FMI: recuperação lenta da América Latina; recessão do Brasil perto do fim
Washington, 25 Jul 2017 (AFP) - O Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou nesta terça-feira para um possível colapso da economia da Venezuela neste ano, com retração de 12%, e destacou que Brasil e Argentina estão saindo da recessão, auxiliando no desempenho da América Latina em geral.
De acordo com o economista-chefe do FMI para o ocidente, Alejandro Werner, a economia da região "voltou a andar, porém em velocidade baixa", ensaiando deixar para trás "o crescimento decepcionante" dos últimos anos.
A situação da Venezuela é a que mais preocupa o FMI, que corrigiu para baixo a já drástica retração econômica. A prolongada crise política deixou o país à beira da insolvência e com uma inflação que pode chegar a 720% neste ano, segundo o órgão.
O PIB venezuelano, que em 2016 caiu 18%, vai se contrair 12% neste ano. É um reajuste de nada menos que -4,6%. Para 2018, o FMI estima uma queda de 4,1%.
Na América Latina, a projeção de crescimento recuou de 1,1% para 1%. Contudo, o FMI elevou em 0,2%, de 2,2% a 2,4%, sua expectativa para a Argentina. O órgão já tinha elevado de 0,2% a 0,3% o avanço esperado para o Brasil.
"A atividade econômica da América Latina aponta para uma recuperação gradual em 2017 e 2018, já que as recessões de alguns países - em especial Argentina e Brasil - estão chegando ao fim", indicou Werner.
Contudo, ele alertou para o contexto de baixa confiança, com demanda interna "fraca" na maioria dos países da região. Por isso, "a recuperação não pode acontecer a não ser de forma gradual".
- Dissipando as incertezas -Essa recuperação deve se apoiar na "dissipação das incertezas, tanto do ambiente político como nas políticas públicas de algumas das principais economias", indicou.
Nesse contexto, Werner advertiu que o crescimento da região é, em média, "medíocre".
De acordo com o FMI, a recuperação argentina "está se consolidando" apoiada no "estímulo que o consumo privado recebe do aumento gradual dos salários reais". Além disso, uma leve melhora da atividade econômica no Brasil poderia impulsionar o crescimento das exportações.
Contudo, o Fundo Monetário Internacional alertou que "será necessário redobrar os esforços para avançar em reformas de grande alcance".
Em relação ao Brasil, Werner destacou que o país deixou para trás oito trimestres consecutivos de contração, para entrar em terreno positivo no primeiro trimestre deste ano, fundamentalmente graças a uma colheita abundante e ao aumento do preço do minério de ferro.
Para Werner, entretanto, a trajetória do país é condicional, "devido à contínua debilidade da demanda interna e a uma grande incerteza sobre a situação política e a política econômica".
No caso da Colômbia, o FMI projetou para este ano crescimento de 2%, com revisão para baixo de 0,2% em relação à previsão de abril.
Para o Chile, o órgão espera um crescimento de 1,6%, e de 2,7% para o Peru, com uma relevante revisão para baixo em relação a abril, quando tinha anunciado expectativa de 3,3%.
De acordo com o economista-chefe do FMI para o ocidente, Alejandro Werner, a economia da região "voltou a andar, porém em velocidade baixa", ensaiando deixar para trás "o crescimento decepcionante" dos últimos anos.
A situação da Venezuela é a que mais preocupa o FMI, que corrigiu para baixo a já drástica retração econômica. A prolongada crise política deixou o país à beira da insolvência e com uma inflação que pode chegar a 720% neste ano, segundo o órgão.
O PIB venezuelano, que em 2016 caiu 18%, vai se contrair 12% neste ano. É um reajuste de nada menos que -4,6%. Para 2018, o FMI estima uma queda de 4,1%.
Na América Latina, a projeção de crescimento recuou de 1,1% para 1%. Contudo, o FMI elevou em 0,2%, de 2,2% a 2,4%, sua expectativa para a Argentina. O órgão já tinha elevado de 0,2% a 0,3% o avanço esperado para o Brasil.
"A atividade econômica da América Latina aponta para uma recuperação gradual em 2017 e 2018, já que as recessões de alguns países - em especial Argentina e Brasil - estão chegando ao fim", indicou Werner.
Contudo, ele alertou para o contexto de baixa confiança, com demanda interna "fraca" na maioria dos países da região. Por isso, "a recuperação não pode acontecer a não ser de forma gradual".
- Dissipando as incertezas -Essa recuperação deve se apoiar na "dissipação das incertezas, tanto do ambiente político como nas políticas públicas de algumas das principais economias", indicou.
Nesse contexto, Werner advertiu que o crescimento da região é, em média, "medíocre".
De acordo com o FMI, a recuperação argentina "está se consolidando" apoiada no "estímulo que o consumo privado recebe do aumento gradual dos salários reais". Além disso, uma leve melhora da atividade econômica no Brasil poderia impulsionar o crescimento das exportações.
Contudo, o Fundo Monetário Internacional alertou que "será necessário redobrar os esforços para avançar em reformas de grande alcance".
Em relação ao Brasil, Werner destacou que o país deixou para trás oito trimestres consecutivos de contração, para entrar em terreno positivo no primeiro trimestre deste ano, fundamentalmente graças a uma colheita abundante e ao aumento do preço do minério de ferro.
Para Werner, entretanto, a trajetória do país é condicional, "devido à contínua debilidade da demanda interna e a uma grande incerteza sobre a situação política e a política econômica".
No caso da Colômbia, o FMI projetou para este ano crescimento de 2%, com revisão para baixo de 0,2% em relação à previsão de abril.
Para o Chile, o órgão espera um crescimento de 1,6%, e de 2,7% para o Peru, com uma relevante revisão para baixo em relação a abril, quando tinha anunciado expectativa de 3,3%.
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