Grafiteiros escalam mercado da arte contemporânea
Paris, 27 Set 2017 (AFP) - Pela primeira vez, quatro grafiteiros - Banksy, Keith Haring, Shepard Fairey e Kaws - estão entre os dez artistas contemporâneos mais vendidos do mundo, segundo o relatório anual da Artprice, divulgado nesta quarta-feira.
O documento, obtido com exclusividade pela AFP, destaca que a arte contemporânea foi a "locomotiva" do mercado mundial da arte entre julho de 2016 e junho de 2017, com um volume de negócios que aumentou 3,2% em um ano, chegando a 1,58 bilhão de dólares.
Embora Banksy e Haring já tivessem aparecido anteriormente entre os dez primeiros, é a primeira vez que quatro grafiteiros entram nessa lista, o que mostra que a "street art" (arte urbana) é um dos "setores mais dinâmicos do mercado da arte atual", segundo a Artprice.
"Enérgica e inventiva, popular e midiática", este tipo de arte "seduz um número crescente de colecionadores".
"Estes artistas se adaptaram ao comércio da arte, como o comércio da arte se adaptou a eles. Suas obras circulam tanto nas redes sociais como nas galerias e salões de vendas", disse o relatório do líder mundial de bancos de dados sobre os índices da arte.
O interesse pelos grafiteiros se estende até a nova geração: os brasileiros Osgemeos (Otavio e Gustavo Pandolfo) bateram um novo recorde com sua obra "Untitled", vendida em novembro passado em Nova York por 310.000 dólares a preço de martelo, ou seja, sem comissões.
O nova-iorquino Kaws também multiplicou seus resultados, chegando a 410.000 dólares, com a escultura "Seated Companion", leiloada em Hong Kong em maio passado.
- Arte moderna, o peso-pesado -Por outro lado, a Artprice destacou que a evolução do mercado contemporâneo (artistas nascidos depois de 1945) foi acompanhada da subida dos preços das vendas. O montante médio para uma obra contemporânea (pintura, escultura, desenho, instalação, etc) foi de 27.000 dólares, em comparação com 26.160 dólares durante o exercício anterior.
A arte moderna (artistas nascidos entre 1860 e 1920) continua sendo "o peso-pesado do mercado", mas a arte contemporânea "desempenha agora o papel de locomotiva".
Por países, os Estados Unidos concentraram 43,8% do mercado, a China 23,5%, seguida pela Grã-Bretanha (22,1%).
Por casas de leilões, a americana Sotheby's "domina o mercado da arte contemporânea internacional", com 541,6 milhões de dólares em transações, na frente da concorrente britânica Christie's (421,3 milhões) e da Phillips (191,4 milhões).
A liderança da Sotheby's se deve, em parte, aos 110,5 milhões de dólares que o colecionador japonês Yusaku Maezawa pagou em maio por uma criação de Jean-Michel Basquiat, "Untitled", desde então a obra mais cara da arte contemporânea.
fa-app/mb/db/mvv
O documento, obtido com exclusividade pela AFP, destaca que a arte contemporânea foi a "locomotiva" do mercado mundial da arte entre julho de 2016 e junho de 2017, com um volume de negócios que aumentou 3,2% em um ano, chegando a 1,58 bilhão de dólares.
Embora Banksy e Haring já tivessem aparecido anteriormente entre os dez primeiros, é a primeira vez que quatro grafiteiros entram nessa lista, o que mostra que a "street art" (arte urbana) é um dos "setores mais dinâmicos do mercado da arte atual", segundo a Artprice.
"Enérgica e inventiva, popular e midiática", este tipo de arte "seduz um número crescente de colecionadores".
"Estes artistas se adaptaram ao comércio da arte, como o comércio da arte se adaptou a eles. Suas obras circulam tanto nas redes sociais como nas galerias e salões de vendas", disse o relatório do líder mundial de bancos de dados sobre os índices da arte.
O interesse pelos grafiteiros se estende até a nova geração: os brasileiros Osgemeos (Otavio e Gustavo Pandolfo) bateram um novo recorde com sua obra "Untitled", vendida em novembro passado em Nova York por 310.000 dólares a preço de martelo, ou seja, sem comissões.
O nova-iorquino Kaws também multiplicou seus resultados, chegando a 410.000 dólares, com a escultura "Seated Companion", leiloada em Hong Kong em maio passado.
- Arte moderna, o peso-pesado -Por outro lado, a Artprice destacou que a evolução do mercado contemporâneo (artistas nascidos depois de 1945) foi acompanhada da subida dos preços das vendas. O montante médio para uma obra contemporânea (pintura, escultura, desenho, instalação, etc) foi de 27.000 dólares, em comparação com 26.160 dólares durante o exercício anterior.
A arte moderna (artistas nascidos entre 1860 e 1920) continua sendo "o peso-pesado do mercado", mas a arte contemporânea "desempenha agora o papel de locomotiva".
Por países, os Estados Unidos concentraram 43,8% do mercado, a China 23,5%, seguida pela Grã-Bretanha (22,1%).
Por casas de leilões, a americana Sotheby's "domina o mercado da arte contemporânea internacional", com 541,6 milhões de dólares em transações, na frente da concorrente britânica Christie's (421,3 milhões) e da Phillips (191,4 milhões).
A liderança da Sotheby's se deve, em parte, aos 110,5 milhões de dólares que o colecionador japonês Yusaku Maezawa pagou em maio por uma criação de Jean-Michel Basquiat, "Untitled", desde então a obra mais cara da arte contemporânea.
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