Inflação fecha 2016 em 6,29%, abaixo do teto da meta
Rio de Janeiro, 11 Jan 2017 (AFP) - A inflação no Brasil fechou 2016 em 6,29%, abaixo do teto da meta estabelecida pelo Banco Central (BCB), o que abre caminho para novos cortes na taxa de juros, a fim de oxigenar uma economia em recessão.
O resultado anual foi inferior à meta de 4,5%, mais ou menos dois pontos, fixado pelo BCB e também da média de 6,34% estimada por 25 economistas consultados pelo jornal Valor Econômico. Além disso, trata-se de uma forte desaceleração em relação aos 10,67% registrados em 2015, que foi a maior inflação no país em 13 anos.
Antes de o Comitê de Política Monetária do BCB fixar o nível da taxa de referência -o consenso do mercado é que haverá um corte-, os preços voltaram a mostrar uma tendência à estabilização em dezembro com uma alta de 0,3%, levemente acima dos 0,18% de novembro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira.
"Foi o indicador mais baixo para um mês de dezembro desde 2008 (0,28%)", apontou o organismo em seu relatório.
O dado de inflação é altamente sensível às vésperas de um esperado corte na taxa de juros. Pouco depois da divulgação desse dado, o presidente Michel Temer antecipou que a tendência em baixa dos preços continuará ao longo de 2017.
A maioria dos analistas e operadores apostam que o BCB anunciará um corte de 0,5 pontos percentuais na taxa de juros, que a deixaria em 13,25%, embora nos últimos dias tenham crescido as expectativas de que a redução chegue a 0,7 ponto.
Se for confirmado, este seria o terceiro corte consecutivo após um ciclo de quase quatro anos sem mudança.
- Empresários pedem audácia -O ritmo da desaceleração da taxa de inflação é um dos principais argumentos do setor produtivo para pedir uma política monetária audaz ao BCB que tente reanimar uma economia em recessão, que acumula uma perda de riqueza de mais de 7% nos últimos dos anos.
"O ajuste dependerá da trajetória da inflação, mas tudo indica que está caindo a uma velocidade um pouco maior e permitirá ao BCB reduzir a taxa Selic com uma maior intensidade", disse à AFP Margarida Gutierrez, economista da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em uma entrevista realizada na terça-feira.
Nas últimas atas, o Comitê de Política Monetária deu a entender que poderá acelerar o ritmo dos cortes. A pesquisa Focus do BCB indica uma expectativa de que a taxa caia a 10,50% em 2017.
A meta de inflação fixada para esse ano é igual à de 2016, mas com uma variação menor: um ponto e meio.
A escalada dos preços em 2016 foi liderada pelo setor de Saúde e Cuidados Pessoais, com um acumulado de 11,04%, seguido pelo de Educação (8,86%). Além disso, segundo o IBGE, "o grupo de alimentos e bebidas exerceu a maior influência sobre os índices do mês e do ano".
De acordo com o IBGE, em um ano em que a produção agrícola teve queda 12% abaixo da de 2015, o consumidor passou a pagar uma média de 8,62% a mais na aquisição de alimentos.
Os custos das comunicações (1,27%) e de moradia (2,85%) foram os que menos subiram.
O resultado anual foi inferior à meta de 4,5%, mais ou menos dois pontos, fixado pelo BCB e também da média de 6,34% estimada por 25 economistas consultados pelo jornal Valor Econômico. Além disso, trata-se de uma forte desaceleração em relação aos 10,67% registrados em 2015, que foi a maior inflação no país em 13 anos.
Antes de o Comitê de Política Monetária do BCB fixar o nível da taxa de referência -o consenso do mercado é que haverá um corte-, os preços voltaram a mostrar uma tendência à estabilização em dezembro com uma alta de 0,3%, levemente acima dos 0,18% de novembro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira.
"Foi o indicador mais baixo para um mês de dezembro desde 2008 (0,28%)", apontou o organismo em seu relatório.
O dado de inflação é altamente sensível às vésperas de um esperado corte na taxa de juros. Pouco depois da divulgação desse dado, o presidente Michel Temer antecipou que a tendência em baixa dos preços continuará ao longo de 2017.
A maioria dos analistas e operadores apostam que o BCB anunciará um corte de 0,5 pontos percentuais na taxa de juros, que a deixaria em 13,25%, embora nos últimos dias tenham crescido as expectativas de que a redução chegue a 0,7 ponto.
Se for confirmado, este seria o terceiro corte consecutivo após um ciclo de quase quatro anos sem mudança.
- Empresários pedem audácia -O ritmo da desaceleração da taxa de inflação é um dos principais argumentos do setor produtivo para pedir uma política monetária audaz ao BCB que tente reanimar uma economia em recessão, que acumula uma perda de riqueza de mais de 7% nos últimos dos anos.
"O ajuste dependerá da trajetória da inflação, mas tudo indica que está caindo a uma velocidade um pouco maior e permitirá ao BCB reduzir a taxa Selic com uma maior intensidade", disse à AFP Margarida Gutierrez, economista da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em uma entrevista realizada na terça-feira.
Nas últimas atas, o Comitê de Política Monetária deu a entender que poderá acelerar o ritmo dos cortes. A pesquisa Focus do BCB indica uma expectativa de que a taxa caia a 10,50% em 2017.
A meta de inflação fixada para esse ano é igual à de 2016, mas com uma variação menor: um ponto e meio.
A escalada dos preços em 2016 foi liderada pelo setor de Saúde e Cuidados Pessoais, com um acumulado de 11,04%, seguido pelo de Educação (8,86%). Além disso, segundo o IBGE, "o grupo de alimentos e bebidas exerceu a maior influência sobre os índices do mês e do ano".
De acordo com o IBGE, em um ano em que a produção agrícola teve queda 12% abaixo da de 2015, o consumidor passou a pagar uma média de 8,62% a mais na aquisição de alimentos.
Os custos das comunicações (1,27%) e de moradia (2,85%) foram os que menos subiram.
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