Petróleo em viés de baixa em Nova York e Londres
Nova York, 24 dez 2018 (AFP) - As cotações do petróleo, que já tinham experimentado maciças perdas na semana passada, voltaram a cair nesta segunda-feira (24).
Os investidores manifestaram seu ceticismo diante das promessas da Opep e sua preocupação pelas turbulências econômicas atuais.
No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril de "light sweet crude" (WTI) para entrega em fevereiro recuou 3,06 dólares, ou 6,7%, e fechou a 42,53 dólares, seu nível mais baixo desde junho de 2017.
O barril de Brent do Mar do Norte para entrega em fevereiro recuou 3,08 dólares, ou 5,72%, a 50,74 dólares, no Intercontinental Exchange (ICE) de Londres por volta das 18H55 GMT (16h55 de Brasília).
Os preços já tinham acusado uma forte queda na semana passada, quando o WTI desabou 11,4% e o Brent, 10,7%. Os barris perderam respectivamente 44% e 41% desde seu recente pico em outubro.
No domingo, altos funcionários de países-membros da Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP) tentaram reafirmar a confiança dos investidores, durante uma reunião mantida no Kuwait.
O ministro da Energia dos Emirados Árabes Unidos, Suhail al Mazrouei, declarou durante uma coletiva de imprensa que o excedente de petróleo no mercado era menos importante que em 2017 e estimou que cerca de dois meses será reabsorvido.
Mas os investidores duvidam da capacidade da Opep e de seus parceiros, que no começo de dezembro acordaram reduzir sua produção em 1,2 milhão de barris por dia a partir de 1º de janeiro para sustentar os preços, para absorver o excedente da commodity.
Após ter registrado sua pior queda semanal desde a crise financeira de 2008, a bolsa de Nova York voltou a desabar nesta segunda-feira.
O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steve Mnuchin, afirmou que tinha combinado ações comuns com grandes bancos e os principais reguladores dos mercados, mas os investidores manifestaram preocupação pela desordem que reinaria nas administrações federais americanas, parcialmente paralisadas há três dias.
Estas incertezas, que se somam às tensões comerciais, alimentam os temores de um desaquecimento do crescimento da economia mundial, o que afetaria negativamente a demanda de energia.
bur-jum/tho/dg/mvv
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