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Mais de 40 empresas mudaram sua sede para Holanda em 2018 pelo Brexit

09/02/2019 11h21

Haia, 9 Fev 2019 (AFP) - Ao todo, 42 empresas que tinham sua sede no Reino Unido se mudaram para Holanda em 2018, por causa das incertezas relacionadas com o Brexit - revelam números divulgados neste sábado (9) pelas autoridades holandesas.

"Em 2018, a rede Invest in Holland [Investir na Holanda] trouxe 42 empresas para a Holanda por causa do Brexit", anunciou a NFIA, agência holandesa de investimentos estrangeiros subordinada ao Ministério dos Assuntos Econômicos.

Juntas, estas empresas representam 1.923 postos de trabalho e pelo menos 291 milhões de euros em investimentos para a Holanda, indicou a NFIA em seus resultados anuais.

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) também deixará Londres para se instalar em Amsterdã.

Citado em um comunicado, o ministro holandês dos Assuntos Econômicos, Eric Wiebes, comemorou a mudança e destacou "a importância do bom clima comercial" na Holanda, "graças à incerteza internacional crescente com o Brexit".

"O Brexit iminente e as tensões sobre o comércio internacional oferecem oportunidades às empresas holandesas", declarou a ministra do Comércio Exterior e da Cooperação para o Desenvolvimento, Sigrid Kaag.

Entre as companhias que anunciaram, no ano passado, sua transferência para a Holanda, estão financeiras internacionais como MarketAxess e Azimo, assim como a seguradora marítima UK P&I.

O banco de investimento japonês Norinchukin e o grupo de mídia britânico TVT Media também anunciou a ampliação de seus escritórios na Holanda, em parte por causa do Brexit, relatou a NFIA.

Em 2019, várias empresas, entre elas o grupo Discovery e a agência Bloomberg, já anunciaram sua intenção de investir na Holanda, após o divórcio entre Londres e a União Europeia, segundo a NFIA.

Em janeiro, a agência holandesa declarou estar em contato com mais de 250 empresas estrangeiras que querem instalar suas operações na Holanda, após o Brexit, ainda previsto para se concretizar em 29 de março.

Trata-se, principalmente, de empresas britânicas, mas também de organizações americanas e asiáticas, "que estão repensando sua estrutura europeia atual por causa das incertezas do Brexit", disse a NFIA neste sábado.

Essas empresas trabalham, principalmente, no setor das finanças, de mídia e da saúde, indicou a agência.

smt/pc/pb/tt