ONU se preocupa com dependência da América Latina de exportações primárias
Santiago, 26 Set 2018 (AFP) - A dependência da América Latina das exportações de produtos primários como os de mineração e petróleo levarão a economia da região a um crescimento frágil este ano, de 1,7%, indicou um relatório da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento(UNCTAD).
Países como Brasil e México - as duas economias mais fortes da região - mostram um "crescimento fraco" de suas economias devido à sua "elevada dependência das exportações primárias", o que também afeta outros países da América Latina, de acordo com um relatório da UNCTAD lançado nesta quarta-feira em Santiago e Genebra.
"Estamos preocupados que a América Latina tem se especializado em produtos primários, quando os preços de produtos como minerais ou petróleo são voláteis", disse Alex Izurieta, economista sênior da Unctad, que apresentou o relatório na sede da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) em Santiago.
O estudo alertou que a "volatilidade" dos preços dos bens primários foi produzida este ano por fatores como a guerra comercial que os Estados Unidos iniciou com a China, o gigante asiático que concentra cerca de 25% do total das exportações da América Latina, e cujo apetite por bens primários cairia neste conflito.
Izurieta disse que esperar que essa disputa gere um espaço no mercado chinês que os países latino-americanos possam explorar é "uma esperança infundada", já que o desenvolvimento de manufaturas "é lento e limitado".
"Nos últimos 20 anos, a América Latina veio se especializando em bens primários - principalmente os não processados - que chegaram a representar 40% de suas exportações" e não houve um importante crescimento em avanços tecnológicos, afirmou o especialista.
O informe da UNCTAD indicou que o comércio a nível mundial se encontra sob um "sistema hiperglobalizado" no qual 1% das grandes empresas ficam com 6 de cada 10 dólares das exportações, o que contribui para aumentar a desigualdade no mundo.
Países como Brasil e México - as duas economias mais fortes da região - mostram um "crescimento fraco" de suas economias devido à sua "elevada dependência das exportações primárias", o que também afeta outros países da América Latina, de acordo com um relatório da UNCTAD lançado nesta quarta-feira em Santiago e Genebra.
"Estamos preocupados que a América Latina tem se especializado em produtos primários, quando os preços de produtos como minerais ou petróleo são voláteis", disse Alex Izurieta, economista sênior da Unctad, que apresentou o relatório na sede da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) em Santiago.
O estudo alertou que a "volatilidade" dos preços dos bens primários foi produzida este ano por fatores como a guerra comercial que os Estados Unidos iniciou com a China, o gigante asiático que concentra cerca de 25% do total das exportações da América Latina, e cujo apetite por bens primários cairia neste conflito.
Izurieta disse que esperar que essa disputa gere um espaço no mercado chinês que os países latino-americanos possam explorar é "uma esperança infundada", já que o desenvolvimento de manufaturas "é lento e limitado".
"Nos últimos 20 anos, a América Latina veio se especializando em bens primários - principalmente os não processados - que chegaram a representar 40% de suas exportações" e não houve um importante crescimento em avanços tecnológicos, afirmou o especialista.
O informe da UNCTAD indicou que o comércio a nível mundial se encontra sob um "sistema hiperglobalizado" no qual 1% das grandes empresas ficam com 6 de cada 10 dólares das exportações, o que contribui para aumentar a desigualdade no mundo.
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