Grécia reclama milhões de euros à farmacêutica Novartis por suposta corrupção
Atenas, 12 Fev 2018 (AFP) - O governo grego reclamará milhões de euros à farmacêutica suíça Novartis, anunciou nesta segunda-feira (12) o primeiro-ministro Alexis Tsipras, que pediu ao Parlamento uma investigação sobre os supostos subornos durante anos a importantes políticos do país.
"O governo não abandonará a reclamação de fundos dos quais a Novartis privou o povo grego", disse Tsipras aos deputados.
"Usaremos todo o poder das leis nacionais e internacionais para recuperar o dinheiro roubado do povo grego até o último euro", assegurou.
Os investigadores acreditam que a Novartis tenha cobrado um preço excessivo ao Estado grego durante quase 10 anos (2006-2015) depois de subornar vários políticos, um prejuízo para os contribuintes avaliado em cerca de três bilhões de euros (3,7 bilhões de dólares).
No total, acredita-se que práticas similares no setor de Saúde grego tenham custado 23 bilhões de euros do dinheiro público entre 2000 e 2015.
A Novartis assegurou em comunicado estar "a par da informação da imprensa sobre nossas práticas empresariais" na Grécia, e disse que está cooperando com as autoridades.
Dois ex-primeiros-ministros e oito ex-ministros foram citados por testemunhas protegidas do caso por supostamente terem aprovado os contratos da Novartis a preços excessivos em troca de subornos.
Na Grécia, somente o Parlamento está habilitado a investigar ex-ministros por atos cometidos durante seu mandato. Espera-se que a Assembleia aprove a proposta de Tsipras.
Alguns dos citados no caso, entre os quais estão o ex-primeiro-ministro Antonis Samaras e o ex-ministro da Saúde Dimitris Avramopoulos - agora comissário europeu de Migração -, negaram seu envolvimento e querem que as testemunhas protegidas revelem sua identidade.
O ministro grego da Justiça, Stavros Kontonis, disse no ano passado que a Novartis subornou "milhares" de médicos e funcionários na Grécia para promover seus produtos.
Também acusou a farmacêutica de continuar vendendo remédios a um "preço excessivo", inclusive depois que o país entrou em 2010 em uma profunda crise econômica.
Em 2014, a Novartis foi investigada pelas autoridades dos Estados Unidos por pagar subornos para aumentar sua venda de medicamentos e foi multada em 390 milhões de dólares pelo Departamento de Justiça americano.
Em março de 2017, a farmacêutica também pagou 25 milhões de dólares em um caso que envolvia sua filial na China.
"O governo não abandonará a reclamação de fundos dos quais a Novartis privou o povo grego", disse Tsipras aos deputados.
"Usaremos todo o poder das leis nacionais e internacionais para recuperar o dinheiro roubado do povo grego até o último euro", assegurou.
Os investigadores acreditam que a Novartis tenha cobrado um preço excessivo ao Estado grego durante quase 10 anos (2006-2015) depois de subornar vários políticos, um prejuízo para os contribuintes avaliado em cerca de três bilhões de euros (3,7 bilhões de dólares).
No total, acredita-se que práticas similares no setor de Saúde grego tenham custado 23 bilhões de euros do dinheiro público entre 2000 e 2015.
A Novartis assegurou em comunicado estar "a par da informação da imprensa sobre nossas práticas empresariais" na Grécia, e disse que está cooperando com as autoridades.
Dois ex-primeiros-ministros e oito ex-ministros foram citados por testemunhas protegidas do caso por supostamente terem aprovado os contratos da Novartis a preços excessivos em troca de subornos.
Na Grécia, somente o Parlamento está habilitado a investigar ex-ministros por atos cometidos durante seu mandato. Espera-se que a Assembleia aprove a proposta de Tsipras.
Alguns dos citados no caso, entre os quais estão o ex-primeiro-ministro Antonis Samaras e o ex-ministro da Saúde Dimitris Avramopoulos - agora comissário europeu de Migração -, negaram seu envolvimento e querem que as testemunhas protegidas revelem sua identidade.
O ministro grego da Justiça, Stavros Kontonis, disse no ano passado que a Novartis subornou "milhares" de médicos e funcionários na Grécia para promover seus produtos.
Também acusou a farmacêutica de continuar vendendo remédios a um "preço excessivo", inclusive depois que o país entrou em 2010 em uma profunda crise econômica.
Em 2014, a Novartis foi investigada pelas autoridades dos Estados Unidos por pagar subornos para aumentar sua venda de medicamentos e foi multada em 390 milhões de dólares pelo Departamento de Justiça americano.
Em março de 2017, a farmacêutica também pagou 25 milhões de dólares em um caso que envolvia sua filial na China.
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