Haiti proíbe permanentemente Oxfam britânica de operar no país
Porto Príncipe, 13 Jun 2018 (AFP) - O braço britânico da organização beneficente internacional Oxfam não poderá mais voltar a operar no Haiti após o escândalo provocado por má conduta sexual de alguns de seus funcionários no país caribenho, informou nesta quarta-feira (13) o governo haitiano.
Em um comunicado, a administração disse que sua decisão - que se segue a uma suspensão temporária em fevereiro - de proibir permanentemente a operação da Oxfam Great Britain no país foi tomada devido à "violação da legislação haitiana e à grave violação do princípio" da dignidade humana por parte da organização.
"A ONG é, portanto, declarada persona non grata", disse nesta quarta-feira o ministro de Planejamento e Cooperação Internacional, Aviol Fleurant, durante coletiva de imprensa.
Fleurant destacou que um projeto de lei está em preparação para dar maior controle sobre as várias organizações não governamentais estrangeiras que operam no Haiti e uma melhor coordenação com as mesmas.
A Oxfam, que havia estado presente no Haiti desde 1978, aumentou enormemente sua presença após o catastrófico terremoto de 2010, assim como outras organizações de ajuda.
Mas um relatório de 2011 da Oxfam, publicado este ano, destacou que o então diretor do grupo, Roland van Hauwermeiren, havia admitido ter pago por sexo e que três funcionários tinham ameaçado fisicamente uma testemunha.
Quatro empregados da Oxfam foram demitidos e outros três, inclusive van Hauwermeiren, renunciaram.
O presidente executivo da Oxfam Grã-Bretanha, Mark Goldring, anunciou sua renúncia no mês passado e disse que mais alguém deverá ajudar a "reconstruir" o grupo após o escândalo no Haiti.
A Oxfam Great Britain, parte da Oxfam International, perdeu fundos e apoio depois destas revelações virem à tona.
O escândalo provocou outras reclamações sobre trabalhadores humanitários em Chade, Bangladesh, Nepal e Filipinas, o que levou a organização a lançar um plano de ação contra o assédio e o abuso sexual.
amb-bbk/jm/gv/tm/rsr/mvv
Em um comunicado, a administração disse que sua decisão - que se segue a uma suspensão temporária em fevereiro - de proibir permanentemente a operação da Oxfam Great Britain no país foi tomada devido à "violação da legislação haitiana e à grave violação do princípio" da dignidade humana por parte da organização.
"A ONG é, portanto, declarada persona non grata", disse nesta quarta-feira o ministro de Planejamento e Cooperação Internacional, Aviol Fleurant, durante coletiva de imprensa.
Fleurant destacou que um projeto de lei está em preparação para dar maior controle sobre as várias organizações não governamentais estrangeiras que operam no Haiti e uma melhor coordenação com as mesmas.
A Oxfam, que havia estado presente no Haiti desde 1978, aumentou enormemente sua presença após o catastrófico terremoto de 2010, assim como outras organizações de ajuda.
Mas um relatório de 2011 da Oxfam, publicado este ano, destacou que o então diretor do grupo, Roland van Hauwermeiren, havia admitido ter pago por sexo e que três funcionários tinham ameaçado fisicamente uma testemunha.
Quatro empregados da Oxfam foram demitidos e outros três, inclusive van Hauwermeiren, renunciaram.
O presidente executivo da Oxfam Grã-Bretanha, Mark Goldring, anunciou sua renúncia no mês passado e disse que mais alguém deverá ajudar a "reconstruir" o grupo após o escândalo no Haiti.
A Oxfam Great Britain, parte da Oxfam International, perdeu fundos e apoio depois destas revelações virem à tona.
O escândalo provocou outras reclamações sobre trabalhadores humanitários em Chade, Bangladesh, Nepal e Filipinas, o que levou a organização a lançar um plano de ação contra o assédio e o abuso sexual.
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