Trump acusa UE e China de manipular moedas e mantém críticas ao Fed
Washington, 20 Jul 2018 (AFP) - O presidente Donald Trump lançou nesta sexta-feira (20) um novo ataque contra China e União Europeia, acusadas de manipular suas moedas, e voltou a criticar o Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano).
Seus comentários no Twitter nesta manhã foram seguidos de uma entrevista à emissora CNBC na qual ele expressou seu desejo de impor tarifas sobre todas as importações chinesas.
No Twitter, Trump disse que "a China, a União Europeia e outros vêm manipulando suas moedas e taxas de juros".
Por outro lado, disse ele, o dólar está se tornando mais forte e prejudica a "vantagem competitiva" da maior economia do mundo.
Este ano o yuan caiu aproximadamente 10% em relação ao dólar, numa tendência que favorece as exportações do gigante asiático.
Trump incluiu o Fed entre seus criticados, por sua política de aperto monetário que fortalece o dólar.
Para conter o avanço da inflação na maior economia do mundo, o Fed elevou as taxas de juros sete vezes desde 2015 e considera pelo menos mais dois aumentos este ano.
Essa prática aumenta o custo do dinheiro e pode ter impacto no crescimento, mas, ao mesmo tempo, impede o superaquecimento da economia.
No entanto, com o desemprego em seu mínimo histórico e a inflação em leve alta, o presidente do Fed argumentou que a economia é forte o suficiente para operar com taxas de juros mais altas.
- Fed na mira - Para Trump, por outro lado, o aperto monetário "prejudica tudo o que estamos fazendo, os Estados Unidos devem ser capazes de recuperar o que perderam por causa da manipulação ilegal de moedas".
"Os vencimentos da dívida estão se aproximando e estamos elevando as taxas, é sério?", disse Trump, em uma referência óbvia ao Fed.
Na quinta-feira, a CNBC divulgou uma prévia da entrevista em que o presidente questionou a política do Fed e quebrou a tradição do ramo executivo de se abster de comentar sobre a entidade para não prejudicar sua independência.
"Não estou satisfeito", disse Trump em uma entrevista divulgada nesta quinta-feira, "porque estamos crescendo e, cada vez que crescemos, eles elevam a taxa de novo".
Na entrevista à CNBC, Trump jogou ainda mais lenha na fogueira da guerra comercial com a China, sugerindo que ele pretende taxar todos os produtos do país.
- China na mira -Estou pronto para chegar a 500", garantiu, em entrevista à CNBC, referindo-se ao total de US$ 505,5 bilhões em importações da China registrados em 2017.
"Não estou fazendo isso por política. Estou fazendo isso para fazer a coisa certa para o nosso país", frisou.
Após a adoção das tarifas de importação sobre aço e alumínio, um gesto que afeta diretamente a China, Washington adotou tarifas suplementares para 34 bilhões de máquinas, enquanto analisa um pacote extra para 16 bilhões.
Ao mesmo tempo, o Departamento de Comércio já admitiu que estão sendo estudos desenvolvidos para definir uma lista de produtos chineses que poderiam ser precificados e que chegariam a 200 bilhões de dólares.
Pequim denunciou que são os primeiros passos da "maior guerra comercial na história da economia" e deixou claro que aplicará medidas retaliatórias a cada tarifa dos EUA.
Para Washington, tornou-se essencial reduzir o enorme déficit comercial com a China, que em 2017 alcançou a cifra astronômica de 375 bilhões de dólares.
bur-ahg/gm/ll/cc
Seus comentários no Twitter nesta manhã foram seguidos de uma entrevista à emissora CNBC na qual ele expressou seu desejo de impor tarifas sobre todas as importações chinesas.
No Twitter, Trump disse que "a China, a União Europeia e outros vêm manipulando suas moedas e taxas de juros".
Por outro lado, disse ele, o dólar está se tornando mais forte e prejudica a "vantagem competitiva" da maior economia do mundo.
Este ano o yuan caiu aproximadamente 10% em relação ao dólar, numa tendência que favorece as exportações do gigante asiático.
Trump incluiu o Fed entre seus criticados, por sua política de aperto monetário que fortalece o dólar.
Para conter o avanço da inflação na maior economia do mundo, o Fed elevou as taxas de juros sete vezes desde 2015 e considera pelo menos mais dois aumentos este ano.
Essa prática aumenta o custo do dinheiro e pode ter impacto no crescimento, mas, ao mesmo tempo, impede o superaquecimento da economia.
No entanto, com o desemprego em seu mínimo histórico e a inflação em leve alta, o presidente do Fed argumentou que a economia é forte o suficiente para operar com taxas de juros mais altas.
- Fed na mira - Para Trump, por outro lado, o aperto monetário "prejudica tudo o que estamos fazendo, os Estados Unidos devem ser capazes de recuperar o que perderam por causa da manipulação ilegal de moedas".
"Os vencimentos da dívida estão se aproximando e estamos elevando as taxas, é sério?", disse Trump, em uma referência óbvia ao Fed.
Na quinta-feira, a CNBC divulgou uma prévia da entrevista em que o presidente questionou a política do Fed e quebrou a tradição do ramo executivo de se abster de comentar sobre a entidade para não prejudicar sua independência.
"Não estou satisfeito", disse Trump em uma entrevista divulgada nesta quinta-feira, "porque estamos crescendo e, cada vez que crescemos, eles elevam a taxa de novo".
Na entrevista à CNBC, Trump jogou ainda mais lenha na fogueira da guerra comercial com a China, sugerindo que ele pretende taxar todos os produtos do país.
- China na mira -Estou pronto para chegar a 500", garantiu, em entrevista à CNBC, referindo-se ao total de US$ 505,5 bilhões em importações da China registrados em 2017.
"Não estou fazendo isso por política. Estou fazendo isso para fazer a coisa certa para o nosso país", frisou.
Após a adoção das tarifas de importação sobre aço e alumínio, um gesto que afeta diretamente a China, Washington adotou tarifas suplementares para 34 bilhões de máquinas, enquanto analisa um pacote extra para 16 bilhões.
Ao mesmo tempo, o Departamento de Comércio já admitiu que estão sendo estudos desenvolvidos para definir uma lista de produtos chineses que poderiam ser precificados e que chegariam a 200 bilhões de dólares.
Pequim denunciou que são os primeiros passos da "maior guerra comercial na história da economia" e deixou claro que aplicará medidas retaliatórias a cada tarifa dos EUA.
Para Washington, tornou-se essencial reduzir o enorme déficit comercial com a China, que em 2017 alcançou a cifra astronômica de 375 bilhões de dólares.
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