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Principais pontos do acordo EUA-China

13/12/2019 18h17

Washington, 13 dez 2019 (AFP) - China e Estados Unidos anunciaram, nesta sexta-feira (13), um acordo comercial preliminar que reúne os principais pontos do que havia sido anunciado em 11 de outubro pelo presidente Donald Trump.

Esse entendimento de outubro não chegou a ser assinado, por divergências sobre tarifas.

Confira abaixo os principais elementos do texto anunciado nesta sexta, cuja validação precisa ser confirmada por ambos os governos:

- Acordo de princípio -Como anunciado em 11 de outubro, o acordo desta sexta é considerado "de princípio", o que significa que o texto ainda requer formalidades para ser homologado.

Washington e Pequim combinaram de traduzi-lo e revisá-lo juridicamente o quanto antes para que seja, enfim, assinado, disse o vice-ministro chinês do Comércio, Wang Shouwen, sem dar uma data.

- Áreas compreendidas -As partes disseram que o acordo inclui capítulos sobre propriedade intelectual, transferência forçada de tecnologia, produtos alimentícios e agrícolas, serviços financeiros, taxa de câmbio, aumento dos fluxos comerciais e regulação de controvérsias. Estes assuntos estavam contemplados no acordo anunciado em outubro.

Estabelecer formas de resolver controvérsias era crucial para Washington, que costuma acusar a China de não cumprir suas promessas.

"O acordo estabelece um sólido sistema de solução de controvérsias que garanta a colocação em prática e a aplicação rápida e eficaz", disse o Representante Comercial de Estados Unidos (USTR), Robert Lighthizer.

- Agricultura -Ao anunciar o acordo, em 11 de outubro, Trump havia dito que a China se comprometia a comprar bens agrícolas em um montante entre 40 bilhões e 50 bilhões de dólares anuais. Nesta sexta, disse que chegarão aos 50 bilhões de dólares, o dobro do recorde de 2012.

Antes da guerra comercial, a China comprou, em 2017, produtos agrícolas americanos por 19,5 bilhões de dólares e a quantidade caiu para 9 bilhões de dólares no ano seguinte.

- Pausa nas tarifas -Desde o início, a China pede aos Estados Unidos que suprima totalmente, ou pelo menos em grande parte, as tarifas adicionais que lhe foram impostas e que prejudicam sua economia.

Pequim disse que, agora, Washington aceitou reduzi-las progressivamente.

O USTR afirmou, por sua vez, que serão mantidas as sobretaxas de 25% sobre bens importados, no total de 250 bilhões de dólares.

Em contrapartida, as tarifas de 15% sobre uma lista de produtos importados, da ordem de 120 bilhões de dólares, serão reduzidas para 7,5%.

Além disso, Trump anunciou o cancelamento da nova rodada de 15% de sobretaxa que seria disparada no domingo contra bens chineses, um montante de 160 bilhões de dólares.

Dt/jum/evs/gm/lda/tt