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Cuba apoia a Venezuela frente a Trump

26/08/2017 12h38

Havana, 26 Ago 2017 (AFP) - Cuba condenou energicamente as sanções impostas a Venezuela pelo presidente americano Donald Trump e pediu que a América Latina defenda os princípios da Zona de Paz acordados em 2014.

"Cuba condena vigorosamente a Ordem Executiva firmada hoje (sexta-feira, 25) pelo presidente dos Estados Unidos Donald Trump, impondo novas e mais fortes sanções econômicas e financeiras" contra a Venezuela, declarou o vice-chanceler Abelardo Moreno, em declaração publicada neste sábado no jornal Juventud Rebelde.

Havana reprova "as ações injustas, unilaterais, arbitrárias, ilegais e violadoras do Direito Internacional que continuam sendo aplicadas contra o governo constitucional liderado pelo presidente Nicolás Maduro Moro e que agora se intensificam com essas novas medidas", disse o funcionário.

Nesta sexta-feira, Trump emitiu uma ordem executiva que "proíbe negociar uma nova dívida emitida pelo governo da Venezuela e sua empresa petroleira estatal", PDVSA, a primeira que afeta o país em sua totalidade.

"Também proíbe as transações em certos bônus existentes em propriedade do setor público venezuelano, assim como os pagos de dividendos ao governo da Venezuela", informou a Casa Branca.

As novas medidas, comunicou Moreno, "se somam as declarações de que 'não estão previstas ações militares em um futuro próximo' contra essa nação irmã. Significa então que devemos esperar que venham a ocorrer mais adiante?".

A Venezuela é uma forte aliada política de Cuba, o segundo maior sócio comercial depois da China, e o principal fornecedor de petróleo, que paga com o serviço de milhares de médicos.

Moreno argumentou que "Nossa América não deve se esquecer da própria história. É importante defender com firmeza os princípios e o compromisso contidos na Proclamação da América Latina e do Caribe como Zona de Paz", de 2014.

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