Economia dos EUA mantém criação de empregos acima do esperado
Washington, 6 dez 2019 (AFP) - A economia americana criou 266 mil empregos em novembro, após uma longa greve na General Motors e graças à solidez de setores como saúde e serviços - informou o Departamento do Trabalho nesta sexta-feira (6).
O número está muito acima das expectativas dos analistas, que esperavam 182 mil novos postos de trabalho. Apenas janeiro teve um número superior, quando registrou 312 mil vagas.
O índice de desemprego caiu para 3,5% (-0,1 ponto), como resultado de um índice de participação ligeiramente inferior (-0,1 ponto, a 63,2%).
Os dados oficiais para setembro e outubro foram revistos com um forte aumento (+41 mil).
Em média, desde o começo do ano, a economia dos Estados Unidos criou 180 mil empregos por mês contra 223 mil novas posições mensais em 2018.
A greve de 40 dias no fabricante de automóveis de Detroit General Motors - a mais longa desde a década de 1970 - explicou, em parte, o aumento da taxa de desemprego em outubro, quando havia reduzido a quantidade de novos empregos.
Em novembro, "o emprego manufatureiro cresceu, à medida que os trabalhadores do setor automotivo foram voltando ao mercado", explicou o Departamento do Trabalho em um comunicado.
Esse setor criou 54 mil vagas em novembro, compensando a queda de 43 mil no mês anterior, indicou.
Entre os setores que contrataram fortemente em novembro, saúde e entretenimento somaram 45 mil posições cada, enquanto os serviços técnicos e profissionais registraram um avanço de 31 mil.
Já a evolução do salário médio por hora se situou abaixo das expectativas, com uma alta de 0,2% contra 0,3% projetado pelos analistas, paralisando-se em relação ao mês precedente.
No acumulado de 12 meses, porém, o salário médio por hora continuou subindo, a 3,1%, acima da marca da inflação anual de 1,8%, detalhou o mesmo Departamento.
Estes sólidos números de emprego mostram que, apesar da forte desaceleração no setor industrial desde o início do ano, a atividade da maior economia do mundo se mantém melhor do que alguns economistas esperavam.
O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre foi revisto para alta no final de novembro. Com 2,1%, parece estar longe, contudo, das promessas do governo de Donald Trump.
Em meados de novembro, o presidente do Federal Reserve (Fed, Banco Central dos EUA), Jerome Powell, havia declarado que a economia dos Estados Unidos ainda se destaca em nível mundial e que não dá nenhum sinal dos problemas que antecederam outras recessões - pelo menos não ainda.
Powell lembrou que o gasto do consumidor se mantém forte, representando 70% da economia dos Estados Unidos, já que os salários tiveram um leve aumento e o desemprego está em níveis mínimos em 50 anos.
Dt/vog/evs/mls/gm/tt
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