China registra seu primeiro déficit comercial em três anos
Pequim, 8 Mar 2017 (AFP) - A China registrou em fevereiro um déficit comercial de 9,15 bilhões de dólares, o primeiro em três anos, consequência do aumento de quase 40% das importações e das distorções econômicas da celebração do Ano Novo.
Em fevereiro, as importações aumentaram 38,1%, impulsionadas pela alta das matérias-primas e da demanda interna. Trata-se de um dado que dobra os 20% previstos pelos especialistas consultados pela Bloomberg.
Paralelamente, as exportações caíram 1,3% em fevereiro (frente a uma estimativa de aumento de 14,6%).
O gigante asiático tenta reorganizar sua economia de um modelo baseado nas exportações e o investimento público a um fundado no consumo interno.
O déficit comercial de 9,15 bilhões de dólares em fevereiro contrasta com o superávit de 51,3 de janeiro com as previsões da Bloomberg de um superávit de 27 bilhões.
Segundo os analistas, o freio das exportações se explica pela celebração do Ano Novo chinês, que reduz a atividade de fábricas e portos
"O déficit comercial, junto com o aumento das reservas de divisas estrangeiras (...) sugere que as fugas de capital caíram bruscamente", indica Julian Evans-Pritchard da China Economist em nota.
A China compete com os Estados Unidos como líder do comércio mundial e da saúde de sua economia, que no ano passado cresceu a seu menor ritmo em 25 anos, afeta todo o planeta.
O dado de fevereiro chega em um contexto de incerteza sobre a política comercial dos Estados Unidos após a posse do presidente Donald Trump, que defende o protecionismo e pode empreender uma guerra comercial com a China.
Trump acusa a China de manipular sua moeda e de práticas comerciais injustas que reduzem os empregos nos Estados Unidos, e ameaça com a imposição de tarifas alfandegárias sobre os produtos chineses.
Apesar do déficit global, a China manteve em fevereiro um superávit comercial com os Estados Unidos de 10,4 bilhões de dólares.
Segundo Betty Wang, da ANZ Research, o déficit de fevereiro "provavelmente não se manterá" e "indica poucas alterações na dinâmica comercial chinesa". "Acreditamos que a China voltará ao superávit comercial nos próximos meses", informou em uma nota.
No domingo a China reduziu suas previsões de crescimento para 2017 para 6,5%.
As autoridades apostam em um "aumento contante dos volumes de importação e exportação e o equilíbrio dos pagamentos internacionais", disse no domingo o primeiro-ministro Li Keqiang em um relatório na Assembleia Popular chinesa.
Em fevereiro, as importações aumentaram 38,1%, impulsionadas pela alta das matérias-primas e da demanda interna. Trata-se de um dado que dobra os 20% previstos pelos especialistas consultados pela Bloomberg.
Paralelamente, as exportações caíram 1,3% em fevereiro (frente a uma estimativa de aumento de 14,6%).
O gigante asiático tenta reorganizar sua economia de um modelo baseado nas exportações e o investimento público a um fundado no consumo interno.
O déficit comercial de 9,15 bilhões de dólares em fevereiro contrasta com o superávit de 51,3 de janeiro com as previsões da Bloomberg de um superávit de 27 bilhões.
Segundo os analistas, o freio das exportações se explica pela celebração do Ano Novo chinês, que reduz a atividade de fábricas e portos
"O déficit comercial, junto com o aumento das reservas de divisas estrangeiras (...) sugere que as fugas de capital caíram bruscamente", indica Julian Evans-Pritchard da China Economist em nota.
A China compete com os Estados Unidos como líder do comércio mundial e da saúde de sua economia, que no ano passado cresceu a seu menor ritmo em 25 anos, afeta todo o planeta.
O dado de fevereiro chega em um contexto de incerteza sobre a política comercial dos Estados Unidos após a posse do presidente Donald Trump, que defende o protecionismo e pode empreender uma guerra comercial com a China.
Trump acusa a China de manipular sua moeda e de práticas comerciais injustas que reduzem os empregos nos Estados Unidos, e ameaça com a imposição de tarifas alfandegárias sobre os produtos chineses.
Apesar do déficit global, a China manteve em fevereiro um superávit comercial com os Estados Unidos de 10,4 bilhões de dólares.
Segundo Betty Wang, da ANZ Research, o déficit de fevereiro "provavelmente não se manterá" e "indica poucas alterações na dinâmica comercial chinesa". "Acreditamos que a China voltará ao superávit comercial nos próximos meses", informou em uma nota.
No domingo a China reduziu suas previsões de crescimento para 2017 para 6,5%.
As autoridades apostam em um "aumento contante dos volumes de importação e exportação e o equilíbrio dos pagamentos internacionais", disse no domingo o primeiro-ministro Li Keqiang em um relatório na Assembleia Popular chinesa.
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