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China e EUA retomam 'produtiva' rodada de negociações comerciais

29/03/2019 01h27

Pequim, 29 Mar 2019 (AFP) - Negociadores de China e Estados Unidos retomaram nesta sexta-feira as conversações em Pequim para superar a áspera disputa comercial entre as duas maiores economias do planeta.

Ao deixar o hotel para mais um dia de negociações, o secretário americano do Tesouro, Steven Mnuchin, declarou que as discussões da véspera foram "muito produtivas".

"É um prazer vê-lo novamente", disse Mnuchin ao seu interlocutor chinês, o vice-primeiro-ministro Liu He, antes da reunião desta sexta-feira.

A delegação dos EUA inclui ainda o Representante Americano para o Comércio, Robert Lighthtizer.

Os dois países buscam superar suas divergências. A principal queixa americana é que a China utiliza práticas desleais de comércio, como os enormes subsídios a suas empresas e a transferência de tecnologia estrangeira.

Liu liderará a delegação chinesa na próxima rodada de negociações, prevista para a próxima semana, em Washington.

Embora o presidente americano, Donald Trump, tenha expressado recentemente a esperança de conseguir assinar em breve um acordo com o colega chinês, Xi Jinping, as negociações se arrastam, sem chegar aos temas substanciais do desentendimento.

Os dois gigantes econômicos adotaram em 2018 reciprocamente tarifas de importação totalizando 360 bilhões de dólares, um duelo que afetou a indústria e a agricultura dos dois países, com efeitos colaterais para diversas outras economias.

Trump deu a entender que as tarifas adotadas por Washington poderiam ser mantidas mesmo no caso de um acordo, para verificar se a China cumpre com sua parte.

Pequim, no entanto, aprovou medidas para atender as reclamações americanas.

No início de março, o Parlamento chinês aprovou uma lei que protege as empresas estrangeiras da necessidade de transferir tecnologia, uma das principais queixas do governo dos Estados Unidos.

O primeiro-ministro chinês Li Keqiang reiterou na quinta-feira o compromisso de aumentar as sanções aos que violam a propriedade intelectual, um tema central na disputa com Washington.

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