Bolsonaro diz que não quer, nem pode se meter na política de preços da Petrobras
Brasília, 17 Abr 2019 (AFP) - O presidente Jair Bolsonaro não quer e nem pode intervir na Petrobras, afirmou nesta terça-feira (16) o porta-voz da Presidência, Otávio Santana do Rêgo Barros, após a crise provocada na semana passada pelo adiamento de um aumento no preço do diesel a pedido do próprio presidente.
"Não quero e não tenho direito de intervir na Petrobras (...), por questões legais e politicas", disse Bolsonaro no início de uma reunião na qual participaram o ministro de Economia, Paulo Guedes, e o presidente de Petrobras, Roberto Castello Branco, informou o porta-voz.
Na semana passada, a Petrobras adiou, a pedido de Bolsonaro, um aumento de 5,7% do preço do diesel, em meio a indícios de que os caminhoneiros poderiam iniciar uma nova greve como a realizada em maio de 2018 que paralisou o país.
A medida lançou dúvidas nos mercados sobre a capacidade de Bolsonaro de cumprir as promessas de liberalização econômica. Na sexta-feira, as ações da empresa estatal na Bolsa de São Paulo caíram 8,5%.
Guedes explicou à imprensa nesta terça-feira que Bolsonaro pretendia obter explicações, dado que "como presidente da republica tem uma preocupação maior que a sola preocupação do mercado", mas que "entende que existem práticas de preços" e que "Petrobras es realmente independente para fixar o preço do petróleo".
Antes da estatal aplicar o aumento -que faz parte de sua política de adaptação aos mercados internacionais- o governo anunciou uma série de medidas para acalmar os caminhoneiros.
Os benefícios concedidos à categoria são de cerca de 2,5 bilhões de reais: uma linha de crédito de 500 milhões para a compra de pneus e manutenção de veículos; e um pacote de 2 bilhões para conclusão de obras em rodovias e investimento na segurança dos motoristas.
As medidas foram bem recebidas pela Bolsa de São Paulo, que fechou em alta de 1,34%, impulsionada pela Petrobras, que teve um lucro de 3,57%.
js/val/lda/lca
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.