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China nega ter fixado meta de reduzir excedente comercial com EUA

24/05/2018 06h11

Pequim, 24 Mai 2018 (AFP) - A China afirmou nesta quinta-feira que não estabeleceu como objetivo reduzir seu excedente comercial com os Estados Unidos, mas que buscará incrementar as importações depois que os dois países afastaram a ameaça de uma guerra comercial.

De acordo com a imprensa, funcionários do governo de Pequim teriam apresentado a proposta de reduzir o enorme excedente do país em 200 bilhões de dólares durante as negociações da semana passada - uma das exigências fundamentais de Washington -, com o aumento das importações procedentes dos Estados Unidos.

Depois que a informação foi divulgada, o presidente americano, Donald Trump, anunciou no Twitter que a China comprará "grandes quantidades" de produtos agrícolas americanos adicionais.

Mas o porta-voz do ministério do Comércio da China, Gao Feng, negou o estabelecimento de uma quantia durante as negociações em Washington. Após as conversações, os dois países concordaram em não impor novas tarifas de importação.

"A China não se comprometeu com uma quantidade específica de redução do excedente comercial com os Estados Unidos", afirmou Gao durante uma entrevista coletiva.

"A China estimulará ativamente as empresas para que aumentem as importações de bens e serviços americanos, de acordo com os princípios do mercado e suas próprias necessidades econômicas e de consumo", disse Gao.

"As duas partes estão dispostas a reforçar a cooperação em áreas que incluem produtos agrícolas, energia, tratamento médico, indústria de alta tecnologia e finanças", completou.

Os dois países demonstraram sinais de distensão desde o fim de semana. A China anunciou na terça-feira que reduzirá as tarifas de importação de automóveis a partir de 1 de julho.

Mas novas preocupações surgiram depois que Trump afirmou que "não está satisfeito" com o acordo de domingo.