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BCE mantém política monetária, apesar dos riscos

25/10/2018 13h09

Frankfurt am Main, 25 Out 2018 (AFP) - O Banco Central Europeu (BCE) confirmou, nesta quinta-feira (25), sua estratégia monetária, apesar dos riscos econômicos na zona do euro.

O BCE manteve as decisões de junho e reafirmou a meta de dar fim às compras de dívidas em dezembro. Este programa, chamado QE (quantative easing, já está limitado desde outubro a compras de 15 bilhões de euros ao mês.

O Banco ainda manteve suas taxas básicas inalteradas e planeja deixá-las nesse nível "pelo menos até o verão (europeu) de 2019", anunciou um porta-voz da instituição.

Na última reunião, em setembro, alguns membros do conselho de governadores da instituição, com sede em Frankdurt, tinham pedido mudanças diante dos sinais de debilidade na zona do euro, segundo a transcrição dos debates.

Apesar de o BCE manter seu planejamento, observadores apontam para as tensões econômicas na zona do euro.

Desde a última reunião do banco, a "maioria das notícias foi negativa", disse Jessica Hinds, da Capital Economics. Ela espera que o presidente do BCE, Mario Draghi, mostre certa "flexibilidade" na função ao longo dos próximos meses.

Nesta quinta, o índice Ifo, que mede o otimismo dos empresários alemães, caiu pelo segundo mês consecutivo em um contexto de incerteza sobre o crescimento na zona do euro.

Já o crescimento da atividade privada se desacelerou em outubro na zona da moeda única a seu mínimo nos últimos 25 meses, segundo a consultoria Markit em uma primeira estimativa.

Além da guerra comercial entre Estados Unidos e seus principais parceiros, também preocupam as perspectivas de um Brexit sem acordo e de conflito entre Bruxelas e Itália pelo orçamento do país.

O BCE aposta numa aceleração da inflação subjacente (sem os preços de alimentos e energia, os mais voláteis) de 1,1% em 2018 e de 1,8% em 2020, com a queda do desemprego e o aumento dos salários como motores.

Enquanto isso, as bolsas de valores estão atentas ao fim do ano e o que acontecerá com o fim do programa QE. Especialmente como o BCE vai gerir suas reservas de dívida pública e privada, que alcançarão 2,6 bilhões de euros neste ano.

A princípio, a instituição prevê renovar "pelo tempo que for necessária" sua carteira de dívida para preservar as condições de financiamento favoráveis à economia.