Macri anuncia mais apoio do FMI e promete que não cairá em moratória
Nova York, 24 Set 2018 (AFP) - O presidente argentino, Mauricio Macri, disse nesta segunda-feira que seu país terá apoio adicional do Fundo Monetário Internacional (FMI) para enfrentar a deterioração da economia, e prometeu que a Argentina não voltará à inadimplência, em entrevista à TV Bloomberg em Nova York.
"Vamos ter mais apoio do FMI, não posso dizer o quanto, porque estamos negociando", disse Macri, acrescentando que o acordo será anunciado em alguns dias.
O presidente disse que o novo acordo com o FMI "está próximo" e "oferecerá mais confiança ao mercado".
E se apesar de tudo os dólares não chegarem?, indagou o jornalista. "Não há nenhuma chance de a Argentina declarar moratória. Zero", respondeu Macri, após apontar que recebeu forte apoio de vários países, sobretudo dos Estados Unidos.
O FMI e o governo de Macri acordaram, em junho, um programa de ajuda de 50 bilhões de dólares em três anos, dos quais 15 bilhões já foram repassados.
Mas isso não impediu a corrida cambial, e o peso acumulou uma perda de mais de 50% de seu valor neste ano.
A inflação na Argentina somou 24,3% entre janeiro e agosto, segundo o Instituto Nacional de Estatística (Indec). No caso dos alimentos básicos, o aumento é muito mais perceptível, por exemplo, no preço da farinha (115%), dos ovos (56%) e de óleos (40%), o que levou muitos argentinos a optarem pelo permuta ou por comprar no atacado.
- Argentina mais 'competitiva' -Mas Macri prefere encarar de forma otimista.
"Com essa nova taxa de câmbio, a Argentina tem uma taxa muito competitiva. Estamos equilibrando as contas externas. As exportações estão crescendo a uma velocidade de 18% a 20%", afirmou.
O presidente argentino disse que, para combater a volatilidade do peso, ele discute uma nova política monetária com o FMI, mas que não será um controle cambial como o Plano Cavallo, adotado pela lei de conversibilidade em 1991, que equiparava o peso ao dólar.
"Não é um controle o que vamos fazer, como na conversibilidade. Estamos trabalhando com o Fundo Monetário e vamos apresentar um acordo que trará mais confiança, mais até do que se viu nos últimos dez dias, quando os mercados mudaram e começaram para reagir", disse ele.
"Não quero adiantar o acordo, mas é um acordo que estabelece uma política monetária clara, que mostrará para onde estamos indo, que vamos reduzir drasticamente a inflação e nossas necessidades de apoio financeiro externo", acrescentou.
Macri disse que a sociedade está "madura" e entenderá o "grande esforço" que o país terá que fazer para cumprir o plano de cinco anos para alcançar o equilíbrio discal em apenas um ano.
O presidente argentino, que também se reuniu com investidores e esta noite receberá o prêmio Global Citizen do Atlantic Council, garantiu que não tem "um plano B" para a economia porque o país "está enfrentando todos os seus desafios".
Questionado sobre o custo político da nova política econômica e do acordo com o Fundo, Macri respondeu destemido: "Estou pronto para ser candidato" para a reeleição em 2019.
"Estamos construindo um novo país, uma nova sociedade baseada na cultura do trabalho, na cultura que temos que melhorar sem truques ou atalhos", defendeu.
"Vamos ter mais apoio do FMI, não posso dizer o quanto, porque estamos negociando", disse Macri, acrescentando que o acordo será anunciado em alguns dias.
O presidente disse que o novo acordo com o FMI "está próximo" e "oferecerá mais confiança ao mercado".
E se apesar de tudo os dólares não chegarem?, indagou o jornalista. "Não há nenhuma chance de a Argentina declarar moratória. Zero", respondeu Macri, após apontar que recebeu forte apoio de vários países, sobretudo dos Estados Unidos.
O FMI e o governo de Macri acordaram, em junho, um programa de ajuda de 50 bilhões de dólares em três anos, dos quais 15 bilhões já foram repassados.
Mas isso não impediu a corrida cambial, e o peso acumulou uma perda de mais de 50% de seu valor neste ano.
A inflação na Argentina somou 24,3% entre janeiro e agosto, segundo o Instituto Nacional de Estatística (Indec). No caso dos alimentos básicos, o aumento é muito mais perceptível, por exemplo, no preço da farinha (115%), dos ovos (56%) e de óleos (40%), o que levou muitos argentinos a optarem pelo permuta ou por comprar no atacado.
- Argentina mais 'competitiva' -Mas Macri prefere encarar de forma otimista.
"Com essa nova taxa de câmbio, a Argentina tem uma taxa muito competitiva. Estamos equilibrando as contas externas. As exportações estão crescendo a uma velocidade de 18% a 20%", afirmou.
O presidente argentino disse que, para combater a volatilidade do peso, ele discute uma nova política monetária com o FMI, mas que não será um controle cambial como o Plano Cavallo, adotado pela lei de conversibilidade em 1991, que equiparava o peso ao dólar.
"Não é um controle o que vamos fazer, como na conversibilidade. Estamos trabalhando com o Fundo Monetário e vamos apresentar um acordo que trará mais confiança, mais até do que se viu nos últimos dez dias, quando os mercados mudaram e começaram para reagir", disse ele.
"Não quero adiantar o acordo, mas é um acordo que estabelece uma política monetária clara, que mostrará para onde estamos indo, que vamos reduzir drasticamente a inflação e nossas necessidades de apoio financeiro externo", acrescentou.
Macri disse que a sociedade está "madura" e entenderá o "grande esforço" que o país terá que fazer para cumprir o plano de cinco anos para alcançar o equilíbrio discal em apenas um ano.
O presidente argentino, que também se reuniu com investidores e esta noite receberá o prêmio Global Citizen do Atlantic Council, garantiu que não tem "um plano B" para a economia porque o país "está enfrentando todos os seus desafios".
Questionado sobre o custo político da nova política econômica e do acordo com o Fundo, Macri respondeu destemido: "Estou pronto para ser candidato" para a reeleição em 2019.
"Estamos construindo um novo país, uma nova sociedade baseada na cultura do trabalho, na cultura que temos que melhorar sem truques ou atalhos", defendeu.
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