BCE suspenderá seu programa de compra de dívida até o fim do ano
Riga, 14 Jun 2018 (AFP) - O Banco Central Europeu (BCE) suspenderá até o final deste ano seu programa de compra de dívida que, durante três anos, serviu para apoiar a economia da zona euro - informou a instituição nesta quinta-feira (14).
Além disso, as compras de dívida, até agora de 30 bilhões de euros mensais, serão reduzidas para 15 bilhões a partir de outubro e ficarão suspensas quando terminar o ano.
O BCE também anunciou que manterá sua principal taxa de juros no mínimo histórico de 0%, enquanto a taxa de depósitos continuará com juros negativos de 0,40%.
O fim progressivo do programa maciço de compras da dívida pública e privada, conhecido como QE, ou "Quantitative Easing", é muito esperado por analistas, embora a instituição se reserve a possibilidade de alterar sua decisão, "caso se confirmem as perspectivas de inflação".
Anunciado em 2015 com o objetivo de lutar contra a deflação, o QE começou com compras de grandes quantidades de títulos emitidos pelos Estados, seguidas a partir de 2016 por compras de dívidas das empresas.
Nos últimos meses, coincidindo com a melhoria da economia da zona do euro, o QE já foi reduzido paulatinamente e passou dos 80 bilhões de euros de compras mensais de 2016 aos 30 bilhões de euros desde janeiro.
O programa do BCE permitiu até então injetar 2,4 bilhões de euros na economia para facilitar o crédito às empresas e aos cidadãos e, assim, estimular o crescimento e a inflação.
O BCE também indicou que, inclusive depois de dar fim ao seu programa de compra da dívida, continuará apoiando a economia, especialmente renovando as datas de vencimento de seus antigos títulos.
A instituição tampouco aumentará as taxas de juros até "muito depois" do fim do QE, ou seja, pelo menos meados de 2019.
Peter Praet, o principal economista do BCE, já tinha alimentado as expectativas da suspensão do programa na quarta-feira passada, quando disse estar otimista quanto ao crescimento e à inflação.
Ele também afirmou que o emissor deveria avaliar "se os progressos realizados até agora terão sido suficientes" para começar a defender um abandono "progressivo" do QE.
O BCE rebaixou de 2,4% para 2,1% sua previsão de crescimento da zona do euro para 2018, enquanto previu uma inflação de 1,7% para este ano e para 2019 - frente à estimativa anterior de 1,4%.
As previsões da instituição monetária, que se reuniu nesta quinta-feira em Riga, na Letônia, refletem a desaceleração da economia no primeiro trimestre, assim como as "incertezas crescentes" pelas tensões comerciais entre os Estados Unidos e seus parceiros.
Para 2019, o BCE mantém sua previsão de crescimento em 1,9% do PIB e estima em 1,7% para 2020.
Quanto à inflação, a instituição prevê agora um aumento de 1,7% para este ano e, para o próximo, perto de sua meta de 2% a médio prazo.
jpl-cfe/ys/esp/pc/mb/cn/ll/tt
Além disso, as compras de dívida, até agora de 30 bilhões de euros mensais, serão reduzidas para 15 bilhões a partir de outubro e ficarão suspensas quando terminar o ano.
O BCE também anunciou que manterá sua principal taxa de juros no mínimo histórico de 0%, enquanto a taxa de depósitos continuará com juros negativos de 0,40%.
O fim progressivo do programa maciço de compras da dívida pública e privada, conhecido como QE, ou "Quantitative Easing", é muito esperado por analistas, embora a instituição se reserve a possibilidade de alterar sua decisão, "caso se confirmem as perspectivas de inflação".
Anunciado em 2015 com o objetivo de lutar contra a deflação, o QE começou com compras de grandes quantidades de títulos emitidos pelos Estados, seguidas a partir de 2016 por compras de dívidas das empresas.
Nos últimos meses, coincidindo com a melhoria da economia da zona do euro, o QE já foi reduzido paulatinamente e passou dos 80 bilhões de euros de compras mensais de 2016 aos 30 bilhões de euros desde janeiro.
O programa do BCE permitiu até então injetar 2,4 bilhões de euros na economia para facilitar o crédito às empresas e aos cidadãos e, assim, estimular o crescimento e a inflação.
O BCE também indicou que, inclusive depois de dar fim ao seu programa de compra da dívida, continuará apoiando a economia, especialmente renovando as datas de vencimento de seus antigos títulos.
A instituição tampouco aumentará as taxas de juros até "muito depois" do fim do QE, ou seja, pelo menos meados de 2019.
Peter Praet, o principal economista do BCE, já tinha alimentado as expectativas da suspensão do programa na quarta-feira passada, quando disse estar otimista quanto ao crescimento e à inflação.
Ele também afirmou que o emissor deveria avaliar "se os progressos realizados até agora terão sido suficientes" para começar a defender um abandono "progressivo" do QE.
O BCE rebaixou de 2,4% para 2,1% sua previsão de crescimento da zona do euro para 2018, enquanto previu uma inflação de 1,7% para este ano e para 2019 - frente à estimativa anterior de 1,4%.
As previsões da instituição monetária, que se reuniu nesta quinta-feira em Riga, na Letônia, refletem a desaceleração da economia no primeiro trimestre, assim como as "incertezas crescentes" pelas tensões comerciais entre os Estados Unidos e seus parceiros.
Para 2019, o BCE mantém sua previsão de crescimento em 1,9% do PIB e estima em 1,7% para 2020.
Quanto à inflação, a instituição prevê agora um aumento de 1,7% para este ano e, para o próximo, perto de sua meta de 2% a médio prazo.
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