Banqueiro é acusado de subornar ex-diretor de campanha de Trump por cargo
Nova York, 23 Mai 2019 (AFP) - Um banqueiro de Chicago foi acusado, nesta quinta-feira, de oferecer um empréstimo de US$ 16 milhões ao ex-diretor de campanha do presidente Donald Trump, Paul Manafort, atualmente na prisão, com a esperança de obter um cargo no governo, preferencialmente no gabinete.
O banqueiro, Stephen Calk, de 54 anos, presidente do Federal Savings Bank, chegou a fazer uma lista para Manafort com os cargos que gostaria de ter na Casa Branca, em troca da concessão de dois grandes empréstimos, disse o procurador federal de Manhattan em um comunicado.
Sua primeira opção era o posto de secretário do Tesouro. Depois, secretário de Comércio, secretário da Defesa, ou um cargo de embaixador, por exemplo em Londres, Paris, Berlim, ou Roma.
Em julho de 2016, quando Trump ganhou a candidatura republicana para as presidenciais, Manafort recebeu autorização condicional do banco para um primeiro empréstimo de US$ 9,5 milhões, segundo o procurador. Ele agradeceu Calk nomeando-o integrante de um conselho econômico consultivo da campanha.
Após a eleição de Trump, em novembro de 2016, o empréstimo foi desbloqueado e Manafort pediu outro de 6 milhões de dólares, pressionando para que Calk fosse nomeado para a equipe de transição do novo presidente.
A concessão desses empréstimos para Manafort, que já teve dificuldades para pagar suas dívidas, era contrária às regras internas do banco, segundo o procurador.
O banqueiro, que deve comparecer ante um juiz de Manhattan nesta quinta de tarde, é acusado de corrupção, crime com pena de até 30 anos de prisão.
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