Baviera vai às urnas em eleições importantes para aliados de Merkel
Munique, Alemanha, 14 Out 2018 (AFP) - Cerca de dez milhões de eleitores vão às urnas neste domingo para votar nas principais eleições regionais da Baviera, o que pode levar ao fracasso da CSU, aliada da chanceler alemã, Angela Merkel, em um governo com altas taxas de impopularidade.
"A grande coalizão não se tornará mais estável a partir do domingo", afirmou o jornal econômico Handelsblatt.
Já os social-democratas do SPD, outro aliado do governo, esperam um verdadeiro fracasso diante da ascensão dos verdes e do partido anti-imigrantes AfD.
Todas as pesquisas preveem que a União Cristã Social (CSU), muito conservadora, perderá sua maioria absoluta neste rico estado do sul, onde governou quase ininterruptamente desde a década de 1960
Os conservadores alemães temem que derrotas nas eleições regionais da Baviera ou de Hesse, no fim do mês, enfraqueçam ainda mais a coalizão no poder.
A chanceler fez um apelo aos correligionários durante a semana: "Estamos a poucos dias de eleições regionais muito importantes na Baviera e em Hesse. Por isto, quero pedir a todos que falem com os eleitores e encerrem as disputas".
Desde as legislativas de setembro de 2017, a chanceler tem que administrar as consequências políticas de sua decisão de 2015 de abrir as fronteiras da Alemanha a mais de um milhão de demandantes de asilo.
Afetada pelo crescimento do partido de extrema-direita Alternativa para Alemanha (AfD), Merkel demorou seis meses para formar uma coalizão, o que conseguiu depois de convencer alguns social-democratas reticentes.
Depois teve que enfrentar uma rebelião da CSU, partido aliado conservador bávaro.
Em duas oportunidades, o ministro do Interior e presidente deste partido, Horst Seehofer, questionou o governo ao defender alguns dos temas favoritos do AfD para melhorar suas perspectivas nas eleições bávaras de domingo.
De acordo com as pesquisas, no entanto, a guinada à direita não convenceu os eleitores atraídos pela extrema-direita e assustou os mais moderados, que poderiam optar pelos Verdes, que aparecem em segundo lugar nas intenções de voto.
A CSU bávara caiu para 33-35% nas pesquisas, resultado que seria o menor em sua história e provocaria a perda de sua maioria absoluta. Um autêntico terremoto no reduto conservador, um dos estados mais ricos da Alemanha.
- Primeiro aviso -Em Hesse, a CDU de Merkel, que governa o estado, não aparece em posição melhor nas pesquisas. Os Verdes e o AfD também aproveitam a queda do partido da chanceler.
Se as urnas confirmarem os resultados das pesquisas, a formação de governos regionais estáveis será complicada, o que provavelmente levará o campo conservador a retomar o debate sobre a sucessão da chanceler, que governa o país desde 2005 e tem mandato até 2021.
O tema deixou de ser um tabu nos últimos meses. Os mais ambiciosos deram um passo à frente e multiplicaram os apelos pelo abandono das políticas centristas que deram tanto resultado para a chanceler durante uma década.
Os eleitores da CDU-CSU já deram um primeiro aviso com a escolha de um novo líder da bancada parlamentar que derrotou um aliado de Merkel.
A própria chanceler deve passar em breve por uma votação dos militantes para conservar a presidência de seu partido.
A situação é especialmente complicada para Merkel que, além de lidar com disputas internas, divide o governo com um Partido Social-Democrata (SPD) que enfrentam um momento ruim.
Desde o início da legislatura, o SPD, cuja popularidade não para de cair, hesita a respeito da conveniência de permanecer no poder. E as eleições na Baviera e em Hesse se apresentam como um novo desastre para o partido mais antigo do país.
Ninguém descarta a possibilidade de que o SPD abandone a coalizão, o que obrigara os conservadores a governar em minoria.
"A grande coalizão não se tornará mais estável a partir do domingo", afirmou o jornal econômico Handelsblatt.
Já os social-democratas do SPD, outro aliado do governo, esperam um verdadeiro fracasso diante da ascensão dos verdes e do partido anti-imigrantes AfD.
Todas as pesquisas preveem que a União Cristã Social (CSU), muito conservadora, perderá sua maioria absoluta neste rico estado do sul, onde governou quase ininterruptamente desde a década de 1960
Os conservadores alemães temem que derrotas nas eleições regionais da Baviera ou de Hesse, no fim do mês, enfraqueçam ainda mais a coalizão no poder.
A chanceler fez um apelo aos correligionários durante a semana: "Estamos a poucos dias de eleições regionais muito importantes na Baviera e em Hesse. Por isto, quero pedir a todos que falem com os eleitores e encerrem as disputas".
Desde as legislativas de setembro de 2017, a chanceler tem que administrar as consequências políticas de sua decisão de 2015 de abrir as fronteiras da Alemanha a mais de um milhão de demandantes de asilo.
Afetada pelo crescimento do partido de extrema-direita Alternativa para Alemanha (AfD), Merkel demorou seis meses para formar uma coalizão, o que conseguiu depois de convencer alguns social-democratas reticentes.
Depois teve que enfrentar uma rebelião da CSU, partido aliado conservador bávaro.
Em duas oportunidades, o ministro do Interior e presidente deste partido, Horst Seehofer, questionou o governo ao defender alguns dos temas favoritos do AfD para melhorar suas perspectivas nas eleições bávaras de domingo.
De acordo com as pesquisas, no entanto, a guinada à direita não convenceu os eleitores atraídos pela extrema-direita e assustou os mais moderados, que poderiam optar pelos Verdes, que aparecem em segundo lugar nas intenções de voto.
A CSU bávara caiu para 33-35% nas pesquisas, resultado que seria o menor em sua história e provocaria a perda de sua maioria absoluta. Um autêntico terremoto no reduto conservador, um dos estados mais ricos da Alemanha.
- Primeiro aviso -Em Hesse, a CDU de Merkel, que governa o estado, não aparece em posição melhor nas pesquisas. Os Verdes e o AfD também aproveitam a queda do partido da chanceler.
Se as urnas confirmarem os resultados das pesquisas, a formação de governos regionais estáveis será complicada, o que provavelmente levará o campo conservador a retomar o debate sobre a sucessão da chanceler, que governa o país desde 2005 e tem mandato até 2021.
O tema deixou de ser um tabu nos últimos meses. Os mais ambiciosos deram um passo à frente e multiplicaram os apelos pelo abandono das políticas centristas que deram tanto resultado para a chanceler durante uma década.
Os eleitores da CDU-CSU já deram um primeiro aviso com a escolha de um novo líder da bancada parlamentar que derrotou um aliado de Merkel.
A própria chanceler deve passar em breve por uma votação dos militantes para conservar a presidência de seu partido.
A situação é especialmente complicada para Merkel que, além de lidar com disputas internas, divide o governo com um Partido Social-Democrata (SPD) que enfrentam um momento ruim.
Desde o início da legislatura, o SPD, cuja popularidade não para de cair, hesita a respeito da conveniência de permanecer no poder. E as eleições na Baviera e em Hesse se apresentam como um novo desastre para o partido mais antigo do país.
Ninguém descarta a possibilidade de que o SPD abandone a coalizão, o que obrigara os conservadores a governar em minoria.
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