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PIB brasileiro tem crescimento fraco em 2018: 1,1%

28/02/2019 09h58

Rio de Janeiro, 28 Fev 2019 (AFP) - A economia brasileira registrou em 2018 um crescimento de 1,1%, idêntico ao de 2017, sem conseguir consolidar sua recuperação após dois anos recessão, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

As previsões do mercado apontavam um aumento do PIB de 1,2%. O ano passado havia começado com expectativas de um crescimento de cerca de 3%, mas uma greve de caminhoneiros que no final de maio paralisou o país e as incertezas de um eleitoral as reduziram.

No quarto trimestre, o PIB da maior economia da América Latina cresceu 0,1% em relação ao trimestre anterior e 1,1% em relação ao mesmo período de 2017.

A agricultura, que teve uma espetacular recuperação de 12,5% em 2017, se contentou em 2018 com um modesto aumento de 0,5%.

A indústria, que havia contraído 0,5% em 2017, teve uma melhora, com aumento de 0,6%, e os serviços cresceram 1,3% (+ 0,5% em 2017).

O dado mais animador para 2018 foi, sem dúvida, devido a um aumento de 4,1% nos investimentos em bens de capital, que em 2017 caíram 2,5%. Houve também melhora no consumo das famílias, com aumento de 1,9% (1,4% em 2017).

O Produto Interno Bruto (PIB) da maior economia da América Latina somou R$ 6,8 trilhões.

O PIB per capita melhorou 0,3%, chegando a 32.747 reais.

Os mercados apostaram na vitória eleitoral de Jair Bolsonaro, com a expectativa de que os ajustes e privatizações prometidos por seu ministro da Economia, Paulo Guedes, fortaleçam a decolagem da economia após dois anos de recessão (-3,5% em 2015 e -3,3% em 2016, segundo dados corrigidos).

Mas essas reformas devem passar pela aprovação do Congresso e devem levar algum tempo para entrar em vigor, segundo analistas, que também veem com certa preocupação as crises e polêmicas nas quais o governo mergulhou nos dois primeiros meses de mandato.

Esses fatores contribuíram para reduzir as projeções de crescimento para este ano, de 2,64% em dezembro para 2,48% na última pesquisa Focus de expectativas de mercado do Banco Central.

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