Casa Branca se rende na disputa com CNN e devolve credencial de jornalista
Washington, 20 Nov 2018 (AFP) - A Casa Branca devolveu nesta segunda-feira (19) a credencial ao jornalista da CNN Jim Acosta, sancionado após um embate com Donald Trump, mas fixou novas regras para as entrevistas coletivas, anunciou sua porta-voz.
"Notificamos Jim Acosta e a CNN que sua credencial será restituída, e lhes notificamos certas regras que se aplicarão a partir de agora nas entrevistas coletivas", anunciou Sarah Sanders.
Segundo ela, os jornalistas só poderão fazer uma pergunta a Trump antes de devolver o microfone, salvo se o presidente ou um integrante de sua equipe autorizarem uma outra pergunta.
"Não aceitar essas regras equivalerá à revogação do credenciamento", acrescentou a porta-voz em um comunicado.
A CNN anunciou ter desistido de sua ação na justiça. Na manhã, havia impetrado uma ação urgente a um juiz quando a Casa Branca parecia se preparar para retirar novamente a credencial de Acosta.
O repórter a havia perdido sua credencial após um ríspido diálogo com Donald Trump durante uma entrevista coletiva em 7 de novembro, mas o juiz federal Timothy Kelly ordenou nesta sexta-feira à Casa Branca que a devolvesse temporariamente.
O magistrado não se pronunciou a fundo sobre o assunto, mas argumentou que a presidência não havia respeitado os procedimentos, já que nunca havia advertido o jornalista nem lhe dado a oportunidade de se defender.
- "Inimigos do povo" -A Casa Branca entregou então uma credencial temporária a Acosta, mas na mesma noite lhe advertiu por carta que pensava em retirar definitivamente sua permissão.
A carta dizia que Acosta "violou os padrões básicos" de um evento informativo.
"Ele fez uma pergunta e o presidente respondeu", e então ele perguntou de novo, explicou, e advertiu que ele deu até domingo à noite para resposta e que na segunda-feira às 15:00 do horário local tomaria uma decisão definitiva.
Os advogados da CNN criticaram essa advertência e denunciaram o caso na justiça, antes de retirar a ação na tarde desta segunda-feira, após a renúncia da Casa Branca.
Este episódio simboliza o endurecimento das relações entre Trump e a mídia americana, que o presidente denuncia habitualmente como criadores de "fake news" e até de "inimigos do povo".
Para a CNN, a retirada da credencial de Acosta representava uma violação à primeira emenda da Constituição, que garanta a liberdade de imprensa.
A CNN foi respaldada por vários veículos de mídia, incluindo sua concorrente Fox News, que tem vários editores favoráveis a Trump.
"Notificamos Jim Acosta e a CNN que sua credencial será restituída, e lhes notificamos certas regras que se aplicarão a partir de agora nas entrevistas coletivas", anunciou Sarah Sanders.
Segundo ela, os jornalistas só poderão fazer uma pergunta a Trump antes de devolver o microfone, salvo se o presidente ou um integrante de sua equipe autorizarem uma outra pergunta.
"Não aceitar essas regras equivalerá à revogação do credenciamento", acrescentou a porta-voz em um comunicado.
A CNN anunciou ter desistido de sua ação na justiça. Na manhã, havia impetrado uma ação urgente a um juiz quando a Casa Branca parecia se preparar para retirar novamente a credencial de Acosta.
O repórter a havia perdido sua credencial após um ríspido diálogo com Donald Trump durante uma entrevista coletiva em 7 de novembro, mas o juiz federal Timothy Kelly ordenou nesta sexta-feira à Casa Branca que a devolvesse temporariamente.
O magistrado não se pronunciou a fundo sobre o assunto, mas argumentou que a presidência não havia respeitado os procedimentos, já que nunca havia advertido o jornalista nem lhe dado a oportunidade de se defender.
- "Inimigos do povo" -A Casa Branca entregou então uma credencial temporária a Acosta, mas na mesma noite lhe advertiu por carta que pensava em retirar definitivamente sua permissão.
A carta dizia que Acosta "violou os padrões básicos" de um evento informativo.
"Ele fez uma pergunta e o presidente respondeu", e então ele perguntou de novo, explicou, e advertiu que ele deu até domingo à noite para resposta e que na segunda-feira às 15:00 do horário local tomaria uma decisão definitiva.
Os advogados da CNN criticaram essa advertência e denunciaram o caso na justiça, antes de retirar a ação na tarde desta segunda-feira, após a renúncia da Casa Branca.
Este episódio simboliza o endurecimento das relações entre Trump e a mídia americana, que o presidente denuncia habitualmente como criadores de "fake news" e até de "inimigos do povo".
Para a CNN, a retirada da credencial de Acosta representava uma violação à primeira emenda da Constituição, que garanta a liberdade de imprensa.
A CNN foi respaldada por vários veículos de mídia, incluindo sua concorrente Fox News, que tem vários editores favoráveis a Trump.
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