústria metalúrgica (-2,8%) e a de materiais plásticos (-4,9%) também contribuíram para a tendência.
Nas grandes categorias, os bens de capital - usados para produzir outros bens - caíram 2,2% e registraram sua quarta contração consecutiva, acumulando uma baixa de 9,5% durante este período. Os intermediários, por sua vez, retrocederam 1,9%, e os de consumo 0,4%.
- Comércio em alta -A situação da produção industrial brasileira reflete a extensa e profunda queda da atividade econômica no Brasil, que entrou em recessão em 2015, quando o Produto Interno Bruto (PIB) se contraiu 3,8%, e espera encerrar 2016 com outro agudo retrocesso de 3,5%.
Se estas projeções se confirmarem, o país terá seu primeiro biênio recessivo desde a década de 1930 e sua maior perda de riqueza em mais de um século.
Na quarta-feira passada, o IBGE reportou que a economia do Brasil havia se contraído 0,8% no terceiro trimestre, seu sétimo retrocesso consecutivo, afetada pela falta de investimentos e pelas projeções do mercado que indicam que o PIB crescerá menos de 1% em 2017.
O governo do presidente Michel Temer impulsiona projetos de austeridade para recuperar a confiança dos investidores, mas eles demoram a voltar a investir no país no âmbito de tensões políticas internas e incertezas internacionais.
A queda, ajustada sazonalmente, superou o 0,8% estimado pelos 38 economistas consultados pela agência Bloomberg e voltou a levar o indicador a campo negativo após a leve expansão de 0,5% do mês passado.
Foi o maior retrocesso registrado em outubro desde 2013; durante o ano, o índice acumula um retrocesso de 7,7%, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em um novo sinal de que a recuperação da economia do país ainda não se cristaliza, a comparação interanual - sem sazonalidade - mostrou que a indústria experimentou uma forte queda de 7,3%, "a trigésima segunda taxa negativa consecutiva neste tipo de comparação e a mais intensa desde maio de 2016 (-7,4%)", disse o IBGE.
A medição em doze meses acumula um índice de 8,4%.
Os produtos alimentícios, de forte ponderação no indicador, caíram em outubro 3,1% em relação a setembro, e a produção de automotores diminuiu 4,5%, em meio a uma baixa generalizada que atingiu 20 das 24 atividades medidas.
A indústria metalúrgica (-2,8%) e a de materiais plásticos (-4,9%) também contribuíram para a tendência.
Nas grandes categorias, os bens de capital - usados para produzir outros bens - caíram 2,2% e registraram sua quarta contração consecutiva, acumulando uma baixa de 9,5% durante este período. Os intermediários, por sua vez, retrocederam 1,9%, e os de consumo 0,4%.
- Comércio em alta -A situação da produção industrial brasileira reflete a extensa e profunda queda da atividade econômica no Brasil, que entrou em recessão em 2015, quando o Produto Interno Bruto (PIB) se contraiu 3,8%, e espera encerrar 2016 com outro agudo retrocesso de 3,5%.
Se estas projeções se confirmarem, o país terá seu primeiro biênio recessivo desde a década de 1930 e sua maior perda de riqueza em mais de um século.
Na quarta-feira passada, o IBGE reportou que a economia do Brasil havia se contraído 0,8% no terceiro trimestre, seu sétimo retrocesso consecutivo, afetada pela falta de investimentos e pelas projeções do mercado que indicam que o PIB crescerá menos de 1% em 2017.
O governo do presidente Michel Temer impulsiona projetos de austeridade para recuperar a confiança dos investidores, mas eles demoram a voltar a investir no país no âmbito de tensões políticas internas e incertezas internacionais.
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