Sindicatos paralisam a Argentina em plena crise econômica
Buenos Aires, 25 Set 2018 (AFP) - As grandes centrais sindicais paralisam a Argentina, nesta terça-feira (25), com uma greve geral de 24 horas, convocada no momento em que o presidente do país, Mauricio Macri, está em Nova York para participar da Assembleia Geral da ONU e se reunir com investidores para tentar transmitir confiança.
Com os dados macroeconômicos em situação preocupante, especialmente a inflação, que deve superar 40% em 2018, e o Produto Interno Bruto (PIB), calculado em -2,4% para o fim do ano, os sindicatos paralisam nesta terça-feira os transportes públicos, o tráfego aéreo, o transporte de carga terrestre, os bancos e a administração pública, incluindo escolas e hospitais.
Esta é a segunda paralisação geral desde que o governo Macri assinou em junho um acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) por 50 bilhões de dólares, dos quais o país já recebeu 15 bilhões, mas que espera poder ampliar para um valor superior.
O movimento foi convocado como uma greve sem manifestações, mas, na segunda-feira, dezenas de milhares de pessoas saíram em passeata em Buenos Aires até a Praça de Maio para repudiar as medidas de austeridade e o acordo com o FMI.
"Mauricio Macri deixou de governar a Argentina, cada medida que toma precisa consultar com o FMI", afirmou Joaquín Noya, um dos manifestantes que seguiram até a Casa Rosada, sede da presidência.
A taxa de desemprego segue em alta, com 9,6% no segundo semestre, e o índice de pobreza que será anunciado esta semana deve interromper a tendência de queda: ao final de 2017 era de 25%.
A greve de 25 de junho provocou perdas de 29 bilhões de pesos, na época o equivalente a um bilhão de dólares.
Macri, um liberal de centro-direita, insiste em que a Argentina não pode gastar mais do que produz e tem o objetivo de alcançar um déficit primário zero em 2019. Para concretizar a meta, ele precisa que o Congresso, onde não tem maioria, aprove o projeto de orçamento apresentado na semana passada.
A pressão dos sindicatos, que exigem ajustes salariais de acordo com a inflação, é um dos principais obstáculos.
A greve coincide com o dia do discurso de Macri na Assembleia Geral da ONU, em Nova York.
O presidente argentino aproveita a viagem, na qual está acompanhado do chanceler Jorge Faurie e do ministro da Economia, Nicolás Dujovne, para se reunir com investidores e transmitir uma mensagem de confiança.
Em uma entrevista ao canal Bloomberg, Macri afirmou na segunda-feira que o novo acordo com o FMI está próximo e "oferecerá mais confiança ao mercado".
"Vamos ter mais apoio do FMI. Não posso dizer quanto, porque estamos negociando", disse o presidente.
Economia emergente que mais sofreu este ano, com uma desvalorização de 50% de sua moeda desde janeiro, a Argentina precisa conter a fuga de capitais em um contexto internacional volátil.
Com os dados macroeconômicos em situação preocupante, especialmente a inflação, que deve superar 40% em 2018, e o Produto Interno Bruto (PIB), calculado em -2,4% para o fim do ano, os sindicatos paralisam nesta terça-feira os transportes públicos, o tráfego aéreo, o transporte de carga terrestre, os bancos e a administração pública, incluindo escolas e hospitais.
Esta é a segunda paralisação geral desde que o governo Macri assinou em junho um acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) por 50 bilhões de dólares, dos quais o país já recebeu 15 bilhões, mas que espera poder ampliar para um valor superior.
O movimento foi convocado como uma greve sem manifestações, mas, na segunda-feira, dezenas de milhares de pessoas saíram em passeata em Buenos Aires até a Praça de Maio para repudiar as medidas de austeridade e o acordo com o FMI.
"Mauricio Macri deixou de governar a Argentina, cada medida que toma precisa consultar com o FMI", afirmou Joaquín Noya, um dos manifestantes que seguiram até a Casa Rosada, sede da presidência.
A taxa de desemprego segue em alta, com 9,6% no segundo semestre, e o índice de pobreza que será anunciado esta semana deve interromper a tendência de queda: ao final de 2017 era de 25%.
A greve de 25 de junho provocou perdas de 29 bilhões de pesos, na época o equivalente a um bilhão de dólares.
Macri, um liberal de centro-direita, insiste em que a Argentina não pode gastar mais do que produz e tem o objetivo de alcançar um déficit primário zero em 2019. Para concretizar a meta, ele precisa que o Congresso, onde não tem maioria, aprove o projeto de orçamento apresentado na semana passada.
A pressão dos sindicatos, que exigem ajustes salariais de acordo com a inflação, é um dos principais obstáculos.
A greve coincide com o dia do discurso de Macri na Assembleia Geral da ONU, em Nova York.
O presidente argentino aproveita a viagem, na qual está acompanhado do chanceler Jorge Faurie e do ministro da Economia, Nicolás Dujovne, para se reunir com investidores e transmitir uma mensagem de confiança.
Em uma entrevista ao canal Bloomberg, Macri afirmou na segunda-feira que o novo acordo com o FMI está próximo e "oferecerá mais confiança ao mercado".
"Vamos ter mais apoio do FMI. Não posso dizer quanto, porque estamos negociando", disse o presidente.
Economia emergente que mais sofreu este ano, com uma desvalorização de 50% de sua moeda desde janeiro, a Argentina precisa conter a fuga de capitais em um contexto internacional volátil.
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