Washington defende uso de glifosato após proibição no Vietnã
Washington, 11 Abr 2019 (AFP) - O ministro da Agricultura americano, Sonny Perdue, defendeu nesta quinta-feira o uso do controverso glifosato, o herbicida mais usado no mundo, após a decisão do Vietnã de proibi-lo.
Citando a "toxicidade" de produtos contendo glifosato e seu impacto no meio ambiente e na saúde, o Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural do Vietnã anunciou oficialmente na quarta-feira a eliminação das listas de produtos aprovados no país.
"Estamos desapontados" por esta decisão "que terá efeitos devastadores sobre a produção agrícola mundial", disse Perdue em um comunicado.
"Se quisermos alimentar 10 bilhões de pessoas em 2050, os agricultores de todo o mundo precisam ter acesso a todas as ferramentas e tecnologias disponíveis", disse a autoridade.
O glifosato é comercializado sob diversas marcas, mas o mais conhecido é o Roundup, do grupo americano Monsanto, desde o ano passado adquirido pelo grupo químico alemão Bayer.
O herbicida mais utilizado no mundo tem sido classificado como "provável cancerígeno" desde 2015 pela Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer, da Organização Mundial da Saúde (OMS).
A Bayer argumenta que "a ciência confirma que os herbicidas com glifosato não causam câncer", uma alegação defendida pelas autoridades americanas.
"Em muitas ocasiões, o Departamento de Agricultura dos EUA compartilhou (com as autoridades vietnamitas) estudos científicos conduzidos pela Agência de Proteção Ambiental dos EUA e outras organizações internacionalmente reconhecidas, que indicam que o glifosato provavelmente não apresenta riscos cancerígenos para humanos", disse Perdue na carta.
jum/vog/cj/mls/dga/ll/db
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