EUA: Inflação estagnada em junho põe em xeque medidas do Fed
Washington, 14 Jul 2017 (AFP) - O baixo preço da energia manteve a inflação americana estagnada em junho, de acordo com dados divulgados pelo Federal Reserve (Fed) nesta sexta-feira (14), trazendo à tona questionamentos sobre a política de aumento da taxa de juros pelo banco central americano.
O preço da gasolina em queda também segurou as vendas no varejo, que recuaram pelo segundo mês seguido em junho. A produção industrial subiu pouco no segundo trimestre, de acordo com dois relatórios distintos divulgados nesta sexta-feira.
A fraca inflação somada aos salários estagnados tem deixado economistas confusos, já que os dois índices surgem num contexto de desemprego muito baixo. O Fed insiste que espera que a inflação volte a crescer, permitindo que eles subam a taxa de juros de referência gradualmente.
O banco central já elevou a taxa de juros duas vezes neste ano, e deve repetir a ação pelo menos mais uma vez, dificilmente antes de dezembro.
Contudo, "os dados atuais dão poucas garantias ao Fed" sobre o panorama de crescimento, disse a economista Diane Swonk. "A possibilidade de uma terceira alta da taxa de juros num curto intervalo continua a diminuir".
O Índice de Preços ao Consumidor, que mede os custos de bens domésticos e serviços, não mudou no mês passado, depois de cair 0,1% em maio, de acordo com o Departamento do Trabalho.
O IPC acumulado de 12 meses, uma medida menos volátil, recuou 0,3% em relação a maio, a 1,6%. Isso significa que os preços baixaram mais de um ponto percentual inteiro desde fevereiro, bem longe da meta de 2% do Fed.
Contudo, o IPC sem alimentação e energia, categorias muito instáveis, subiu 0,1% em junho, a terceira alta seguida. O núcleo de inflação anual era de 1,7%, o mesmo que em maio, mas 0,6% menor que janeiro.
O ritmo da inflação até aqui em 2017 é menos da metade do registrado nesse mesmo momento do ano passado.
Janet Yellen, presidente do Fed, atribui a inflação fraca a fatores "transitórios", mas confirmou que o banco central está acompanhando os dados de perto.
Chris Low, do FTN financial, disse que a fraca inflação "transitória" já está demorando demais para ir embora.
Já Joel Naroff, da Naroff Economic Advisors, afirmou aos clientes que o cenário econômico não é o que o Fed esperava. "Com a baixa inflação, consumo franco e crescimento industrial medíocre, é difícil dizer que os instintos da economia estão a pleno vapor", escreveu.
O preço da gasolina em queda também segurou as vendas no varejo, que recuaram pelo segundo mês seguido em junho. A produção industrial subiu pouco no segundo trimestre, de acordo com dois relatórios distintos divulgados nesta sexta-feira.
A fraca inflação somada aos salários estagnados tem deixado economistas confusos, já que os dois índices surgem num contexto de desemprego muito baixo. O Fed insiste que espera que a inflação volte a crescer, permitindo que eles subam a taxa de juros de referência gradualmente.
O banco central já elevou a taxa de juros duas vezes neste ano, e deve repetir a ação pelo menos mais uma vez, dificilmente antes de dezembro.
Contudo, "os dados atuais dão poucas garantias ao Fed" sobre o panorama de crescimento, disse a economista Diane Swonk. "A possibilidade de uma terceira alta da taxa de juros num curto intervalo continua a diminuir".
O Índice de Preços ao Consumidor, que mede os custos de bens domésticos e serviços, não mudou no mês passado, depois de cair 0,1% em maio, de acordo com o Departamento do Trabalho.
O IPC acumulado de 12 meses, uma medida menos volátil, recuou 0,3% em relação a maio, a 1,6%. Isso significa que os preços baixaram mais de um ponto percentual inteiro desde fevereiro, bem longe da meta de 2% do Fed.
Contudo, o IPC sem alimentação e energia, categorias muito instáveis, subiu 0,1% em junho, a terceira alta seguida. O núcleo de inflação anual era de 1,7%, o mesmo que em maio, mas 0,6% menor que janeiro.
O ritmo da inflação até aqui em 2017 é menos da metade do registrado nesse mesmo momento do ano passado.
Janet Yellen, presidente do Fed, atribui a inflação fraca a fatores "transitórios", mas confirmou que o banco central está acompanhando os dados de perto.
Chris Low, do FTN financial, disse que a fraca inflação "transitória" já está demorando demais para ir embora.
Já Joel Naroff, da Naroff Economic Advisors, afirmou aos clientes que o cenário econômico não é o que o Fed esperava. "Com a baixa inflação, consumo franco e crescimento industrial medíocre, é difícil dizer que os instintos da economia estão a pleno vapor", escreveu.
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