Macron tenta fazer delicada reforma do setor ferroviário francês
Paris, 26 Fev 2018 (AFP) - O governo francês de Emmanuel Macron revelou nesta segunda-feira seu plano de reforma da empresa estatal ferroviária, abalada há décadas por uma dívida milionária, que aponta para uma disputa dura com os sindicatos.
A reforma da SNCF, a empresa pública que gere as ferrovias francesas, é uma das tarefas mais delicadas e complexas na agenda do jovem líder liberal. Vários presidentes já tentaram executá-la, mas nenhum conseguiu.
"A situação é alarmante, para não dizer insustentável", afirmou o primeiro-ministro, Edouard Philippe, referindo-se à dívida da SNCF, que se aproxima dos 50 bilhões de euros.
"Os franceses, quer peguem, ou não, o trem, pagam cada vez mais caro por um serviço que funciona cada vez pior. Chegou o momento de se atrever a lançar uma reforma que os franceses sabem que é necessária", acrescentou Philippe, na apresentação da estratégia do Executivo.
Uma das medidas mais emblemáticas previstas por esta reforma é o fim do atual estatuto trabalhista dos funcionários ferroviários, considerado por alguns como um privilégio, mas por outros como um avanço social.
O estatuto, que abrange 90% dos funcionários da SNCF, garante um emprego vitalício e um regime preferencial de aposentadoria.
O primeiro-ministro anunciou que o estatuto, criado em 1920, não será aplicado a novos funcionários. O pessoal da SNCF "terá as mesmas condições de trabalho que os demais franceses", explicou.
Ele descartou, contudo, uma privatização da empresa - uma medida temida pelos sindicatos. A SNCF "faz parte do patrimônio dos franceses e continuará sendo", afirmou o primeiro-ministro.
O principal sindicato da SNCF, a CGT, convocou manifestações para o próximo 22 de março, no mesmo dia em que funcionários públicos irão às ruas na França para se manifestar contra a agenda de reformas de Macron.
bur-meb/age/ll
A reforma da SNCF, a empresa pública que gere as ferrovias francesas, é uma das tarefas mais delicadas e complexas na agenda do jovem líder liberal. Vários presidentes já tentaram executá-la, mas nenhum conseguiu.
"A situação é alarmante, para não dizer insustentável", afirmou o primeiro-ministro, Edouard Philippe, referindo-se à dívida da SNCF, que se aproxima dos 50 bilhões de euros.
"Os franceses, quer peguem, ou não, o trem, pagam cada vez mais caro por um serviço que funciona cada vez pior. Chegou o momento de se atrever a lançar uma reforma que os franceses sabem que é necessária", acrescentou Philippe, na apresentação da estratégia do Executivo.
Uma das medidas mais emblemáticas previstas por esta reforma é o fim do atual estatuto trabalhista dos funcionários ferroviários, considerado por alguns como um privilégio, mas por outros como um avanço social.
O estatuto, que abrange 90% dos funcionários da SNCF, garante um emprego vitalício e um regime preferencial de aposentadoria.
O primeiro-ministro anunciou que o estatuto, criado em 1920, não será aplicado a novos funcionários. O pessoal da SNCF "terá as mesmas condições de trabalho que os demais franceses", explicou.
Ele descartou, contudo, uma privatização da empresa - uma medida temida pelos sindicatos. A SNCF "faz parte do patrimônio dos franceses e continuará sendo", afirmou o primeiro-ministro.
O principal sindicato da SNCF, a CGT, convocou manifestações para o próximo 22 de março, no mesmo dia em que funcionários públicos irão às ruas na França para se manifestar contra a agenda de reformas de Macron.
bur-meb/age/ll
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.