Trump diz que Fed está 'fora de controle', mas não demitirá Powell
Washington, 11 Out 2018 (AFP) - O presidente Donald Trump reiterou suas críticas ao Federal Reserve (Fed) nesta quinta-feira, ao afirmar que o banco central americano está "fora de controle" por elevar demais as taxas de juros, mas afirmou que não tem planos de retirar o presidente da instituição, Jerom Powell.
Com as ações em forte declínio pelo segundo dia seguido diante da preocupação dos investidores com as taxas de juros, Trump culpou o Fed.
"É uma correção que acho que é causada pelo Federal Reserve, com as taxas de juros", disse Trump à imprensa na Casa Branca. "Acho que o Fed está fora de controle".
Contudo, questionado sobre o futuro de Powell, Trump garantiu: "Não vou demiti-lo".
Mais cedo, o presidente americano havia dito ao programa Fox & Friends que o Fed está "cometendo um grande erro". "Estão sendo muito agressivos", enfatizou.
Na véspera, Trump já havia declarado que o Fed "enlouqueceu".
Como efeito dominó da queda de Wall Street na quarta, os mercados também caíram na Europa e na Ásia, com os investidores preocupados com os juros crescentes - o que levaria mais investidores do mercado de ações para o de títulos - bem como com o impacto do conflito comercial de Trump com a China sobre os lucros das empresas.
Wall Street atravessou uma montanha-russa nesta quinta-feira. O índice industrial Dow Jones cedeu 2,13%, o tecnológico Nasdaq recuou 1,25% e o S&P 500 perdeu 2,06%.
A Bolsa de Valores de Londres perdeu quase 2%, a de Frankfurt, 1,5%, e a de Tóquio, quase 4%.
Pouco após o comentário de Trump, seu principal assessor econômico, Larry Kudlow, relativizou o peso das declarações.
"Sabemos que o Fed é independente. O presidente não está ditando a política econômica. Ele não falou nada remotamente parecido com isso", afirmou à CNBC.
Kudlow disse que o Fed estava gerenciando "a transição do dinheiro ultra, ultra-fácil (...) para algo mais normal", aumentando as taxas de juros gradualmente.
Ele também repetiu a afirmação de Trump de que o declínio do mercado de ações era uma "correção normal" esperada.
- 'Inevitável' -Trump tem repetidamente divulgado a série de recordes de Wall Street como prova do sucesso de seu programa econômico, incluindo sua estratégia comercial de confronto até mesmo com aliados, e criticou o Fed por elevar a taxa básica de juros - em 0,25 ponto três vezes este ano - dizendo que isso prejudicaria seus esforços.
Na prática, são em grande parte suas políticas que estão por trás das altas: espera-se que os cortes nos impostos e o aumento dos gastos do governo estimulem a economia, dando ao Fed motivos para elevar as taxas de juros.
Enquanto isso, os conflitos comerciais aumentam os custos para as empresas, o que pode afetar seus resultados trimestrais - algo que analistas disseram ter ajudado na queda abrupta desta quarta-feira.
A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, defendeu a política monetária do Fed nesta quinta.
A alta dos juros "é uma evolução necessária" e "inevitável" para as economias como os Estados Unidos, que vivenciam forte expansão, têm inflação crescente e baixo desemprego, disse Lagarde em coletiva de imprensa em Bali, à margem da reunião anual do FMI.
Com as ações em forte declínio pelo segundo dia seguido diante da preocupação dos investidores com as taxas de juros, Trump culpou o Fed.
"É uma correção que acho que é causada pelo Federal Reserve, com as taxas de juros", disse Trump à imprensa na Casa Branca. "Acho que o Fed está fora de controle".
Contudo, questionado sobre o futuro de Powell, Trump garantiu: "Não vou demiti-lo".
Mais cedo, o presidente americano havia dito ao programa Fox & Friends que o Fed está "cometendo um grande erro". "Estão sendo muito agressivos", enfatizou.
Na véspera, Trump já havia declarado que o Fed "enlouqueceu".
Como efeito dominó da queda de Wall Street na quarta, os mercados também caíram na Europa e na Ásia, com os investidores preocupados com os juros crescentes - o que levaria mais investidores do mercado de ações para o de títulos - bem como com o impacto do conflito comercial de Trump com a China sobre os lucros das empresas.
Wall Street atravessou uma montanha-russa nesta quinta-feira. O índice industrial Dow Jones cedeu 2,13%, o tecnológico Nasdaq recuou 1,25% e o S&P 500 perdeu 2,06%.
A Bolsa de Valores de Londres perdeu quase 2%, a de Frankfurt, 1,5%, e a de Tóquio, quase 4%.
Pouco após o comentário de Trump, seu principal assessor econômico, Larry Kudlow, relativizou o peso das declarações.
"Sabemos que o Fed é independente. O presidente não está ditando a política econômica. Ele não falou nada remotamente parecido com isso", afirmou à CNBC.
Kudlow disse que o Fed estava gerenciando "a transição do dinheiro ultra, ultra-fácil (...) para algo mais normal", aumentando as taxas de juros gradualmente.
Ele também repetiu a afirmação de Trump de que o declínio do mercado de ações era uma "correção normal" esperada.
- 'Inevitável' -Trump tem repetidamente divulgado a série de recordes de Wall Street como prova do sucesso de seu programa econômico, incluindo sua estratégia comercial de confronto até mesmo com aliados, e criticou o Fed por elevar a taxa básica de juros - em 0,25 ponto três vezes este ano - dizendo que isso prejudicaria seus esforços.
Na prática, são em grande parte suas políticas que estão por trás das altas: espera-se que os cortes nos impostos e o aumento dos gastos do governo estimulem a economia, dando ao Fed motivos para elevar as taxas de juros.
Enquanto isso, os conflitos comerciais aumentam os custos para as empresas, o que pode afetar seus resultados trimestrais - algo que analistas disseram ter ajudado na queda abrupta desta quarta-feira.
A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, defendeu a política monetária do Fed nesta quinta.
A alta dos juros "é uma evolução necessária" e "inevitável" para as economias como os Estados Unidos, que vivenciam forte expansão, têm inflação crescente e baixo desemprego, disse Lagarde em coletiva de imprensa em Bali, à margem da reunião anual do FMI.
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