Agricultura utiliza quase 40% das terras do planeta
Paris, 8 Jul 2019 (AFP) - A agricultura utiliza quase 40% das terras do planeta, das quais 70% são pastagens, um nível que deve permanecer estável nos próximos dez anos, de acordo com um relatório sobre as perspectivas globais da agricultura publicado nesta segunda-feira.
No entanto, a manutenção das terras agrícolas esconde uma "extensão de terras cultivadas" compensada por uma "diminuição das pastagens", destaca o estudo conjunto da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) e da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
A evolução irá variar de acordo com as regiões. Assim, nos países da América Latina e do Caribe, criticados por ONGs pelo desmatamento, a OCDE e a FAO preveem "uma extensão das terras cultivadas e pastagens".
"Nessa região, as explorações comerciais de grande escala e baixo custo serão as que vão continuar lucrativas o suficiente para investir na limpeza e no cultivo de novas terras, apesar do baixo nível de preços esperado no mercado agrícola nos próximos dez anos", destaca o relatório.
Na África, apesar da disponibilidade de grandes extensões de terra na região subsaariana, as áreas de terras agrícolas "não devem aumentar significativamente" devido aos "conflitos que causam estragos em países onde a terra é abundante", mas também por causa da expansão das superfícies urbanas, a degradação dos solos e atividades de mineração.
"No entanto, espera-se que parte das pastagens seja convertida em terra cultivada, especialmente na Tanzânia", aponta o relatório.
Nos próximos dez anos, o crescimento da produção agrícola mundial será dividida "principalmente entre os países emergentes e países em desenvolvimento".
Será o resultado de um aumento dos investimentos e da recuperação tecnológica, assim como da disponibilidade de recursos (na América Latina) e, em alguns casos, da aceleração da demanda (Índia e África).
O crescimento da produção agrícola será "muito mais modesto" na América do Norte e na Europa, onde o rendimento da produção já atinge, em geral, níveis elevados e onde "as políticas ambientais limitam as possibilidades de expansão", observa o relatório.
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