Primeira sonda israelense com destino à Lua está a ponto de pousar
Jerusalém, 11 Abr 2019 (AFP) - A primeira sonda israelense com destino à Lua, e a primeira desenvolvida por uma organização privada, está a ponto de chegar ao seu destino, nesta quinta-feira à noite, o que transformará Israel no quarto país a realizar uma alunissagem.
Denominada Bereshit (Gênesis, em hebraico), esta sonda que se parece com uma enorme aranha de cinco patas, de 585 kg, é um orgulho para Israel, que espera se tornar o quarto país a conseguir uma alunissagem, depois dos Estados Unidos, Rússia e China.
A sonda foi realizada por uma organização privada, SpaceIL, que trabalhou associada com a empresa aeroespacial israelense Aerospace Industries (IAI), uma das maiores grandes empresas de defesa israelenses.
O aparelho foi lançado em 22 de fevereiro da base americana de Cabo Canaveral, na Flórida, com um foguete Falcon 9 da empresa americana SpaceX, fundada pelo empresário Elon Musk.
Para Israel, a alunissagem é a missão principal, embora um instrumento científico tenha sido enviado para medir o minúsculo campo magnético lunar, cuja origem é diferente da do campo terrestre.
Uma cápsula na sonda contém também discos digitais com desenhos de crianças, canções e imagens de símbolos israelenses, lembranças de um sobrevivente do Holocausto e uma Bíblia.
"É um grande passo para Israel, e é um grande passo para a tecnologia israelense", declarou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, durante o lançamento, adaptando as palavras de Neil Armstrong, primeiro humano a caminhar na Lua.
"Os verdadeiros combustíveis deste aparelho são a audácia e o gênio israelenses", afirmou. E apesar do pequeno tamanho de Israel, país de pouco mais de oito milhões de habitantes, "somos gigantes", completou.
No projeto participam outros sócios internacionais: SpaceIL se comunica com a sonda graças às antenas de uma empresa sueca, a Swedish Space Corporation.
A Agência espacial americana, a Nasa, pôs à disposição sua Deep Space Network para enviar à Terra dados recolhidos por Bereshit e instalou um retrorrefletor laser na sonda para testar sua utilização para a navegação espacial.
O projeto começou no âmbito do Google Lunar XPrize que, em 2010, queria recompensar com 30 milhões de dólares o primeiro aparelho privado que alunissasse antes de março de 2018.
Nenhum candidato fez isso a tempo, mas a equipe israelense continuou o processo e comprou um lugar no foguete SpaceX.
Previsto inicialmente em 10 milhões de dólares, o custo foi finalmente de 100 milhões, mas "é o aparelho menos caro" com o qual se tenta este tipo de missão, insistiu o grupo IAI.
O empresário e filantropo Morris Kahn financiou o desenvolvimento do robô.
dms/cmr/cgo/eg/mb/db
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