Brasil corta gastos e sobe impostos para reduzir déficit fiscal
Brasília, 21 Jul 2017 (AFP) - O governo brasileiro anunciou um corte de gastos e uma alta dos impostos sobre os combustíveis para reduzir o enorme déficit fiscal, irritando o setor industrial, já que a economia está começando a dar sinais positivos após dois anos de recessão.
A medida tributária expôs as dificuldades que o país atravessa na luta para cumprir uma meta fiscal que prevê um déficit do setor público de 143,1 bilhões de reais, 2,1% do PIB para o ano corrente.
"Essa medida de aumento de tributos foi tomada pela estrita necessidade, nós estamos comprometidos com o cumprimento de uma meta fiscal para 2017 e, conforme já havíamos mencionado em oportunidades anteriores, nós só tomaríamos uma medida de alteração de tributos em último caso", disse nesta sexta-feira o ministro de Planejamento, Orçamento e Gestão, Dyogo Oliveira, numa coletiva de imprensa
"Lamentavelmente, a perda de arrecadações importantes em diversas áreas que eram previstas obrigou ao governo a tomar essa medida", afirmou.
Com a iniciativa, o governo espera obter 10,421 bilhões de reais adicionais e compensar a queda de 5,8 bilhões prevista na arrecadação, entre outros motivos, por uma entrada de recursos menor no programa de regularização de ativos não declarados no exterior.
O setor industrial, que, ao lado do mercado financeiro, é a principal sustentação do governo Temer, atacou a decisão sem meias palavras.
A Federação de Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) publicou uma nota nos principais veículos nacionais intitulada "O que é isso, ministro? mais imposto?".
"Aumentar imposto não vai resolver a crise; pelo contrário, irá agravá-la bem no momento em que a atividade econômica já dá sinais de retomada (...) O aumento recai sobre a sociedade, que já está sufocada, com 14 milhões de desempregados, falta de crédito e sem condições gerais de consumo", diz o texto.
- 'População vai entender' -Temer tem o escasso apoio de 7% da população e está encurralado na investigação de corrupção que pode custar seu cargo.
Pouco antes de chegar a Mendoza, na Argentina, onde participa de uma reunião de cúpula do Mercosul, o presidente se mostrou confiante na repercussão da medida.
"A população vai compreender porque este é um governo que não mente, não dá dados falsos. É um governo verdadeiro, então, quando você tem que manter o critério da responsabilidade fiscal, a manutenção da meta", afirmou na noite de quinta.
A alta dos impostos acontece pouco depois de Temer ser acusado de distribuir fundos para deputados recusarem a denúncia de corrupção contra ele.
Ainda que o PIB tenha crescido 1% entre janeiro e março em relação ao trimestre anterior - o primeiro resultado positivo em dois anos - as reviravoltas constantes na vida política do país suspenderam a saída definitiva da recessão.
"A elevação dos tributos drena recursos do setor privado para o setor público. Provoca o aumento dos custos das empresas e reduz o poder de compra das famílias, o que prejudica o crescimento da economia", afirma o presidente da Confederação Nacional da Industria (CNI) em nota à imprensa.
A medida tributária expôs as dificuldades que o país atravessa na luta para cumprir uma meta fiscal que prevê um déficit do setor público de 143,1 bilhões de reais, 2,1% do PIB para o ano corrente.
"Essa medida de aumento de tributos foi tomada pela estrita necessidade, nós estamos comprometidos com o cumprimento de uma meta fiscal para 2017 e, conforme já havíamos mencionado em oportunidades anteriores, nós só tomaríamos uma medida de alteração de tributos em último caso", disse nesta sexta-feira o ministro de Planejamento, Orçamento e Gestão, Dyogo Oliveira, numa coletiva de imprensa
"Lamentavelmente, a perda de arrecadações importantes em diversas áreas que eram previstas obrigou ao governo a tomar essa medida", afirmou.
Com a iniciativa, o governo espera obter 10,421 bilhões de reais adicionais e compensar a queda de 5,8 bilhões prevista na arrecadação, entre outros motivos, por uma entrada de recursos menor no programa de regularização de ativos não declarados no exterior.
O setor industrial, que, ao lado do mercado financeiro, é a principal sustentação do governo Temer, atacou a decisão sem meias palavras.
A Federação de Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) publicou uma nota nos principais veículos nacionais intitulada "O que é isso, ministro? mais imposto?".
"Aumentar imposto não vai resolver a crise; pelo contrário, irá agravá-la bem no momento em que a atividade econômica já dá sinais de retomada (...) O aumento recai sobre a sociedade, que já está sufocada, com 14 milhões de desempregados, falta de crédito e sem condições gerais de consumo", diz o texto.
- 'População vai entender' -Temer tem o escasso apoio de 7% da população e está encurralado na investigação de corrupção que pode custar seu cargo.
Pouco antes de chegar a Mendoza, na Argentina, onde participa de uma reunião de cúpula do Mercosul, o presidente se mostrou confiante na repercussão da medida.
"A população vai compreender porque este é um governo que não mente, não dá dados falsos. É um governo verdadeiro, então, quando você tem que manter o critério da responsabilidade fiscal, a manutenção da meta", afirmou na noite de quinta.
A alta dos impostos acontece pouco depois de Temer ser acusado de distribuir fundos para deputados recusarem a denúncia de corrupção contra ele.
Ainda que o PIB tenha crescido 1% entre janeiro e março em relação ao trimestre anterior - o primeiro resultado positivo em dois anos - as reviravoltas constantes na vida política do país suspenderam a saída definitiva da recessão.
"A elevação dos tributos drena recursos do setor privado para o setor público. Provoca o aumento dos custos das empresas e reduz o poder de compra das famílias, o que prejudica o crescimento da economia", afirma o presidente da Confederação Nacional da Industria (CNI) em nota à imprensa.
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