OCDE alerta sobre riscos cada vez maiores da economia mundial
Paris, 20 Set 2018 (AFP) - A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) alertou nesta quinta-feira (20) sobre os riscos cada vez maiores para o crescimento econômico mundial, incluindo as ameaças de escalada na guerra comercial entre Washington e Pequim.
A economia mundial pode ter alcançado "seu pico de crescimento" e iniciado uma desaceleração com "riscos (...) que se intensificam", declarou a OCDE, ao anunciar suas previsões.
A OCDE reduziu levemente seu prognóstico de crescimento mundial para este ano e para 2019, a 3,7%, um corte de 0,1 ponto e de 0,2 ponto, respectivamente, em relação à estimativa de junho.
O organismo se mostra particularmente preocupado com a guerra comercial entre Estados Unidos e China. As novas tarifas mutuamente impostas "já têm repercussões adversas na confiança e nos projetos de investimento".
"Um aumento mais importante ainda das tensões comerciais, como com maiores tarifas (...), teria consequências significativas no comércio e afetaria a produção e a renda das famílias naquelas economias onde se impõem medidas restritivas", afirma.
"Medidas tarifárias adicionais afetariam o emprego e o nível de vida, em particular nos lares com baixa renda", adverte a organização, que pede que "cesse o avanço na direção do protecionismo e que se reforce o sistema internacional de regulação do comércio por meio do diálogo".
A OCDE mantém sem alterações, porém, a previsão de crescimento para os Estados Unidos este ano (2,9%) e reduz em apenas 0,1% a do próximo (2,7%). Confirma também o prognóstico da expansão econômica da China: 6,7% para 2018, e 6,4%, para 2019.
Na zona do euro, a instituição espera um crescimento menos vigoroso do que o previsto em junho: 2% para este ano (-0,2%), e 1,9%, para 2019 (-0,2%).
Afetado pelo Brexit, o crescimento na Grã-Bretanha pode continuar se desacelerando, até 1,3% para este ano (-0,1%), e 1,2%, para 2019 (-0,1%).
- Os emergentes, dependentes da China -A OCDE se preocupa com a situação nos países emergentes, em particular, aqueles cujas divisas despencaram nos últimos meses.
O Brasil perde quase um ponto em relação a junho, a 1,2% (-0,8%), enquanto a economia argentina deve ter uma contração de 1,9% este ano (-3,9% em relação à previsão anterior). Na Turquia, o crescimento deve ser de 3,2% (-1,9%) e, na África do Sul, de 0,9% (-1,0%).
Esta crise que afeta várias das economias emergentes de maior peso não teve um efeito de contágio "como no final dos anos 1990", já que são "menos vulneráveis do que à época", reconhece a OCDE.
A instituição alerta sobre os riscos "de tensão mais profundos e uma guinada ainda mais acentuada do sentimento dos investidores", em particular, se a guerra comercial provocar uma desaceleração da economia chinesa.
"O agravamento das tensões comerciais pode exacerbar as fraquezas, em especial se a China terminar afetada, refletindo assim a integração crescente na rede comercial mundial da maioria dos mercados emergentes durante as últimas duas décadas", explicou a organização.
Dez anos depois da falência do Lehman Brothers, a OCDE constata os altos níveis de endividamento: "As reformas reforçaram o sistema bancário, mas os riscos se deslocaram para as instituições não bancárias que estão menos reguladas".
"Os níveis da dívida pública e privada são atualmente mais elevados do que antes da crise", preocupa-se a instituição, que teme que a implementação mais rápida de uma política monetária mais restritiva nos Estados Unidos "provoque instabilidade financeira".
A economia mundial pode ter alcançado "seu pico de crescimento" e iniciado uma desaceleração com "riscos (...) que se intensificam", declarou a OCDE, ao anunciar suas previsões.
A OCDE reduziu levemente seu prognóstico de crescimento mundial para este ano e para 2019, a 3,7%, um corte de 0,1 ponto e de 0,2 ponto, respectivamente, em relação à estimativa de junho.
O organismo se mostra particularmente preocupado com a guerra comercial entre Estados Unidos e China. As novas tarifas mutuamente impostas "já têm repercussões adversas na confiança e nos projetos de investimento".
"Um aumento mais importante ainda das tensões comerciais, como com maiores tarifas (...), teria consequências significativas no comércio e afetaria a produção e a renda das famílias naquelas economias onde se impõem medidas restritivas", afirma.
"Medidas tarifárias adicionais afetariam o emprego e o nível de vida, em particular nos lares com baixa renda", adverte a organização, que pede que "cesse o avanço na direção do protecionismo e que se reforce o sistema internacional de regulação do comércio por meio do diálogo".
A OCDE mantém sem alterações, porém, a previsão de crescimento para os Estados Unidos este ano (2,9%) e reduz em apenas 0,1% a do próximo (2,7%). Confirma também o prognóstico da expansão econômica da China: 6,7% para 2018, e 6,4%, para 2019.
Na zona do euro, a instituição espera um crescimento menos vigoroso do que o previsto em junho: 2% para este ano (-0,2%), e 1,9%, para 2019 (-0,2%).
Afetado pelo Brexit, o crescimento na Grã-Bretanha pode continuar se desacelerando, até 1,3% para este ano (-0,1%), e 1,2%, para 2019 (-0,1%).
- Os emergentes, dependentes da China -A OCDE se preocupa com a situação nos países emergentes, em particular, aqueles cujas divisas despencaram nos últimos meses.
O Brasil perde quase um ponto em relação a junho, a 1,2% (-0,8%), enquanto a economia argentina deve ter uma contração de 1,9% este ano (-3,9% em relação à previsão anterior). Na Turquia, o crescimento deve ser de 3,2% (-1,9%) e, na África do Sul, de 0,9% (-1,0%).
Esta crise que afeta várias das economias emergentes de maior peso não teve um efeito de contágio "como no final dos anos 1990", já que são "menos vulneráveis do que à época", reconhece a OCDE.
A instituição alerta sobre os riscos "de tensão mais profundos e uma guinada ainda mais acentuada do sentimento dos investidores", em particular, se a guerra comercial provocar uma desaceleração da economia chinesa.
"O agravamento das tensões comerciais pode exacerbar as fraquezas, em especial se a China terminar afetada, refletindo assim a integração crescente na rede comercial mundial da maioria dos mercados emergentes durante as últimas duas décadas", explicou a organização.
Dez anos depois da falência do Lehman Brothers, a OCDE constata os altos níveis de endividamento: "As reformas reforçaram o sistema bancário, mas os riscos se deslocaram para as instituições não bancárias que estão menos reguladas".
"Os níveis da dívida pública e privada são atualmente mais elevados do que antes da crise", preocupa-se a instituição, que teme que a implementação mais rápida de uma política monetária mais restritiva nos Estados Unidos "provoque instabilidade financeira".
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