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Não há 'viés político' no Google, garante CEO ao Congresso dos EUA

11/12/2018 19h22

Washington, 11 dez 2018 (AFP) - O CEO do Google, Sundar Pichai, refutou de forma enérgica nesta terça-feira (11) no Congresso americano, as críticas de falta de transparência, feitas inclusive pelo presidente Donald Trump, que acusa a gigante da Internet de parcialidade em detrimento dos republicanos.



"Não encontramos evidências destas acusações", disse, apoiando-se em uma investigação feita "de forma independente" e que assegurou estar a compartilhar com os funcionários americanos.



Interrogado pelo Comitê Judicial da Câmara de Representantes, Sundar Pichai se defendeu constantemente da acusação de que seu grupo estaria "inclinado politicamente".



Além disso, afirmou que a companhia não vendeu os bilhões de dados de seus usuários, ao mesmo tempo em que admitiu que conhecia todas as preferências dos consumidores através de palavras-chave que são escritas regularmente.



Pichai também assegurou que a empresa respeita a vida privada e garante a segurança informática. "Oferecemos diferentes controles para a geolocalização, por exemplo. Lembremos que os usuários podem vigiar o respeito às suas vidas privadas".



Os legisladores americanos não interpelaram sobre a "compilação, uso e práticas de vazamento" de dados para seus usuários.



"Os usuários confiam em nós para obter informação precisa e confiável, nos esforçamos por garantir a integridade dos nossos produtos e implementamos uma série de medidas de segurança para garantir que continuem cumprindo com nossos critérios", disse Pichai.



O site na internet americano de extrema direita Breitbart divulgou em setembro um vídeo interno do Google, no qual muitos de seus diretores e funcionários lamentam amargamente a eleição de Trump em 2016.



O presidente republicano não esconde a desconfiança com os gigantes da tecnologia, muitos dos quais se mostraram afins ao Partido Democrata.



Trump aumentou seus ataques, inclusive acusações contra a Google de censurar as vozes conservadoras e favorecer os artigos da imprensa com tendência à esquerda em seus resultados de busca.



- Manipulação da opinião? -Bob Goodlatte, presidente republicano do Comitê Judicial, disse que a audiência se concentraria em como as companhias da internet poderiam "eliminar pontos de vista específicos e manipular a opinião pública".



"Os americanos confiam nas grandes empresas de tecnologia para honrar a liberdade de expressão", disse. "É responsabilidade do Congresso para com o povo americano garantir que os gigantes da tecnologia sejam transparentes e responsáveis por suas práticas".



Nos últimos meses, a Google foi regularmente alvo de críticas de Trump e alguns legisladores, com denúncias de "parcialidade" por parte dos gigantes da web, sem provas, no entanto, que as respaldem.



Segundo especialistas em tecnologia, há pouca evidência sugerindo que a Google distorce ps resultados da busca por razões políticas.



Frequentemente, a Google também é foco de atenção por temas de segurança informática e seu domínio do mercado dos motores de busca na Internet.



Em setembro, Pichai se negou a participar de uma audiência no Senado sobre as operações de influência estrangeira. Os legisladores interrogaram, então, os principais dirigentes de Facebook e Twitter.



A empresa americana também recebeu críticas sobre um projeto de motor de buscas na China que respeita as regras de censura impostas por Pequim aos internautas.



Em uma declaração na terça-feira, o influente senador Marco Rubio exortou Pichai a abandonar esta iniciativa, denominada Dragonfly (Libélula).



Se o Google avançar em seus planos de construir um motor de buscas censurado, se tornará companheiro dos opressores do povo chinês, ao invés de parceiro dos oprimidos, declarou em um comunicado.



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