FMI respalda projeto de orçamento do governo argentino
Washington, 20 Set 2018 (AFP) - O Fundo Monetário Internacional (FMI) respaldou nesta quinta-feira o projeto de orçamento apresentado pelo governo argentino ao Congresso esta semana, um plano austero que tem como meta principal o equilíbrio fiscal.
"O projeto de orçamento apresentado nesta segunda-feira representa uma parte fundamental do programa das autoridades para reforçar a política econômica e dinamizar a economia", disse à imprensa o porta-voz da instituição financeira multilateral, Gerry Rice.
"É muito importante já que protege os gastos relativos a benefícios sociais e saúde", disse Rice sobre o projeto que contempla levar a um equilíbrio das contas públicas após registrar um déficit de 3,9% em 2017.
"Nós pensamos que isso é um elemento-chave em um período de dificuldades financeiras", acrescentou.
Contudo, o orçamento austero foi recebido com preocupação na Argentina, onde o descontentamento social e os protestos crescem.
"A sustentabilidade das contas públicas é indispensável para ter uma economia ordenada (...). A solvência fiscal também é necessária para reduzir as vulnerabilidades da economia", destacou o ministro da Fazenda, Nicolás Dujovne, ao apresentar o projeto.
A principal central sindical argentina, a CGT, convocou uma greve nacional para o dia 25 deste mês.
O governo de centro-direita de Macri enfrenta pressões de distintos setores em um momento em que a inflação, que se estima em 42% para este ano, destrói o poder aquisitivo.
O governo não tem maioria própria no Congresso. Para aprovar o orçamento dependerá de alianças com outros setores.
Segundo um relatório da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) publicado nesta quinta-feira, a economia argentina deve contrair 1,9% neste ano, uma degradação em relação às previsões anteriores feitas em maio.
No segundo trimestre, o PIB retraiu 4,2% em relação ao ano anterior e acumula queda de 0,5% nos primeiros seis meses do ano, segundo o Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec) da Argentina.
- 'Progressos importantes' -Rice disse que não há um cronograma estabelecido para o diálogo e a apresentação de um novo programa a ser avaliado pelo FMI.
"Progressos significativos foram feitos. Estamos trabalhando duro para concluir (as negociações) em breve", disse o porta-voz do Fundo.
O FMI e o governo de Mauricio Macri acordaram em junho um programa de ajuda de US$ 50 bilhões por três anos, dos quais US$ 15 bilhões já foram entregues.
Mas isso não impediu a queda da taxa de câmbio: o peso já perdeu mais de 50% de seu valor só neste ano.
O governo espera que o FMI aprove o adiantamento dos desembolsos restantes para garantir o pagamento da dívida e prometeu levar seu déficit, que era de 3,9% em 2017, para zero em 2019.
O equilíbrio fiscal é o principal requisito do FMI.
"O projeto de orçamento apresentado nesta segunda-feira representa uma parte fundamental do programa das autoridades para reforçar a política econômica e dinamizar a economia", disse à imprensa o porta-voz da instituição financeira multilateral, Gerry Rice.
"É muito importante já que protege os gastos relativos a benefícios sociais e saúde", disse Rice sobre o projeto que contempla levar a um equilíbrio das contas públicas após registrar um déficit de 3,9% em 2017.
"Nós pensamos que isso é um elemento-chave em um período de dificuldades financeiras", acrescentou.
Contudo, o orçamento austero foi recebido com preocupação na Argentina, onde o descontentamento social e os protestos crescem.
"A sustentabilidade das contas públicas é indispensável para ter uma economia ordenada (...). A solvência fiscal também é necessária para reduzir as vulnerabilidades da economia", destacou o ministro da Fazenda, Nicolás Dujovne, ao apresentar o projeto.
A principal central sindical argentina, a CGT, convocou uma greve nacional para o dia 25 deste mês.
O governo de centro-direita de Macri enfrenta pressões de distintos setores em um momento em que a inflação, que se estima em 42% para este ano, destrói o poder aquisitivo.
O governo não tem maioria própria no Congresso. Para aprovar o orçamento dependerá de alianças com outros setores.
Segundo um relatório da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) publicado nesta quinta-feira, a economia argentina deve contrair 1,9% neste ano, uma degradação em relação às previsões anteriores feitas em maio.
No segundo trimestre, o PIB retraiu 4,2% em relação ao ano anterior e acumula queda de 0,5% nos primeiros seis meses do ano, segundo o Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec) da Argentina.
- 'Progressos importantes' -Rice disse que não há um cronograma estabelecido para o diálogo e a apresentação de um novo programa a ser avaliado pelo FMI.
"Progressos significativos foram feitos. Estamos trabalhando duro para concluir (as negociações) em breve", disse o porta-voz do Fundo.
O FMI e o governo de Mauricio Macri acordaram em junho um programa de ajuda de US$ 50 bilhões por três anos, dos quais US$ 15 bilhões já foram entregues.
Mas isso não impediu a queda da taxa de câmbio: o peso já perdeu mais de 50% de seu valor só neste ano.
O governo espera que o FMI aprove o adiantamento dos desembolsos restantes para garantir o pagamento da dívida e prometeu levar seu déficit, que era de 3,9% em 2017, para zero em 2019.
O equilíbrio fiscal é o principal requisito do FMI.
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