Relatório pede forte aumento do preço do carbono para combater mudanças climáticas
Paris, 29 Mai 2017 (AFP) - Um relatório divulgado nesta segunda-feira sugere um aumento acentuado do preço da tonelada de CO2, que deveria atingir ao menos entre 40 e 80 dólares em 2020 e entre 50 e 100 dólares em 2030, para atingir o objetivo de limitar o aquecimento global.
"Uma tarifa bem concebida do carbono é um elemento indispensável em uma estratégia eficaz para reduzir as emissões" de gases do efeito estufa, ressalta o documento elaborado por um Comitê Econômico presidido pelos economistas Joseph Stiglitz e Nicholas Stern.
A comissão, criada no âmbito da Coalizão para a Tarifação do Carbono (CPLP), com o apoio da França e do Banco Mundial, tinha o objetivo de examinar os níveis de preços suscetíveis de induzir mudanças de comportamento (em investimento, modos de produção e de consumo) necessários na luta contra as mudanças climáticas, "de maneira favorável ao crescimento econômico e ao desenvolvimento".
O acordo sobre o clima de Paris, aprovado em dezembro de 2015 por cerca de 200 países, prevê limitar o aumento da temperatura da Terra em comparação com a era pré-industrial "bem abaixo dos 2 graus Celsius" e "continuar os esforços para limitar o aumento da temperatura a 1,5°C".
O relatório aponta que existem várias maneiras de taxar o carbono: um preço explícito através de um imposto sobre o carbono ou um mercado de quotas (ou seja, direitos de emissões de CO2 que as empresas podem comprar ou vender); preços domésticos integrados, ferramentas de financiamento ou estímulos a investimentos e práticas que impliquem emissões reduzidas.
Para a Comissão, "as trajetórias eficientes de tarifação do carbono começam com um preço mais elevado num primeiro momento, seguido de um compromisso credível para manter a longo prazo um nível alto o suficiente para produzir as mudanças necessárias".
O nível adequado variaria dependendo do país.
O relatório recorda que 87% das emissões globais não são tarifadas atualmente e que três quartos das partes que são tarifadas pagam um preço do carbono inferior a US$ 10 por tonelada de CO2.
No entanto, a Comissão salienta que esta tarifação deve ser acompanhada por "instrumentos de política climática" para atingir o objetivo do acordo de Paris.
mpa/fpo/ggy/jvb/pc/mr
STERN GROEP
"Uma tarifa bem concebida do carbono é um elemento indispensável em uma estratégia eficaz para reduzir as emissões" de gases do efeito estufa, ressalta o documento elaborado por um Comitê Econômico presidido pelos economistas Joseph Stiglitz e Nicholas Stern.
A comissão, criada no âmbito da Coalizão para a Tarifação do Carbono (CPLP), com o apoio da França e do Banco Mundial, tinha o objetivo de examinar os níveis de preços suscetíveis de induzir mudanças de comportamento (em investimento, modos de produção e de consumo) necessários na luta contra as mudanças climáticas, "de maneira favorável ao crescimento econômico e ao desenvolvimento".
O acordo sobre o clima de Paris, aprovado em dezembro de 2015 por cerca de 200 países, prevê limitar o aumento da temperatura da Terra em comparação com a era pré-industrial "bem abaixo dos 2 graus Celsius" e "continuar os esforços para limitar o aumento da temperatura a 1,5°C".
O relatório aponta que existem várias maneiras de taxar o carbono: um preço explícito através de um imposto sobre o carbono ou um mercado de quotas (ou seja, direitos de emissões de CO2 que as empresas podem comprar ou vender); preços domésticos integrados, ferramentas de financiamento ou estímulos a investimentos e práticas que impliquem emissões reduzidas.
Para a Comissão, "as trajetórias eficientes de tarifação do carbono começam com um preço mais elevado num primeiro momento, seguido de um compromisso credível para manter a longo prazo um nível alto o suficiente para produzir as mudanças necessárias".
O nível adequado variaria dependendo do país.
O relatório recorda que 87% das emissões globais não são tarifadas atualmente e que três quartos das partes que são tarifadas pagam um preço do carbono inferior a US$ 10 por tonelada de CO2.
No entanto, a Comissão salienta que esta tarifação deve ser acompanhada por "instrumentos de política climática" para atingir o objetivo do acordo de Paris.
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